capítulo 14

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Gente, por favor! Me digam se estão gostando, eu fico insegura, parece que estou postando para fantasmas.🫦



YOLANDA

Estou deitada no sofá assistindo o segundo filme, por incrível que pareça consegui ficar acordada, até o horário de ir trabalhar. Observo de longe o novo Larry, era tão lindo quanto o último, seus pelos macios e branco pareciam pluma, em meio a neve.

Crio coragem para tirá-lo da caixa, o bicho precisa de alimentar, ainda mais que é um presente de meu amado Tony.

Abro a geladeira, em busca de algo comestível e saudável, não é como se tivesse muita opção, uma adolescente órfã, abandonada, sem estabilidades e sem tempo.

— O que você come Larry? — Questiono alto, revirando todas as poucas opções.

Passo a mão por todos os itens existentes na minha geladeira. Suco, geleia, pasta de amendoim e maçãs. Pego uma das maçãs, que provavelmente devem estar fazendo aniversário de tanto tempo que estão lá. Coloco sobe a mesa tábua, cortando pedaços finíssimos, aliás, faz anos que não tenho algum tipo de animal de estimação.

— Vem cá fofinho, espero que goste de maçãs. — Pego Larry de sua minúscula caixa, o levando para a cozinha.

Coloco pedaços pequenos em um refratário de plástico. O pequeno grande Larry, abocanhou como se fosse uma das melhores refeições.

— Irei deixar você aqui, enquanto arrumo sua caminha. — Agacho, acariciando suas longas orelhas pontudas.

No fundo de casa havia o canteiro do antigo Larry, atrás da garagem, faz um tempo que não ia lá, as rosas cor vinho estão mortas e a única coisa marcante são seus espinhos pontudos e grossos.

Procuro algo para Larry se esquentar, pois não havia nada a não ser gramas secas e quebradiças em seu novo cafofo.

...

Meus pés estão latejando, minhas costas nem se falam, não sabia que ser garçonete era tão horrível assim, afinal,nunca havia trabalhado em toda minha vida.

Minha paciência estava se esgotando com Ron, o bêbado nojento, a cada dose que eu deixo em sua mesa, era um assédio misterioso. Sem contar que Jeni, a outra garçonete, vivia me encarando como se eu fosse uma aberração.

— Leva essa dose de Glenmorangie para o Ron! — James desliza o copo pela bancada, ele pode ver meu olhar descontente. — Apenas ignore ele, ele é um bêbado qualquer.

— É porque não é você que escuta mil cantadas diferentes. — Expirei todo meu descontentamento para fora, em forma de ódio.

Ando pela boate, manobrando a bandeja com mãos firmes e ásperas, afinal, é só entregar para o velho Ron.

Seguro a bandeja com apenas uma mão, depositando seu copo de glenmorangie, seus olhos estão centrados em meus seios, quando abaixo, acabou pagando peitinho.

— Com licença! — Pego o copo vazio, e ando em passos rápidos, sem dar espaço de tempo para Ron.

— Não falta muito tempo para irmos embora, ajude Jeni recolher os copos e garrafas. — James diz, pegando o copo de minha bandeja. — Não venda mais nada, estamos fechando.

— Certo, irei. — Anuo.

Passo em mesa por mesa, retirando copos e passando um pano, Jeni fazia o mesmo. Com a bandeja cheia, deixo as garrafas no lixo e os copos no balcão.

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