Capítulo 15

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YOLANDA

Saio do banho, apenas de calcinha e sutiã, pego a primeira calça que encontro, em seguida o uniforme, por fim calço meus pares de tênis e desço com agilidade.

Era sete da manhã, acordei atrasada, está sendo um tanto difícil conciliar os estudos e o trabalho, digamos que está cansativo demais, ou melhor: Os motivos de meu atraso são as conversas prolongadas com Tony, estamos conversando por três semanas, sem pausas, conversamos no colégio, no trabalho e em casa.

Na noite passada ele pediu umas fotos nada discreta, eu sem hesitar, enviei.

Acelero meus passos quando vejo que o portão estava prestes a se fechar, o porteiro esperou que eu entrasse para poder fechar. Antes passo em meu armário para pegar o livro de história, o professor havia avisado na aula passada que era para todos trazerem seus livros, pego o grande livro de história, guardando os que estavam em minha bolsa.

— Com licença, professor! — Peço ao velho calvo de fisico largo e arrogante.

— Está atrasada! — Ele diz como se não fosse o óbvio, ele estava sentado na ponta da mesa, dando devidas explicações aos alunos.

Eu sei que estou atrasada, e muito! Porém, melhor vir do que não vir.

— Melhor vir do que não vir! — Jogo em prática os meus pensamentos volúveis.

Não sei que tipo de expressões o professor usou, já que dei as costas indo para o meu devido lugar.

Sento-me ao lado de kaulitz, como sempre, ele estava sentado sem preocupações e sem prestar atenção na aula. Seus olhos passeiam por mim, procurando algo errado, ou alguma forma de me irritar.

— Os botões de sua blusa não estão abotoados em cima. — Kaulitz alerta, acompanhado de um riso nasal.

— Eu não acredito! — Passo a mão em meu uniforme, podendo ver que os botões estavam colocados em sequência errada, deixando dois dedos de decote.

Viro-me para o lado oposto da parede, abotoando de forma correta dessa vez, se a diretora visse seria um gatilho para uma advertência.

— Obrigado por me avisar. — Agradeço sem olhar para o lado.

Ele não responde, centrado para frente, agora, olhando para o professor como se estivesse prestando atenção.

Tom estava mexendo no celular, vê-lo mexer no celular faz me lembrar que se quer vi se havia alguma mensagem de Tony para mim, ele mandava sempre pela manhã. Vejo que ele havia me mandado algumas mensagens às cinco da manhã, não tive tempo de ver, acordei muito atrasada.

T:“Acordei fazendo coisas pensando em você, bela buceta, as fotos me deixaram louco.”

T:“Queria ver meu líquido jorrando em seus doces lábios.”

Sem especificações e com duplo sentido, essas são suas mensagens.

Sorrio para a tela do celular, suas mensagens soam como se fossem sempre a primeira vez, um formigamento em meu âmago.

Y:“Não vejo a hora de tê-lo por perto, tony”

Y:“Eu faria de tudo para tê-lo”

Minhas palavras eram a mais pura realidade, eu ansiava tanto para ter Tony por perto novamente, meu primeiro amor estava tão perto, não imaginava que ele iria retornar para mim.

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