Capítulo 22

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Gente,eu amei vocês comentando bastante. Desculpa não responder todas, mas saibam que eu amei, e isso me motivou a escrever outro capítulo para vocês. É aquilo, quanto mais interagem, mais capítulos eu escrevo, se quiserem outro amanhã, comentem e votem bastante.🎀💖

YOLANDA

A tempestade lá fora parecia ter invadido a casa de Tom, trazendo consigo um frio que se infiltrava em meus ossos. Charlotte me envolveu em uma toalha quente, suas mãos gentis contrastando com a tensão que eu sentia no ar.

O silêncio de Tom era quase mais ensurdecedor do que qualquer palavra de reprovação que ele pudesse ter dito.

— Você está encharcada, querida. Vou preparar algo quente para você — Disse Charlotte, seus olhos cheios de preocupação.

Ela saiu do quarto, deixando-me sozinha com Tom. O ar parecia pesado, mas não de raiva. Era algo mais complexo, uma mistura de emoções que eu não conseguia decifrar, olhei para ele, esperando algum tipo de explosão, mas Tom apenas suspirou, os ombros relaxando um pouco. Ele parecia mais cansado do que irritado, como se a preocupação tivesse sugado sua energia.

— Você não devia ter corrido assim, Yolanda. — A voz dele era firme, mas não havia dureza. Era mais como um lamento, e isso me pegou de surpresa.— Eu... eu precisava pensar — Respondi, sentindo-me um pouco culpada agora por ter causado tanta preocupação.

Tom se aproximou, e eu me vi recuando involuntariamente, mas ele parou, respeitando o espaço entre nós.

— E você não podia pensar aqui? Onde eu poderia pelo menos saber que estava segura?— Havia uma dor silenciosa em suas palavras, algo que fez meu coração apertar. — Eu... não pensei nisso. Eu só precisava sair, ele assentiu lentamente, os olhos fixos nos meus, mas sem a mesma intensidade de antes.

— Eu entendo. Mas você não está sozinha, Yolanda. Não precisa fazer tudo sozinha. — Antes que eu pudesse responder, Charlotte voltou com uma bandeja nas mãos, interrompendo o momento.

— Aqui está, querida. Isso vai te aquecer um pouco. — Ela colocou a bandeja ao meu lado, sorrindo suavemente antes de sair novamente, deixando-nos sozinhos.

Tom pegou uma das blusas que estava sobre a cadeira e jogou-a em minha direção.— Vista isso. E depois deite-se. Você precisa descansar.

— Você sempre acha que pode mandar em mim, não é?— Olhei para a blusa em minhas mãos e depois para ele, que me observava com um olhar suave, mas ainda cheio de algo indomável.

Ele deu um meio sorriso, aquela familiar faísca de provocação voltando a brilhar em seus olhos.

— Eu não acho nada, Yolanda. — Não pude evitar um pequeno sorriso enquanto começava a tirar a roupa molhada.

Tom observava cada movimento meu com uma intensidade que me fez sentir exposta. Quando estava prestes a vestir a blusa que ele havia me dado, ele deu um passo à frente, seus olhos brilhando com possessividade.

— Antes de vestir isso, vai tomar um banho quente. Quero que você vista minhas roupas, mas quero que esteja quente e confortável, não gelada e molhada. — Havia uma determinação em sua voz que não me deixava espaço para argumentar. Então, obedeci.

O banheiro era pequeno e aconchegante, o calor da água logo afastou o frio que parecia ter se entranhado em mim. Quando voltei ao quarto, Tom ainda estava lá, esperando. Vesti a blusa dele, senti o tecido macio contra minha pele aquecida, e voltei a me deitar na cama

— Tom, eu... eu preciso do meu celular — consegui dizer, a voz mais trêmula do que eu gostaria. — Preciso avisar minhas amigas... e outra pessoa... do porquê sumi a tarde inteira. Eu tinha prometido ir à casa da Ashley. — O rosto de Tom se fechou instantaneamente, a intensidade no olhar dele se transformando em algo mais sombrio, um brilho possessivo surgindo em seus olhos.

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