capítulo 3

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YOLANDA

Coloquei uma blusa simples e uma saia rodada. O mercado mais próximo era depois da praça, não era tão perto, mas era onde tinha suas coisas. Caminho em lentidão, não estou afim de correr por umas cervejas, que aliás, nem são minhas. Paro no semáforo esperando ficar vermelho, para eu poder atravessar o outro lado da rua, que chegaria ao mercado.

Ao se aproximar a porta se abre, pego uma cesta e vou até a parte das bebidas, iria pegar as cervejas primeiro já que os cigarros ficam na parte do caixa. Pego quatro, a mesma quantidade que ela sempre pede, e vou em direção ao caixa.

— Quatorze dólares e vinte centavos, algo mais? — Pergunta a moça entediada, mascando seu chiclete.

Ela era o típico funcionário que trabalhava apenas por dinheiro, trabalhar com público deve ser horrível, mesmo.

— Uma carteira de cigarro. — Respondo simples.

Após o barulho do bip, ela junta o cigarro dentro da sacola das cervejas. Pago, pego meu troco e saio do local.

A rua está deserta e escura, as luzes dos postes piscam. Minha tia sabe que esse é um bairro muito perigoso, por isso ela manda eu ir, folgada!

— Ei gatinha, o que faz sozinha uma hora dessas? — Uma voz grossa soa no canto escuro.

Era um homem alto, de meia idade e em suas mãos tinha uma pequena bola, ele a jogava repentinamente com suas pernas cruzadas.

Apenas aperto os passos, e sigo caminho, mas consigo ouvir o barulho de seus sapatos de borracha se chocar contra o chão, em sua velocidade ele rela em meu braço.

— Está com pressa, bebê? — O homem pega em meus braços. — Acho que vai ter que segurar essa pressa.

Ele puxa meu braço me levando para trás de um estabelecimento escuro.

— Me solte, por favor! — Suplico ao cara que parece nem ter dado a mínima.

— Você é uma belezinha. — Ele joga uma mecha de meu cabelo para trás, pois de tanto espernear para me soltar meus fios caíram sobre minha face.

Eu começo a gritar na esperança de encontrar alguém para me salvar, mas ele tampa minha boca, com uma de suas mãos. Sua outra mão vai até seu bolso, pegando um pequeno punhal, ele arrebentou uma das alças de minha blusa, fecho os olhos imaginando ser apenas pesadelos.

Antes de acontecer algo pior, ouço uma voz familiar.

— Larga ela, agora! — Kaulitz ordena parando em nossa frente.

O homem para o que está fazendo e o encara, Tom está em posição de ataque, seus olhos estão bem atentos.

— Você acha que pode me impedir de fazer algo? — Ele questiona me impedindo de fugir.

— Claro que eu posso! — Ele responde ríspido, sua íris ficou negra com seu tom autoritário.

Ele faz um movimento rápido com as mãos, tomando o punhal do homem que estava me aterrorizando. Ele passa meu corpo por trás dele, me encolho atrás do rapaz que mantém seu olhar firme para o homem à sua frente.

Com rapidez, ele tenta avançar kaulitz, mas ele foi ágil e se abaixou, impedindo de ser acertado com um chute. Logo, acertando um soco em seu nariz, o homem cambaleou.

— Temos que vazar daqui, agora! - Ordena kaulitz ao ver dois homens aparecendo, um de cada lado.

Ele me puxa pelas mãos fazendo o acompanhar, corríamos feito loucos para sair da vista deles. Paramos na esquina da praça, o local mais movimentado, nossas mãos estão abaixo dos joelhos, estamos recuperando nosso fôlego.

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