Cap 6

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-- A garota que acabou de entrar aqui-- Eu balancei a cabeça. -- Garota errada, Nando... Garota errada -- Gasolina espirrou uma prateleira de cartões postais.

-- Eu estou chamando a polícia.-- A voz do balconista tremeu.
Com o canto do olho, notei que ele não pegou o telefone.

-- Eu não sabia -- O funcionário deixou escapar. -- Eu não sabia quem ela era!

-- Eu queria sua mão -- Eu disse, andando pelos corredores, jogando gasolina em prateleiras, portas de refrigeradores, a prateleira de revistas pornográficas. -- Mas isso é uma bagunça. Na verdade, não tenho a faca certa para fazer um bom trabalho.-- O funcionário ficou parado, congelado e suando. -- Você tem seguro, Nando? Ele engoliu em seco.

-- Claro.

O cheiro de gasolina consumiu o lugar. Joguei a lata vazia no chão e peguei um isqueiro Zippo de uma prateleira.

-- A resposta correta é que você tinha seguro

-- Espere... -- Ele implorou -- Sinto muito

Suas palavras se tornaram um ruído branco na minha cabeça, um som borbulhante e irritante. De pé na frente das portas de vidro, acendi o cigarro entre meus lábios. Uma centelha brilhou no final e a nicotina fluiu pelo meu sangue. Com o olhar preguiçoso e autocrático pelo qual eu era conhecido, falei para o funcionário de olhos arregalados e congelado

-- Se você tem uma porta nos fundos, é melhor encontrá-la. -- Um sopro de fumaça dos meus lábios e o balconista se foi, escorregando na gasolina até o quarto dos fundos. Antes que ele alcançasse, eu joguei meu cigarro no laminado, silenciosamente esperando que Nando não fosse mais rápido do que parecia. A campainha soou acima da minha cabeça enquanto as velhas portas de vidro se fechavam atrás de mim. Eu coloquei minhas mãos nos meus bolsos. Névoa fria atingiu meu rosto enquanto o calor de um fogo roçava minhas costas. O velho Posto se acendeu como a porra de uma árvore de Natal.

Volto para o carro e observo o fogo se espalhando

-- Suas chaves -- Entrego a Octavia

-- Você o matou?

-- Dei a chance dele fugir, ele só tinha que ser mais rápido que o fogo -- Dou de ombros

-- Vou embora antes que alguém pense que fiz parte nisso -- Ela liga o carro

-- Foge Octavia, continua fugindo -- Me aproximo da janela do seu carro -- Quanto mais você fugir de mim, mais vou ter prazer em te caçar

Ela levanto o dedo do meio para mim e logo depois sai, vou até meu carro e dirijo até a casa do Aiden. Buzino varias vezes até ele sair.

-- Por que está com essa cara? -- Pergunto ao Aiden que claramente está incomodado com algo

-- Minha mãe que fica apertando minha mãe todas as vezes que a gente sai, ela diz que você é uma má influência

-- E ela está certa -- A gente acaba rindo -- Vamos lá para casa e a noite tem festa, bebidas e garotas, tudo o que você gosta

(...)

Várias pessoas já estão bêbadas e jogadas pelos cantos, estava aos beijos com uma loira quando sinto alguém esbarrar em mim.

-- Ops ... Desculpa -- Encaro a cachinhos na minha frente

-- Você é cega? -- A loira diz ao meu lado

-- Fica quietinha -- Digo a loira -- Sai

-- Mas -- Ela tenta falar

-- Vaza daqui -- Ela sai pisando forte -- Tem muitos lugares para você passar e você decidiu vim logo por aqui?

-- Caminho mais curto -- Ela debocha

-- Isso é ciúmes?

-- Eu não sinto ciúmes -- Empurra meu peito -- Principalmente de você

-- Ótimo, então não vai ter problema se eu foder aquela loira

-- Pode foder quantas você quiser -- Ela se afasta

Minutos depois, ela estava dançando com um cara. Esses babacas quase se esfregando no corpo dela, e parece estar gostando, mas há alguns minutos ela estava me observando de longe.

Eu sei jogar, sei o que está fazendo.

Caminho até lá com fervura nas mãos. Jogo um olhar de limite para quem quer que seja, e o cantador barato se afasta.

- Ah, vai botar pra correr todos que chegam perto de mim? - Ela bufa raivosa de costas.

- Não, só os que acham que tem chance com você. - Me aproximo dela e vou descendo a ponta dos dedos pelo seu ombro, deixando que a pele dele me receba com a temperatura elevada que me queima. -- Você é quente assim em todos os lugares, cachinhos?

- Então bote a si mesmo pra correr, porque eu... ah! - puxo sua cintura contra a minha virilha e ela interrompe as palavras.

- Esse é o problema desse idiota, ele nunca vai fazer sua temperatura aumentar como eu faço, te deixando errar a fala. - sussurro em seu ouvido e ela respira ofegante, mas continua de costas para mim. - Eu sei o que está fazendo. - Aumento a força na trilha quente que faço por seu braços - Eu posso te fazer gritar bem mais alto do que imagina, é só pedir, Cachinhos. - meus dedos tocam marcas vermelhas rugosas em sua pele lisa, é força, preciso me limitar.

As luzes se apagam, e fica claro que chegamos na metade da festa em que um dos jogos irá começar.

-- Você quer? -- Pergunto

-- Uhum

- Quero te ouvir dizer que me quer. - imponho.

- Eu te quero. - sussurra ao se aproximar mais, se é que é possível, e vejo seus olhos brilharem.

- Quero que se esconda, vamos brincar de marco e polo

Ela passa os dedos por minha camisa e encontra o meu pescoço, respiro fundo e engulo em seco para não agitar mais minha ereção.
Falhei. Me aproximo e tocando meu nariz no dela quando leva outro sustinho e se apoia no meu peito.

- Pode mesmo me fazer gritar? - Sua voz ressoa perto dos meus ouvidos.

- Soa como desafio. Não deveria me desafiar. - recomendo. Vai se arrepender, caso tenha dúvidas do que posso ou não fazer.

- Por que não deveria? - morde o lábio inferior.

- Porque além de preferir que implore, eu vou vencer.














Já quis o pai, o tio e agora eu quero o filho 😭

AcorrentadoOnde histórias criam vida. Descubra agora