Cap 19

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Minhas esperanças foram jogadas no lixo, meu corpo já não doía como antes

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Minhas esperanças foram jogadas no lixo, meu corpo já não doía como antes. Eu não sentia mais nada.

-- Jonas, estou com muita fome -- Por ter perdido sangue eu sentia que já não aguentaria por tanto tempo

-- Quer comer? Está com fome? -- Ele debocha -- Já volto

Cerca de 20 minutos depois ele volta com um prato com três ovos.

-- Se quiser comer, vai ter que engolir esse ovo quente -- Dava pra ver que o ovo tinha acabado de ser cozido

-- Vai queimar minha boca

-- Foda-se? Você não está com fome? -- Ele se aproxima com o prato -- Será seu troféu

-- Por que me odeia tanto? Por que faz isso?

-- Xiuuuu, eu não te odeio... Eu te amo

-- Não vou comer esse ovo -- Me recuso

-- Vai sim -- Jonas segura em meu queixo e me força a abrir a boca, ele empurra o ovo quente em minha boca

Sinto minha boca queimar, minha garganta arder. Era como se uma panela de água quente estivesse sendo derramado em meu corpo

(...)

No dia seguinte minha boca amanheceu cheio de bolhas, completamente queimada, mal conseguia falar.

-- Tenho uma ideia -- Diz Jonas sentado em minha frente -- Vou te soltar

Encaro o mesmo sem nenhuma reação

-- Vou deixar você tomar um banho, você está fedendo demais

-- Eu agradeceria muito -- Digo tão baixo

-- Vamos -- Ele se levanta e caminha em minha direção

As correntes saem dos meus pés e ele me levanta, tento fazer força para andar. Subo as escadas com dificuldade e quando chegamos na sala eu corro até a porta. No impulso sem olhar para trás.





Semanas, não encontrava a Octávia a semanas

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Semanas, não encontrava a Octávia a semanas... Onde minha garota estava?

-- Nada ainda? -- Aiden pergunta

-- Nada, não sei mais onde procurar -- Digo segurando meu cabelo -- CARALHO -- Dou um murro na parede

-- Fazer isso não vai adiantar de nada -- Meu pai diz olhando pela janela

-- Quer saber? Vou naquela casa de novo -- Atravesso a porta e sou seguido por Aiden e meu pai

Andamos rapidamente, eu vasculharia aquela casa mais uma vez, até achar alguma coisa que me desse esperança. Me aproximo da porta quando ela é aberta e por ela passa a mulher que reconheceria em qualquer lugar. Nua, suja de sangue seco, muito magra. Ouço um disparo vindo em nossa direção.

--Cachinhos... - Meu pai passa por mim e entra na casa, nesse momento a Octavia estava caída em meus braços - Por que você está sangrando? -- Me desespero

Vi os seus olhos perdendo vida.

Vi como o seu rosto tinha linhas bonitas. Como Octávia era linda.

Como o desastre combinava com a colisão de sombras e pecados que ela era.

-- Pai... Que porra está acontecendo?

Ela estava se quebrando.

A aflição no seu semblante era nítida, mesmo que a minha visão estivesse cada vez mais nublada.

-- Está doendo pra cacete - murmurou, ofegante.

Imagens distantes reapareceram. Observei uma Octávia de treze anos procurando por um garoto solitário. Observei a Octávia de quinze que se apaixonava por um garoto que comprava gibis. Observei a Octavia de dezesseis que chorou quando percebeu que os contos de fadas eram irreais. Mas agora a Octávia de dezenove anos que vislumbrava um homem que ela amou cruelmente, mas que não se arrependeria.

-- Porra, não...! -- Grito -- Não, não, não... Eu não vou deixar você morrer! Octavia, não fecha os olhos, caralho!

Eu não queria gravar o seu rosto munido de tristeza. Queria gravar o seu aroma, o sabor dos seus lábios. De como o seu toque sempre foi seguro e protetivo. De como Octavia sempre foi um lar para mim.

-- Você fica! -- Esbravejei novamente, pondo-se de pé, fazendo o seu corpo levitar. -- Nem pense!

Eu pude sentir uma lágrima cair. E mais outra que caiu na minha boca.

Octavia chorava.

O que fez o meu coração desacelerar, perdendo as suas batidas.
Todas elas eram uma composição de vários eu te amo para Octávia, mas não fui capaz de dizer mais uma vez.
Que eu a amava o suficiente.














Tadinho 🙃

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