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Dias depois
Passando meus olhos por ele, encontrando-o com uma blusa preta de botões e uma calça da mesma tonalidade.
Ele encara seu telefone com uma careta estranha, como se o conteúdo não o agradasse nenhum pouco. Assim que paro a sua frente, esperando que se desencoste do automóvel para enfim sairmos.— Você precisa urgentemente renovar seu guarda-roupa, Cachinhos — Crítica, encarando minha camiseta com um semblante estranho.
— E você precisa começar a guardar suas opiniões para si — Devolvo, revirando meus olhos.
— Você ficaria entediada se eu não dissesse o quão atraente é ter o Capitão América me encarando — Debocha, sorrindo abertamente.
— Vamos? — ignoro sua provocação.
Ele abre a minha porta, logo após, dá volta no carro e se senta no banco do motorista. Nós não emitimos nenhum barulho enquanto saímos da frente da minha casa. Estava sendo os melhores dias da minha vida.De relance, posso observá-lo encarar a rodovia. Dylan está tão concentrado na atividade que nem me nota encarando-o. O braço forte e definido segura o volante com uma pequena força e a mão, com as veias saltadas, o gira calmamente. É até mesmo difícil prestar atenção em qualquer outra coisa, enquanto ele faz os movimentos com destreza.
Porque é algo quase que sobrenatural. Uma visão sedutora e ao mesmo tempo inquietante. E talvez seja exatamente por isso que penso em como ele poderia estacionar o carro no acostamento vazio e envolver esses malditos braços envolta do meu corpo. Enquanto sinto seu beijo, suas mãos em mim, seu toque quente em cada parte do meu corpo, assim como aquela noite.
Por Deus, apenas a imagem dele fazendo tal ato, já me parece o paraíso.Mas de todos esses detalhes, é a voz dele que faz com que meu núcleo se aperte e uma vontade imensurável de atacá-lo me consuma, porque ela é sexy, grossa e aveludada. E mesmo que eu saiba que nunca admitirei isso para ele, sei que poderia ficar horas e horas ouvindo-o falar, até mesmo de assuntos não tão interessantes.
— Quando finalizar a sua inspeção ao meu rosto, eu gostaria de avisar que chegamos — debocha, me encarando com aquele sorriso zombeteiro.
— Eu não estou fazendo tal coisa — minto, sentindo um rubor subir pelo meu pescoço por ter sido pega.
Ele balança a cabeça, ainda sorrindo.-- Vou fingir que acredito Cachinhos
Saio do automóvel, parando na calçada e ergo uma sobrancelha para o estabelecimento à minha frente. O prédio pitoresco, tem uma enorme placa em neon vermelho, com os dizeres: CINEMA. Porém, não é isso que me prende a atenção, mas sim, as inúmeras pessoas que estão do lado de fora, reclamando de algo com os funcionários.
— O que diabos estamos fazendo aqui? — questiono, preocupada.
— Não, é óbvio? — Indaga, erguendo uma sobrancelha. — Estamos indo ver um filme.
Inclino a minha cabeça me perguntando o que caralhos Dylan Grayson tem na sua mente, porque não é possível que não esteja percebendo a pequena aglomeração de pessoas na frente do lugar.
— Sim, Sherlock! — exclamo. — Agora, por favor, me explique como você vai conseguir tal proeza, já que, pelo que me parece, está tudo fechado.
Sua boca se curva em um sorriso maléfico, daqueles que ele apenas me lança quando significa que alguma merda estava vindo.
De repente, tudo faz sentindo.
Puta merda!
Dylan não fez isso, eu não posso acreditar.— Dylan — minha voz sai em um tom de aviso.
— Cachinhos— ele devolve, brincando com seu relógio.
— Você não fez isso.
— Seja mais específica — diz, simplesmente. — Porque eu já fiz muitas coisas.
— Não seja brincalhão. Não agora.
— Não estou sendo.
Solta um suspiro nervoso.— Dylan, eu vou fazer uma pergunta e espero a verdade — afirmo, entredentes.
— Vá em frente.
— Você fechou um cinema apenas para um maldito encontro? — pergunto, temendo pela resposta.
Ele me encara, seus olhos são tão brilhantes que temo pela resposta que virá.
— Eu não fechei o cinema, me respeite, Cachinhos! — Quase respiro aliviada por ter me enganado. Mas, quando as próximas palavras saltam de sua boca, como se estivesse me comunicando sobre o tempo, eu tenho vontade de esganá-lo. Assassiná-lo a sangue frio. Jogar seu corpo para os tubarões. — Eu o comprei.
Arregalo meus olhos e com um suspiro fundo de irritação, pendo a cabeça para trás, fechando meus olhos.
— Você não pode comprar um cinema e fechá-lo para um encontro, Dylan. -- Trovejo minhas palavras com voracidade que até mesmo algumas pessoas que estão perto o suficiente para nos escutar, arregalam os olhos.
— Puff! Eu sou rico, Cachinhos, posso fazer o que eu quiser — zomba, me lançando um sorriso perfeitamente alinhado.
Eu o encaro sem palavras. Sem conseguir digerir o que está acontecendo nesse instante. Apenas o encaro, perplexa.
Dylan Grayson de fato não só fechou um cinema para um encontro sem sentido, como também havia comprado o prédio.
Comprado o lugar onde eu me escondo quando preciso.
O cinema da cidade.
O meu lugar favorito agora pertence a ele.
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Acorrentado
FanfictionDylan Grayson... Filho de Oliver Grayson e Winter Jones. Determinado a se reaproximar de sua melhor amiga de infância, Dylan terá a missão de conquistar sua amada, mesmo que ele a tome para si mesmo. -- Cuidado com a fúria de um homem paciente Avis...