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-- Dylan, você não deveria fumar
— Não é nada demais — respondeu — Eu vou me encontrar com a morte de algum jeito-- continuou.
— Você está acelerando o processo — repliquei brava com a sua piada de mau gosto.
— É tão fácil assim? Espero que ela me pegue amanhã — zombou, ainda entretido em escrever na minha pele.
— Não brinque! — exclamei
— Calma, Cachinhos. — Sua mão calorosa enlaça o meu pulso e arremessa-me para perto do seu colo. — Eu vou depois de você.
Fingi normalidade com o seu rosto tão próximo ao meu.
— Eu vou morrer velha — retorqui, tentando evitar a voz trêmula.
— Então, eu também.
— Vou morrer velha sem fumar.
Ele foi rápido em pegar o maço de cigarros na mão e atirar para fora da janela.
— Contente? -- Dou um meio sorriso divertido.
— Muito.
Dylan não deu espaço para mais conversa, pois seus olhos bateram no relógio que tinha no pulso e levantou-se, pegando na caixinha.— O que é?
Antes que eu pudesse fechar a minha boca, a escuridão inundou a área. A luz do quarto evaporou, assim como os postes de iluminação que davam cor às ruas do bairro em plena meia-noite deixaram de realizar a sua função.
— É um apagão? — perguntei, alcançando a janela e colocando a cabeça para fora. Não havia nenhum grão de luz além das estrelas no céu. — Dylan, meu Deus. O que…
Eu me virei, minhas pupilas dilatando pela vela acesa num pequeno bolo. Dylan estava com uma das mãos nos bolsos e a outra ocupada com o que parecia ser um bolo de aniversário.
Aniversário.
Oh, Meu Deus.
— Eu faço aniversário.
Ele sorriu minimamente.
— Não me diga.
Ele encolheu os centímetros que nos separavam, a luz do bolo cada vez mais presente e trazendo o ar quente no meu rosto. Os meus pulmões expulsavam toda a energia que estava sentindo. Que meu corpo estava reagindo.
— Você se lembrou.
— Claro que me lembrei. Não sou você.
Dei uma mínima risada, ainda encarando a vela iluminando seu rosto contornado, as faces de um homem que estava crescendo com todas suas partes sombrias e belas.
— Você fez esse bolo?
— Tentei.
— Você nunca tinha feito um bolo?
-- Há uma primeira vez para tudo
-- Como conseguiu esse apagão?
-- Contatos
— Você não precisava ter feito isso.
— Eu achava que quem escolhia o presente era quem oferecia e não quem vai receber.
— Somos a única luz da cidade — comentei, ainda abismada.
— Você é.
Era isso.
Ninguém poderia ser capaz de me dizer que esse garoto carregava crueldade dentro de si. Dylan era bom. Muito bom.— Pede um desejo — pediu. — E eu os faço tornarem realidade. -- Fechei os meus olhos e deixei o desejo fluir.
Eu desejei muito. Por mim e por ele.— O bolo cheira bem — comentei, assim que abri os olhos.
Surpreendi-me com a visão de Dylan carregada de fogo.
Corei.
Ele encarava-me com muito mais do que eu poderia oferecer para ele, naquele momento. Embora eu quisesse.
Parte de mim estava querendo muito de Dylan, de uma forma que era impossível transcrever em palavras comuns. Eu desejava a distorção e os tormentos que ele dizia ter.
Como distração, coloquei meu dedo no bolo e lambi.— Muito bom. Vou buscar garfos lá em baixo para nós.
Ele assentiu, pondo-se de pé e pousando o bolo na mesinha de cabeceira.
— Eu espero aqui.
Desço as escadas com a lanterna do celular ligada, pego os garfos. Me virando para voltar ao quarto sinto um calafrio percorrer meu corpo, iluminou tudo ao meu redor e não vejo nada, meu irmão não voltaria tão cedo de viagem. Coisas da mente
No final do livro vou está escrevendo algumas coisas pra quem tem dúvida, tipo a idade dos personagens e tals. Até então o Dylan tem 24 anos e a Octavia 19 . Dylan se apaixonou por ela quando ele ainda tinha 5 anos 🥺
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Acorrentado
FanfictionDylan Grayson... Filho de Oliver Grayson e Winter Jones. Determinado a se reaproximar de sua melhor amiga de infância, Dylan terá a missão de conquistar sua amada, mesmo que ele a tome para si mesmo. -- Cuidado com a fúria de um homem paciente Avis...