Cap 16

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Passo pela porta do seu quarto

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Passo pela porta do seu quarto

— Dylan? — indaga, ficando em pé.

Não respondo, apenas encaro seu rosto maquiado.
Ela quase nunca se maquiava

— O que você está fazendo aqui? — Seus olhos desviam para os lados, se certificando de que estamos sozinhos.

Dou um passo à frente e Octávia um para trás. Suas costas batem na estante, seus braços encostam na cabeceira. Levo minha mão ao seu queixo, forçando-a a me encarar.
Algo incompreensível brilha em suas íris e ignoro sua pergunta.

— Existe um motivo para tal mudança? — Indico seu rosto. As bochechas marcadas com blush, os olhos com delineado e o batom claro na boca.
Octavia não fala nada e não faz nada além de engolir em seco.
Apoio meu braço atrás dela, deixando-a presa entre meu corpo e a estante. Seu peito sobe e desce em uma respiração pesada e seus olhos fixam nos meus em uma batalha silenciosa.
Eles dizem um milhão de coisas e transpassam um milhão de sentimentos, mas nada escapa de sua boca.

— Não, só senti vontade de me arrumar para variar um pouco — Dá de ombros.

Seu foco se volta para trás de mim e movimento meu polegar em seu queixo, tocando no canto dos seus lábios, para recuperar sua atenção. Octavia chia e se esquiva.
Uma pontada de rejeição me atinge e sopro uma risada debochada, finalmente entendendo.

— Você cansou de brincar de irmã rebelde? — murmuro, aproximando meu rosto do seu. — Ou está com medo? Afinal, ninguém pode nos ver juntos, não é mesmo?

Rio com zombaria e dou um passo para trás. Octavia parece voltar a respirar quando faço isso.

— Não se preocupe, ninguém vai saber sobre como você gosta de ser fodida na calada da noite ou sobre como foge para viver experiências diferentes. — Camuflo a rejeição em meu tom com ironia. — Pode ficar tranquila, você é uma ótima atriz, Octávia. Talvez devesse trocar o curso.

Espero alguma coisa, qualquer maldita reação, mas não vem. Não até que Octávia feche os olhos e uma lágrima escorra em sua bochecha.
O que aconteceu?

-- Porra -- Rosno

— Você foi um babaca e tem o costume de falar o que pensa, sem se importar com o que os outros irão sentir — Murmura com os olhos fixados em mim

— Sei disso — admito, com uma pontada de culpa.

— E você foi cruel sem necessidade — continua.

— Também sei disso.

— Mas não estou chorando por você, só estou cansada. — Suspira escorando sua cabeça em meu ombro. — Estou tão cansada, Dylan

-- Cachinhos

-- Vai embora -- Ela chora sem me olhar

-- Desculpa, eu te amo -- Digo arrependido  -- Meu amor, por favor não chore. -- Imploro, ela me empurra mais uma vez e tranca a porta do quarto -- Fale comigo -- Silêncio -- Destranca por favor

-- Vai embora

-- Eu faço o que você quiser, mas não chore -- Minhas lágrimas vacilam querendo cair

-- Me esqueça por favor, nunca mais diga isso

-- Isso o que?

-- Nunca mais diga que me ama, nunca mais Dylan

-- Dizer que eu te amo te fez chorar?  -- Ela ficou em silêncio

-- só me aproveitei de você todo esse tempo. Você é um idiota apaixonado, todo esse tempo eu só te usei e você vinha feito um cachorrinho balançando o rabo.

-- Eu te amei -- Sussurro

-- Eu sei

-- Você partiu meu coração -- A mesma mulher que me trazia alegria, foi a mesma que me destruía

-- Eu sei disso também

-- Que dia é hoje? -- Pergunto

-- Oito de agosto, por que?

-- Só quero que nunca se esqueça do dia. Daqui a dez anos, no dia oito de agosto, vou me virar em nossa cama e sussurra " Eu avisei que seria minha "

Me afastei da sua porta e fui embora, era isso que ela queria. Eu a perdir mais uma vez












Tô me preparando psicologicamente pra escrever os próximos capítulos ⚠️

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