Cap 12

2.6K 182 18
                                    

Vota e comenta ❤️

-- Vai ficar aí parada? -- indago

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


-- Vai ficar aí parada? -- indago

Ela passa a língua pelo lábio inferior, e tenho certeza de que está se segurando para não me mandar para o inferno ou para me assassinar. Passamos pela recepção e entramos na sala escura.

— Eu ainda não acredito que você fez isso, Dylan! — exclama, suspirando fundo, como se dissesse mais para si do que para mim.
Inclino o corpo em sua direção, lançando-lhe um sorriso fraco, quase que cúmplice.

— Espere até ver qual filme iremos ver — sussurro, perto de seu rosto, sentindo seu maldito cheiro invadir meu espaço pessoal.

Ela não tem tempo de responder, porque, de repente, a tela se acende e a tão famosa abertura dos filmes da Marvel começa. Posso dizer que sei praticamente todos os personagens que passam pela enorme tela, já que passei dois dias maratonando esses filmes de super-heróis apenas para entender a fixação dela por eles.

-- Não me diga que... -- Murmura

-- Sim cachinhos -- Sorrio orgulhoso -- Somos praticamente as primeiras pessoas do mundo a assistir o novo lançamento deles

Afasto qualquer pensamento da minha mente, me encosto na minha poltrona e levo minha mão até o balde de pipoca, roubando algumas.
Summer nem ao menos percebe e se percebe, não se importa. Porque é como se a mulher furiosa de minutos atrás desse lugar a nerd viciada em quadrinhos e em super-heróis vestidos em trajes questionáveis.
Ela morde o lábio inferior

-- Dylan

-- Cachinhos

-- Ainda não concordo sobre você ter comprado o cinema -- Comunica -- Mas obrigado, obrigado de verdade

Sorrio. É impossível não sorrir para essa mulher, até mesmo quando está soltando fumaça pelos ouvidos, apenas porque a irritei.

— Me agradeça contando o que diabos está acontecendo nesse filme — Respondo, vendo um sorriso cruzar seu rosto junto a uma felicidade genuína por falar de algo que ama.
Summer endireita o corpo, se virando completamente para mim.
Suas mãos seguram o apoio da minha poltrona. Digo para mim mesmo que apenas imito sua posição, colocando o balde de pipoca ao banco vazio ao meu lado, pois quero muito entender o que me custou uma pequena fortuna e não porque o cheiro dela  é convidativo demais para apreciar de longe.

— É o filme da Viúva Negra
Ergo uma sobrancelha, confuso.

— A ruivinha que praticamente salva todo o mundo?

— Eu não colocaria dessa forma.

— Ah, vamos lá, Cachinhos! Ela bateu em todos aqueles russos enquanto colocava o telefone em espera — Respondo, inclinado a cabeça e citando a cena de Vingadores. — E depois ainda foi atrás do grandalhão verde lá.

— Hulk? -- Sorrio.

— Exatamente.

— Você anda vendo Vingadores, playboyzinho?
Franzo o cenho, lançando-lhe uma careta.

— Eu precisava entender a sua fixação por esses filmes.

— E mesmo odiando, ainda sim, comprou um cinema só para assistir um lançamento que ainda nem está disponível? — Questiona, segurando uma risada.
Inclino a cabeça para o lado, lançando a ela um sorriso cúmplice.

— Talvez.

Octavia gargalha.

Deus.

Esse som.

Estamos a três centímetros de distância.

Dois.

Um.

— Linda — Suspiro contra sua boca, deixando com que uma lufada de ar voe pelo mísero espaço entre nós dois. — Linda pra caralho.

Octavia estagna, todo o seu corpo congela. Minhas palavras a fazem lembrar de algo. Por isso, de repente ela se afasta, jogando seu corpo para trás e escorando-o na poltrona, precisando de toda distância possível de mim.

— O filme... Nós deveríamos prestar atenção no filme — adverte, quase que se enrolando com as palavras.

— Cachinhos — chamo, ainda absorto pelo momento e sem saber o que ao menos vou dizer.

— O filme, Dylan. Nós temos que prestar atenção no filme — Sua voz sai como um pedido, e se eu fosse sincero, poderia até mesmo ter sido uma súplica.

Ainda que eu saiba que todo o filme passará em um borrão, porque a única coisa que eu consigo pensar e desejar são os lábios dela ao meu lado, faço o que me pede.
Foco minha atenção na porra da tela por duas fodidas horas, assitindo Cachinhos evitar contato visual comigo. Durante o tempo em que me ignora, apenas desejo que sua atenção seja minha de novo, mesmo que apenas para brigarmos.
Para que provoquemos um ao outro.
Porque por mais que muitas das vezes nós tiremos o sono e a paz um do outro, no fim, sabemos que lutar contra esse desejo fulminante correndo entre nossas veias é entrar numa guerra mesmo sabendo que ela será perdida.
Talvez, guerra seja a melhor definição quando se trata de nós dois.












Spoiler: Oliver aparece no capítulo 14 🙃

AcorrentadoOnde histórias criam vida. Descubra agora