Cap 25

1.8K 118 20
                                    

Hoje era o dia que tirávamos todos os anos para nos reunir, a diferença agora é que esse ano Otto estava presente, em carne e osso

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Hoje era o dia que tirávamos todos os anos para nos reunir, a diferença agora é que esse ano Otto estava presente, em carne e osso.

-- Deixa eu te ajudar com a gravata -- Ele diz se aproximando de mim

-- Obrigado -- Digo me virando pra ele

-- Desculpa não está presente na sua vida

-- Sem problemas, você tinha seus motivos -- O olhar dele transmitia tristeza

-- Eu perdi 24 aniversários seu -- Suas mãos se movia com ele dando volta na gravata -- Tudo aconteceu muito rápido e eu só pensei em proteger nossa família

-- Não importa quantos aniversário você perdeu -- Encaro seus olhos -- O que importa é que você está de volta e pode reconstruir o tempo perdido

-- Você é a cara do seu pai

-- Espero que seja um elogio -- Sorrio

-- Não... Não é um elogio, seu pai é feio demais

Ali passamos uma boa parte do tempo conversando sobre tudo... Ele era exatamente da maneira que meu pai me contava, e sinceramente? Sou feliz por te ele de volta em minha vida

(...)

Octavia recostou a testa à minha, deslizando os dedos pelos meus braços.

— Está nevando — sussurrou.

— Como você sabe disso? -- Não estávamos do lado de fora, então ela não teria como sentir.

— Eu posso ouvir — ela disse. — Ouça…

Ficamos ali sentados, quietos e calados, e fechei meus olhos, tentando ver o mundo através dos olhos dela. Inspirei, sentindo o cheiro do ar frio, mas o silêncio tocava meus ouvidos, e não fui capaz de ouvir a princípio. Até que escutei alguma coisa.

— No vidro — comentei. Ela assentiu, sorrindo.

— Eu amo ouvir esse som. Como se o mundo estivesse dormindo.

Olhei por cima do ombro de Octavia para o lado de fora da janela, a neve caindo, deixando o ar com uma beleza surreal; o movimento dos flocos de neve dando vida à Terra, ainda que tudo estivesse imóvel. Um pouco mais bonita. Um pouco mais pacífica. Um pouco mais protegida. Ela sempre me entendeu. E sempre se sentiu assim também. Mesmo quando éramos crianças, ela já me conhecia.


Anos antes

-- Você viu minha irmã? — Ouvi o irmão mais  velho da Octavia me perguntar -- Ela ama festas, e não quero que ela perca esta. -- Ela não gostava de festas.

— Não — Respondo. Mas eu a vi me encarando através da cortina

-- Não diga nada, por favor. -- Ela diz sem sair um som da sua boca

Seu irmão finalmente foi embora, e a garotinha deu a volta, olhando para trás para ver se ainda tinha alguém aqui. Ela chegou mais perto e disse o meu nome

— Dylan?

-- Você está bem? -- Pergunto a garotinha

-- Estou

— Você quer que eu vá embora? — Eu finalmente disse — Eu vou, se você quiser.

— Não gosto muito de ficar aqui fora — explicou. — Meu irmão idiota sempre dá um jeito de estragar tudo.  -- Acho que entendia o que ela sentia. Também não gostava muito do mundo exterior. Nós poderíamos nos esconder. Juntos. Se ela quisesse.

— Então… vou embora — Eu digo, e comecei a se virar para ir embora. — O que aconteceu com a sua mão? Olhei para o corte em sua mão  — Está doendo? — perguntei. — Meu pai me ensinou um negócio muito legal. Quer ver?  Vai te ajudar a se livrar da dor — informei. — Deixa eu te mostrar, pronta? -- Aperto seu corte — Ele me disse que, quando você se machuca em mais de um lugar, o cérebro só consegue registrar uma dor de cada vez. Normalmente, a dor que for mais forte. A minha cutícula estava inflamada um dia desses, e estava doendo pra caramba, aí sabe o que ele fez? Ele mordeu o meu dedo. Foi meio estranho, mas funcionou. Eu não senti mais a dor de antes. Uma dor de cada vez. Então, melhorou?

-- Sim, obrigado

Agora


A boca de Octavia pairou acima da minha, nossos lábios provocando um ao outro enquanto eu tirava seu suéter e o jogava sobre a cama. Seu peito roçou contra o meu, e tudo o que ela conseguia fazer era me implorar

— Dylan… -- Eu a beijei lenta e suavemente, o toque de suas mãos me torturando, como se fossem penas, seu corpo cálido à minha espera. — Dylan — arfou, inclinando a cabeça para trás e dando-me acesso ao pescoço para que eu pudesse mordiscar sua pele.

— Sshhh… — sussurrei. — Bem quietinha… A neve do lado de fora começou a derreter, e o sons ressoaram em meus ouvidos, embalando meu corpo junto ao da garota que sempre me conheceu de verdade. A única mulher que precisava de mim e a única de quem eu precisava. Eu não merecia nada que eu tinha, mas faria de tudo para me assegurar de merecer o que viesse no futuro. Nós teríamos nossa família, nossos amigos e nossa casa, e todas as noites com ela ao meu lado, cercados e perdidos onde o resto do mundo não existia, apenas nós. Sempre nós. Eu a penetrei e ela começou a remexer os quadris, levando-me mais fundo, para dentro e para fora. Sua cabeça estava inclinada para trás, e quando mordi seu pescoço e apertei seus seios, ela gritou em êxtase. Enquanto a noite gelada e silenciosa assolava do lado de fora, nosso mundo inteirinho se encontrava bem aqui, nesse exato momento. Quem dera a gente não tivesse que sair. Nós nunca saímos, na verdade.

Fim













Bom... Futuramente posso tá modificando esse final repentino, em menos de uma semana perdi três pessoas, não tô com cabeça pra escrever nada, me perdoem por dá esse final merda, queria agradecer a minha leitora fiel euuzinhalindinha que sempre tá comentando e curtindo... Você tá me dando uma força do caramba agora, obrigado por ter me acompanhado. Esse não foi o final que eu queria, mas por enquanto é isso que vocês vão ter 🥺 mais uma vez obrigado pelo carinho ❤️

AcorrentadoOnde histórias criam vida. Descubra agora