Capítulo 19 - Nova casa.

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N/A: Estou postando dois capítulos hoje, então rolem para baixo assim que terminarem esse para verem o próximo :)

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09 anos atrás |Nova York City.

— Essa aqui é sua nova casa, Lauren, espero que você se sinta a vontade.

Eu encaro o apartamento na cobertura de Manhattan. Encaro a sala de estar gigante, com móveis espalhados organizadamente e com cores combinando. Encaro os quadros nas paredes, as esculturas que devem ter custado uma fortuna em mesinhas espalhadas pela sala. Encaro a sacada enorme que dava vista para toda a cidade, para todos os prédios e todo o trânsito de Nova York. A famosa selva de concreto.

A casa da tia Clarice é bonita, mas é diferente da minha casa. Lá, a aparência é rústica. Lá, há fotos minhas e dos meus irmãos nas paredes. Lá, estou no meio da floresta. Lá, tenho meu pai e minha mãe.

— É legal – digo, mas não tem nada que me chame muita atenção positivamente aqui. – Onde é meu quarto?

Tia Clarice me guia pelo seu apartamento que mais se parecia um labirinto. Era todo moderno, como eu imagina que a casa de todos os novaiorquinos eram.

— Tem alguma biblioteca aqui perto? – Pergunto, enquanto minha tia abre a terceira porta de um corredor extenso.

Meu quarto era sem graça. Paredes brancas, um lustre que parecia pedras de diamantes do topo, uma cama que cabia umas doze de mim no centro, um carpete de pele de urso que eu vou tratar de tirar, um closet enorme que, de onde estou, consigo reconhecer algumas das minhas roupas no cabide, uma porta para o banheiro, uma TV, uma penteadeira, e um cavalete com uma tela em branco no canto. Havia uma sacada aqui, também. Acho que mamãe e papai ficaram tão preocupados com minha reabilitação que se esqueceram de deixar meu quarto minimamente com a minha cara. Não os culpo.

— Você pode decorar o quarto da forma que quiser, Lauren, e comprar roupas, sapatos ou qualquer outra coisa que achar necessário, seus pais deixaram o cartão comigo, para te entregar – minha tia apoia a mão nas minhas costas e me instruiu a entrar no quarto. – E respondendo sua pergunta; há uma biblioteca a dois quarteirões daqui. Vou te apresentar a filha de uma amiga minha que mora na cobertura do prédio ao lado, conseguimos ver ele da sacada, ela pode ser sua companhia aqui, porque imagino que você não deve querer companhia de gente velha.

Tia Clarice ri, mas ela não é velha. Ela deve ser uns dois anos mais velha que minha mãe, o que significa que ainda está na casa dos trinta, mas ela tem razão no ponto de que eu prefiro a companhia de uma pessoa da minha idade, embora eu não esteja muito no clima de fazer amizade.

— Tudo bem – digo, pensando em quais cores irei pintar essas paredes.

Tia Clarice faz um tour comigo pela casa, me apresenta a despensa de comida, a governanta da casa, Maria, os banheiros, e eu faço questão de, em todos os cômodos que passamos, perguntar se não havia nenhuma medicação. Não gosto da ideia de dividir o mesmo ambiente com remédios que não sejam os quais estão me ajudando a viver agora. Mas meus pais tomaram cuidado com isso, e não encontrei nem um frasco em todos os banheiros em que passamos. Me sentia mais segura assim.

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