Capitulo 16 - Sala de Escritório

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O caminho até a empresa dos pais de Camila não era longe, e mesmo com o trânsito, chegamos com vinte minutos

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O caminho até a empresa dos pais de Camila não era longe, e mesmo com o trânsito, chegamos com vinte minutos. O frentista reconhece o carro, e a oferece para estaciona-lo.
O prédio era enorme, espelhado e robusto, com a logo dos Cabello estampada bem no topo do arco de entrada. Nada diferente do que eu estava esperando.
Algumas pessoas com roupas sociais entravam e saíam pelo hall, apressadas e com os aparelhos telefônicos em mãos, e outros apenas seguiam o mesmo caminho com suas famílias. Era um prédio comercial, então não consigo distinguir os funcionários dos clientes, já que todos andavam devidamente arrumados.

Nós paramos na recepção, onde uma mulher uniformizada em uma saia lápis e uma blusa social, ambos em tons claros sorri para Camila. Seu olhar bate em mim quando paro atrás dela, e o sorriso já não é mais tão familiarizado assim. Ela analisa minha fisionomia inteira, até onde consegue, ao ponto de se tornar perceptível para qualquer pessoa que estivesse perto que ela estava me secando.

— Cliente nova? – Ela pergunta para Camila, apontando para mim, e a vejo erguer uma sobrancelha.

— Não. Viemos conversar com a minha mãe – Camila cruza os braços. – Onde ela está?

— Da última vez que a vi, estava na sala – a recepcionista se levanta, ajeitando o óculos de grau nos olhos. – Eu acompanho vocês.

Não dizemos nada enquanto ela contorna o balcão, e faz um sinal para que possamos segui-la. Camila revira o olhar pra mim quando a recepcionista passa, e eu rio, controlando a vontade de segurar em sua cintura para deixar claro que eu estava acompanhada, como uma mania que sempre me ocorria quando eu estava dentro de um relacionamento e percebia algum olhar em mim.
Não é como se Camila e eu estivéssemos dentro de um relacionamento, mas eu sinto uma vontade constante de sempre estar perto dela. Quando saímos para a cidade, e percebo algum olhar sobre ela, preciso controlar cada músculo do meu corpo para que não segure em sua cintura ou não a puxe para um beijo, porque sei que aquilo poderia ser prejudicial. Estar com alguém as escondido era bom para a adrenalina, mas não para as vontade de estar perto a todo momento.

A recepcionista aperta o botão para chamar o elevador, e observo os números caindo no painel enquanto ele se aproxima.

— Então, qual o nome da nossa convidada? – Ela pergunta, direcionando o olhar para Camila, que não estava com a melhor das caras, mas parecia se esforçar para não demonstrar isso.

— Essa é Lauren, minha cunhada – Camila aponta pra mim. – Laur, essa é Marielle, uma das recepcionistas aqui da empresa.

Eu estico a mão para um comprimento formal, e Marielle rapidamente aceita o ato, no mesmo segundo em que a porta do elevador se abre. Nós entramos, e, acidentalmente, meu olhar desce diretamente para a coxa exposta de Camila na saia em que usava pelo reflexo do espelho. Era um tecido justo em seu corpo, branco e sem detalhes, que combinava perfeitamente com o suéter cor-de-mel soltinho que ela usava. Aquela peça de roupa realçava o volume de sua bunda e a marcação de sua cintura. E, claro, me fazia ter pensamentos errados.

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