Capítulo 30 - Revelações.

3.8K 411 66
                                    

Minha cabeça explode, e eu a encaro imediatamente

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Minha cabeça explode, e eu a encaro imediatamente. De todas as possibilidades que eu criei, aquela nunca se passou pela minha cabeça, e isso só faz tudo se embaralhar mais. A cada resposta que tenho sobre essa família, mas uma pergunta surge.

— Irmã gêmea? – É possível perceber o choque no meu tom de voz.

— Eles não se parecem tanto, né? – Ela ri baixinho. Uma risada melancólica. – Sempre diziam que Lauren e Chris se pareciam mais, mas sim, ele e Taylor são gêmeos. Ou melhor... eram.

— Meu Deus... Como eu participei por cinco anos dessa família e não soube disso?

— Taylor é um assunto delicado nessa família, Camila – Clara me lança o olhar –, ela causou tentativas de suicídio, uma briga que pendura até hoje e anos de terapia. Peço desculpas por nunca citar Lauren, mas não posso me desculpar por não citar Taylor. Acredito que, quando minha filha a contou sobre ela, não teve uma boa reação.

Abaixo a cabeça, porque preciso concordar. Não posso a culpar por não citar a cicatriz mais profunda dessa família.

— Por que está me mostrando a casa de vocês agora? – Pergunto. – Há um recinto de fotos dos seus três filhos aqui.

— Porque você conhece Lauren, e porque, estão tão próximas que no fundo, eu já imaginava que ela teria contado sobre algo – Clara respira fundo, e se afasta para ir em direção a um dos sofás. – A admiro por isso. Lauren foi a que mais sofreu com tudo o que aconteceu, e, ainda assim, ainda é a pessoa mais aberta a falar sobre isso.

Concordo que Lauren tenha carregado um peso maior entre os irmãos, e, mesmo que ela tenha contado algumas coisas, ainda não foram muito significativas para o que realmente aconteceu com Taylor. E, se ela era a pessoa mais aberta sobre isso, imagino que o restante seja totalmente travado –ou tenha explosões de raiva, como Christopher.

— Ela é forte – digo, parando para analisar uma foto em uma moldura oval de Lauren sozinha. – E também me disse que essa casa parecia um memorial dela.

Acredito que Lauren esteja com uns cinco anos na foto, e ela segurando um pato filhote ao lado de seu rosto, com um sorriso banguela, as bochechas coradas e uma franjinha de testa. Seus olhos tinham o brilho da inocência. Acabo sorrindo, como se aquela foto fizesse eu me apaixonar um pouco mais por ela.

Ouço Clara ri.

— Lauren era a que mais gostava de tirar fotos, e nós somos tão babões, que revelamos todas – há um tom nostálgico na sua voz, e imagino que ela vá puxar o assunto, mas então, Clara faz um sinal para que eu possa me sentar. – Venha, vamos aproveitar que meu marido está na empresa para conversarmos.

Eu me junto a ela, sentando no sofá à sua frente. Não sei o que virá dessa conversa, mas estou confiante que tudo acabara bem. Clara não podia me culpar por abandonar Christopher após o que houve –mesmo que o motivo não seja inteiramente esse.

Heat WavesOnde histórias criam vida. Descubra agora