Quando se está casada a cinco anos, você ainda está perdidamente apaixonada, ou se acostumou com a rotina, e, no caso de Camila, filha de arquitetos e amante dos traços de um bom desenho, a rotina foi algo no qual ela se jogou. Embora o casamento nã...
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É Lauren quem está dirigindo meu carro, e eu passo o caminho inteiro pensando no meu choque quando a vi, no que disse e no que ela respondeu. E, claro, no que eu pensei. Minha mente me sufocou de perguntas.
Era correto eu a achar atraente, mesmo estando casada com seu irmão? Como era o estado de sua vida amorosa? Havia um homem esperando por ela? Por que sinto essas ondas quando estou em sua presença? Porque seu olhar me atrai? Por que ela precisava ser tão... Ela?
Empurrei tudo para baixo do tapete com o argumento de que eu só estava tentando ser legal com a irmã do meu marido.
Quando estacionamos do outro lado da rua, Dinah e Normani já estão na porta. Eu aceno para elas, e aguardo Lauren para atravessar a rua. Normani e ela se apresentam, e nós entramos. O ambiente do bar era escuro, com luzes de led vermelhas no topo das paredes. O espaço era enorme, e contava com dois andares, onde, esse primeiro em que estávamos continha um balcão de bar, com variados tipos de bebidas destiladas e cervejas. Havia alguns fliperamas aos cantos, ao lado de uma mesa de sinuca, uma ala apenas para mesas, a pista de dança enorme, os banheiros mais ao fundo, e, claro, as escadas que levava ao subsolo, onde uma sala mais privativa, menor e mais escura se localizava. Ela contava com um pequeno bar, e as músicas que tocavam naquela parte eram mais envolventes. O ambiente era mais envolvente. Se eu fosse ser honesta, você sentia um tesão absurdo só de estar ali.
Desde que me casei, não ia no térreo, e Normani e Dinah permaneciam aqui encima comigo.
— Já tinha vindo aqui, Lauren? – Dinah pergunta, fazendo um sinal para que pudéssemos segui-la até o balcão.
— Eu saí de Seattle quando eu tinha doze anos, então nunca entrei em nenhum bar daqui.
— Você passou sua adolescência em Nova York, não tenho certeza se vai achar os bares de Seattle interessantes o suficiente – eu digo, desviando de algumas pessoas.
— Ela vai achar lá embaixo interessante – Normani olha para trás com um sorriso malicioso, e Dinah exclama exageradamente quando alcançamos o balcão.
— Meu Deus! – Ela bate uma palma. – Agora que eu me toquei! Nós temos a única solteira do grupo – ela olha para Lauren. – Você é solteira, né?
— Sou – Lauren olha em direção às escadas, interessada. – O que tem lá embaixo?
— O que vai fazer sua noite valer a pena – Normani pisca pra ela. – Qual seu tipo?
Eu olho diretamente para Lauren, fingindo estar interessada da mesma forma que Dinah e Normani estavam, e não porque eu queria saber se, de alguma forma, me encaixava.
O que eu estou pensando?
Lauren comprime um sorriso.
— Pensem em Camila – ela aponta pra mim. – Esse é meu tipo.
