Capitulo 17 - Problematica

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Eu sorrio, colocando uma mecha de seu cabelo para trás da orelha antes de deixar um selar em seus lábios

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Eu sorrio, colocando uma mecha de seu cabelo para trás da orelha antes de deixar um selar em seus lábios.

— Provavelmente já deve ter conhecido, eu só sou nova – desço sua saia, até que ela volte ao normal, e deixo um beijo em sua bochecha.

Estou sendo hipócrita agora, porque sinto que também nunca conheci alguém como ela, tão apaixonada com as coisas, e, ao mesmo tempo, tão mulher, mas não quero acreditar que ela pensa o mesmo de mim, porque isso me prejudicaria sentimentalmente.

— Estou falando sério – ela persiste, encarando o fundo dos meus olhos. – Olho pra você e não consigo remeter a nenhuma outra pessoa que eu conheci.

— Sabe o que isso significa? – Camila murmura para que eu pudesse falar, e sinto suas mãos acariciando minha cintura. – Que vamos ter muitos problemas.

Ela sorri. Um sorriso sereno, que poderia acalmar um mar em fúria.

— Eu disse que você ia foder com a minha vida.

Eu rio, e Camila deixa um beijo na minha bochecha. E outro, e outro, até que ela estale beijos por todo meu rosto e eu esteja rindo, tentando afasta-la, mas sendo impedida pelos seus braços que de engancharam no meu corpo. Eu consigo me livrar alguns segundos depois, no último selinho, e ainda estou rindo quando desvio o olhar pelos quadros que Sinu tem.

— É verdade o que você disse? – Ela me pergunta, enquanto eu começo a tomar mais espaço da sala, vistoriando cada quadro. – Sobre você e Christopher serem tão parecidos que achavam que eram gêmeos?

— Sim – a olho por cima do ombro. – Achávamos éramos mais gêmeos do que ele e Taylor.

Meu corpo gela no momento em que eu cito o nome, e consigo sentir a corrente de ansiedade se espalhar pelo meu sangue, como se fosse uma droga, contaminando cada veia.
Fecho os olhos com força, condenando até minha décima geração por ter dado um deslize desse.

— Taylor? – Camila pergunta, e sinto uma pontada no meu coração.

— Por favor, finja que eu não disse isso – peço, apertando minhas unhas na palma da mão para que a corrente seja descontada na for.

— Você está bem? – Ouço seus passos se aproximando, e concordo com a cabeça, mas meu corpo está rígido.

— Estou – sinto minhas mãos de machucando, mas a corrente de ansiedade se aliviando. – Fazia tempo em que não tocava no assunto. Só isso.

Sinto os braços de Camila envolverem os meus, me abraçando por trás. Ela apoia a cabeça nas minhas costas, que é o lugar onde sua altura alcança, e é automático que toda minha tensão vá embora.
Eu arregalo os olhos comigo mesma, surpresa enquanto minhas mãos começam a se relaxar, e meu corpo deixa de estar rígido como uma rocha.

— Tudo bem, já esqueci – ela diz, serena, e eu sinto uma vontade subita de chorar. É a primeira vez, com exceção de Ashley, que alguém de fora ouve seu nome e me abraça. Mas não choro. – Posso comentar algo para quebrar o clima?

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