O CONTRATO

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Harry Scarborough

Observo ela ler o contrato como se nada tivesse acontecido, enquanto coloco um saco de gelo no meio das minhas pernas, pois é ganhei um belo chute no meu general e sei que não vou poder usa lo durante uma semana ou mais, só porque a beijei.

-- Não concordo com a última cláusula. - ela diz sem me olhar, mais noto sua sobrancelha arqueada.

-- Tudo bem, podemos mudar se assim for da sua vontade. - falo cuidadosamente. -- Mais acho um grande erro pois se já não vamos poder ter amantes nada mais justo que nois tenhamos relações íntima não acha. - Falo e sinto o medo dela atirar em mim novamente me consumir, mais não vou passar um ano sem sexo não consigo passar nem um dia quanto mais um ano.

-- Não se faça de idiota Harry. - ela diz e se não estivesse machucado meu general com certeza acordaria pois, meu nome em seus lábios soa como uma música para meus ouvidos.

-- Nada mais justo não acha? - Eu a pergunto e ela se levanta e começa a andar de um lado ao outro impaciente como se estivesse travando uma guerra dentro de si. E não entendo o porquê dessa reação.

-- Ok mais com uma condição. -  aceno para ela prossegui. -- Só acontecerá quando for da minha vontade e quando EU achar que é necessário. - Termina de falar parando finalmente de andar e me encarando novamente.

A cláusula dizia que nenhuma das partes poderia ter relações extra conjugais, pois se assim fizer teriam que pagar uma multa de 1 milhão de euros para cada ato cometido, mais ambas as partes poderiam ter relações entre si com total consentimento e sempre que uma das partes quisesse.

-- Ótimo problema resolvido agora enfim podemos assinar logo essa porra para que eu possa finalmente ir cuidar do meu ferimento,. -  falo já sem paciência. -- Porque não sei se você percebeu mais ainda estou sangrando. - Digo apontando para meu colo.

-- E oque faz você pensar que vou assinar assim tão fácil. - ela fala pegando sua bolsa. -- Quando irá se mudar para a Alemanha? - Ela enfim pergunta concertando sua postura.

-- Irei voltar para Inglaterra, comunicar meus pais e organizar algumas pendências e assim que possível estarei ao seu lado. - falo colocando uma das mãos em meu queixo. -- Porque, já está com saudades viuvinha? - Pergunto com ironia.

-- Só nos seus sonhos querido, mais irei levar o contrato e assim que estiver em meu território voltaremos com as negociações.-  Ela fala pegando o contrato e indo em direção da porta.

-- Pare exatamente onde está com esse contrato. - falo alto. -- Só sairemos daqui com tudo firmado pois não sou louco de ir para seu território sem nenhuma garantia que não vai me matar. - Digo ignorando a dor entre minhas pernas e ficando de pé apoiando as mãos na mesa.

-- MEÇA SUAS PALAVRAS ANTES DE FALAR COMIGO, POIS EU NAO SOU UMA DE SUAS PUTAS QUE VOCÊ FALA E ELAS OBEDECEM COMO UM CACHORRINHO. - ela grita apontando novamente sua arma em minha direção e dessa vez o tiro pegou de raspão no meu braço.

-- PORRA, ISSO TA VIRANDO UM HÁBITO JÁ. - grito me jogando na poltrona com a mão no ferimento, então por impulso vou em seu encontro pego o contrato volto para a mesa assino e pego meu celular ligando para meu pai e ignorando a dor em meu corpo.

-- Alô papai. - ele atende no segundo toque. -- O plano deu certo, estou a caminho da Alemanha, irei me casar com essa filha da puta. - falo com meu português brasileiro perfeito na esperança dela não entender nada doque eu disse, enquanto ela fica me olhando sem nenhuma expressão, desligo pego meu terno, e vou em direção a porta. -- Está tudo pronto agora posso ir cuidar dos ferimentos ou você quer continuar e finalmente me matar ? - Pergunto de costas para ela.

-- Oque você falou? - Ela pergunta.

-- Disse para meu pai que irei para Alemanha resolver uns problemas e logo estarei de volta. Falo ainda de costas.

-- Sério? - Ela pergunta e passa a minha frente saindo da sala, dou um suspiro canssado e a sigo falando.

-- Minha mãe é brasileira ela ensinou sua língua nativa para mim e meu irmão. - falo ao seu lado do corredor adentrando na sala juntos. -- Irá ficar surpresa com tudo que você ainda não sabe sobre mim. - Falo debochando para não ficar por baixo mais uma vez.

-- Não me interessa oque você tem ou não para oferecer, agora vá fazer suas malar e limpar esse sangue, o seu fedor está me dando nojo. - Ela diz fazendo um aceno com as mãos em minha direção e uma careta de nojo.

-- Ouça com atenção oque vou lhe dizer. - digo parando e segurando em seu braço. -- Você ainda vai ser submissa a mim isso você pode apostar. - Largo o seu braço e vou em direção da escada e paro no primeiro degrau com ela falando.

-- Pois saiba que está indo para o inferno e fazendo um trato com o diabo, e nunca .. nunca pense que eu vou te obedecer pois não vou, nem a você nem a ninguém. - Ela diz me apontando o dedo.

-- Então estarei em casa, falo me virando e subindo pelas escadas.

Dez minutos depois desço e ela está lá como sempre impecável sentada a uma poltrona na sala com as pernas cruzadas, a luz da lua entrando no ambiente a deixa mais sexy ainda, eu a observo e imagino como seria magnífico possuir lá com essa iluminação, ela é linda e não sei oque fez mais tudo oque penso meu corpo faz o contrário sempre indo em sua direção, -- Não posso me apaixonar, não agora e não por ela. - Falo em minha cabeça.

-- Gostando da vista?. - Ela diz me tirando dos pensamentos e vejo que estou parado do meio da escada a olhando. -- Achei que demoraria mais, dizem que mocinhas demoram a se arrumar. - ela fala com ironia e balançando seu pé no ar.

-- Sabe, você assim até parece uma pessoa normal, se não fosse pela circunstâncias eu poderia sim pensar em me apaixonar por você. - digo descendo os degraus que faltava da escada. -- Mais aí você abre essa sua boca e não ..eu nunca me apaixonaria por uma arma ambulante como você. - Falo em tom sério enquanto ela me olha ainda sem expressão e que porra, não consigo saber nada doque ela pensa porque sempre está sem expressão quase que indecifrável.

-- Eu vou ignorar você pois não quero passar as próximas horas dentro de um jatinho com você sangrando ao meu lado. - ela diz se levantando e indo para o elevador, -- Agora ande logo antes que eu desista disso tudo.

-- Como se você tivesse me dado alguma escolha não é mesmo viuvinha. - falo e entro ao seu lado no elevador.

Ligo para um dos meus seguranças mando eles voltarem para a Inglaterra e entro no carro da viúva indo para o aeroporto.

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