A PRIMEIRA DOM

VOLTA PARA CASA

Helena kusts

Estou olhando a tela do  celular fingindo mexer nele sentada na poltrona do jatinho tentando ignorar o idiota que está sentado em minha frente. Desde que saímos do hotel ele nada falou, mais me encara o tempo todo. As vezes quando o olho vejo sua iris num tom mais escuro, outrora mais claro, e tenho que admitir que ele em silêncio fica ainda mais bonito.

Preciso me afastar o mais rápido possível, pois não sei oque está acontecendo mais sinto um calor e um desconforto entre as pernas sempre que ele me olha e com essa aproximação estou ficando inquieta.

Sorrio ao lembrar de tudo que aconteceu e principalmente do chute que dei em seus países baixos.

   -- Doque está rindo viuvinha?  - Ele pergunta curioso.

  -- Não lhe interessa. -  falo seca me soltando do cinto e me levantando.

  -- Onde vai? - Ele pergunta por sua vez.

  -- Já falei que não lhe interessa, mas estou indo tomar um banho, porque? Pensou que fosse pular do avião e te deixar pra morrer. -  falo parando e virando metade do meu corpo apenas para  vê ele por cima do ombro.
   
   -- Porquê não me disse que aqui tinha quartos. - ele diz soltando o seu cinto e ficando de pé quase que em um salto.

  -- A mais não mesmo. - falo me virando por completo para ele. -- Pode parar bem aí onde está, a cama é minha, o quarto é meu e esse avião é meu, então não dê mais nenhum passo nessa direção. - Falo erguendo minha mão em sinal de pare para ele. Então sigo para o quarto sem dar chance dele responder, entro fecho a porta retiro a roupa a jogando na cama e vou para o banheiro, deixo a água quente cair no meu corpo me relaxando, alguns minutos depois termino o banho e volto para o quarto.

Foi inevitável conter a surpresa que tive ao sair do banheiro, e ver ele lá deitado em minha cama apenas de cueca box preta, com um volume nela que eu nunca vi antes. Engoli em seco e sentir minha intimidade molhar, meu corpo arrepiou, e meu peito subia e descia com dificuldade.

-- Se quiser posso pegar um lenço pra você. - ele fala ainda deitando na cama. -- Porque tenho que concorda, que por mais que a vista esteja bonita sua baba tá caindo e isso não é legal. - ele diz finalmente se apoiando nos cotovelos e me encarando dessa vez. E meus olhos imediatamente cai sobre seu abdômen que por sua posição preciona os gominhos os deixando com mais evidência. Quando minha cabeça me trai me fazendo imaginar como seria passar a língua ali.

-- Oque está fazendo aqui? - Pergunto finalmente acordando do meu transe. -- Eu mandei ficar longe do meu quarto, e você tem a audácia de se deitar na minha cama pelado, saia agora mesmo antes que eu esqueça tudo e finalmente te mate. - Falo tentando soar brava mais acho que saiu mais como uma súplica.

-- Eu resolvi lhe fazer companhia, e quem está sem roupa aqui é você. - ele diz acenando para meu corpo e noto que estou sem a toalha rapidamente me cubro com minhas mãos. Olho em volta procurando a toalha e noto que está acima da poltrona pego e me enrrolo rapidamente.

-- Não me interessa se quer descansar ou não , deitasse no chao do avião, ou melhor pulasse de uma vez acabando com meus problemas. - falo me dando conta que tem mais um quarto nesse jatinho e mesmo assim ele escolheu o meu, então fecho os olhos e comprimo os lábios tentando controlar a raiva.

 -- Querida viuvinha vamos nos casar, e é normal dividir o mesmo quarto. - ele diz levantando e vindo em minha direção e não consigo sentir minhas pernas, talvez pela raiva ou surpresa de te lo assim tão íntimo pela primeira vez. -- Se você quiser posso ficar pelado também assim estaremos quites. -  Fala parando em minha frente.

-- Oque pensa que está fazendo.  - Digo olhando em seus olhos e vendo ele apoiar as mãos na parede ao meu redor, e não percebi que estava me afastando até sentir algo friu em minha pele.

-- Se eu te contar que também não sei acreditaria em mim. - Ele fala aproximando sua respiração da minha que já se encontra ofegante, sua iris na cor escura com o dobro do tamanho intercalando dos meus olhos a minha boca, seu perfume me embriagando quase como um veneno me fazendo delirar.

Sinto ele passar uma mão pela lateral do meu corpo me fazendo sentir um choque por todo o caminho, então solto o ar que nem sabia que estava prendendo e fecho os olhos não entendendo porque estou agindo assim, ele  cola seus lábios no meu, sua boca rígida e macia ao mesmo tempo, faz com que eu sinta um pedaço do céu, minhas mãos vão para o seu pescoço automaticamente, enquanto ele aperta meu corpo entre ele e a parede me fazendo sentir sua ereção em minha barriga.

Ele pega em minha cintura me fazendo levantar do chão e por instinto passo minhas pernas ao seu redor, rapidamente sinto algo macio e noto que estou na cama com ele por cima, ele me beija intenso descendo para o meu pescoço me fazendo dar um pequeno gemido, minha mente grita para que eu pare como da primeira vez mais meu corpo se recusa e já não tenho mais controle nenhum sobre meus atos, vejo ele fazer um caminho de beijo até meus seios e  lá ele brinca com eles dando pequenas mordidas e rodopiando sua língua ao redor, depois de alguns segundos ele continua o caminho até minha intimidade.

-- Você está muito excitada.- ele diz cheirando minha carne e introduzindo seu dedo indicador dentro, dou um suspiro forte. -- Como eu imaginei uma delícia. -  Ele fala levando o dedo a sua boca e chupando sentindo o meu sabor. -- Sei que já deve ter feito isso mais eu lhe garanto que  nunca sentiu tanto prazer como vai sentir agora. - Ele diz enquanto permaneço em silêncio, pois aquele cheiro de tesão no ar fazem minha garganta secar cessando minha voz.

Ele então começa a fazer movimento  circulares em meu ponto, me fazendo arquear as costas da cama e sinto que vou explodir. -- Harry..., - Minha voz sai como um sussurro, então ele introduz mais um dedo em meu canal, e vejo ele baixar sua cabeça indo de encontro com minha intimidade, ele beija de leve depois passa a língua enquanto me contorço toda na cama, ele continua com a tortura fazendo movimentos de vai e vem com os dedos e circulares com a língua.

Não consigo mais me controlar quando ele acelera os movimentos, então sinto meu corpo tremer seguido de uma explosão em meu ventre fazendo um líquido quente escorrer de dentro, fico imóvel por alguns segundos tentando decifrar a sensação e tudo que acabou de acontecer.

  -- Eu nunca.., - foi oque conseguia falar ainda em êxtase pelo orgasmo. Sou uma mulher e claro que por mais que seja virgem, lógico que procuro conhecer o meu corpo e me toco vendo filmes porno, imaginando como seria quando eu estivesse naquele ato, mais nenhum orgasmo se compa com o de agora pouco. Penso olhando o teto.

Harry vem de encontro ao meus olhos, noto que está suado assim como eu.  -- Você está linda com sua bochecha corada e seu cabelo bagun.. , quando sua fala é interrompida pelo interfone ao lado da cama com a voz do piloto.

-- Senhora iremos pousar. - O piloto fala e empurro Harry para longe tomando de volta consciência dos meus atos.

Corro para o banheiro pois tenho que tomar um novo banho, depois de um banho em velocidade luz saio e não o encontro mais lá. Me visto apressadamente e volto a minha poltrona quando sento e aperto o cinto me permito o encarar ele está com os fones no ouvido e de olhos fechados, agradeço mentalmente por não ter que falar disso agora.

Faço uma nota mental de que assim que pousar ligar para Daniel e lhe explicar minha volta repentina.