INICIAÇÃO

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HELENA KUSTS

Estou sentada em um trono no salão onde será feita a iniciação de Harry, com minha postura impecável torcendo para que tudo saia como planejado. Lembro da noite anterior, foi uma das melhores noites que já tive, nunca senti tantos sentimentos de uma só vez e nem fazia ideia do quanto o sexo era bom mais não posso me deixar levar assim tenho que manter a frieza.

Desde que Harry saio do quarto eu não o vi mais, ele saio de casa e não voltou, sei que não desistiu pois mandei segui lo, talvez tenha sido um pouco arrogante demais com ele, mais estava assustada pelo oque aconteceu e também por sentir meu coração entregue a ele naquele momento, não posso deixar isso acontecer e não vou.

Talvez ele desista de tudo então saberei que era tudo coisa da minha mente e coração traiçoeiro, para fugir dos pensamentos resolvo acabar logo com tudo isso.

  -- Antônio onde está o Harry ? - Pergunto já afastando todos os meus pensamentos.

  -- Senhora ele pediu pra ficar sozinho. - Antônio responde me entregando uma pasta, passo meus olhos por todos os documentos e me surpreendo com oque vejo mais não posso sequer demonstrar pois todos me olham.
   
   -- Obrigada pelos relatórios Antônio, - digo disfarçando. -- Agora busque Harry quero acabar com isso o mais rápido possível. - digo e Antônio apenas faz uma reverência e sai do salão.

As portas se abrem e por ela passa Antônio e Harry trazendo uma mulher acorrentada e suja de sangue, aparentemente foi torturada e isso me faz ter raiva pois não gosto de vê uma mulher nesse estado.

   -- Bom dia dom kusts , - ele fala e percebo que nunca ouvi ele me chamar assim então não respondo apenas aceno.

   -- Essa aqui é a filha do capo italiano que está interferindo em seus negócios, - ele diz jogando a moça para frente que por sua vez cai em meus pés. -- A raptei pois seu pai e sua mãe já estavam mortos quando cheguei em sua residência, como forma de punição pelos atos de seu pai e para mostrar meu apoio a vossa casa eu a matarei acabando assim com sua linhagem.
    
Então sem nem ao menos me deixar dizer nada, Harry atura na cabeça da mulher espalhando seu sangue pelo chão.

-- Muito bem  Harry estou quase convencida. - digo cruzando as pernas. -- Mais para ter minha confiança terá que fazer um servicinho a mais. - digo e vejo meus soldados entrarem com o pai de Harry acorrentado, mal abria os olhos do quanto que foi torturado.

   -- Mais oque está acontecendo, - ele pergunta olhando para o seu pai que está sendo apoiado por meus soldados. -- Porque você trouxe meu pai?, Solte ele já .. - ele fala mais os soldados nada faz.  -- EU MANDEI SOLTAREM ELE PORRA , - ele volta a falar dessa vez gritando.

  -- Soltem, - eu falo e os soldados solta o velho que cai no chão por sua vez.  -- Esse é seu segundo teste querido, - digo ficando de pé. -- Seu pai se juntou ao capo italiano para tentar me matar, como eu sempre sei de tudo e não deixo nada passar aqui está seu segundo teste. - falo apontando para FHILL.

   -- Helena eu imploro clemência, - ele diz se aproximando de mim. -- Eu faço oque quiser mais deixe ele viver. - Então lhe entrego a pasta que estava em minhas mãos, ele olha os documentos atento, em seguida para em frente ao seu pai e descarrega toda sua munição no velho.

Descobri que ele não era o pai verdadeiro de Harry, e que a mãe de Harry tinha sido estuprada por dez soldados a mando de FHILL. Ela engravidou e FHILL a matou assim que o bebê nasceu, ele mataria a criança se Eleonor não estivesse tendo dificuldade para engravidar e porque assim que ela o segurou em seu colo ela o amou profundamente. Na mesma pasta continha a informação de que Richard teria tido um filho mais que teria morrido assim que nasceu.

   -- Era só isso? .- ele me pergunta  de cabeça baixa ainda com sua arma na mão e a pasta em outra.

  -- Vá se limpar o juramento será feito daqui a uma hora nesse mesmo local. - digo e vejo ele virando as costas e saindo do salão. Todos me olham e eu me sento novamente vendo um grupo de soldados começar a retirar os corpos e limpar o local.

Meia hora depois vejo Harry voltar para o salão com seu terno impecável e seus cabelos alinhados dessa vez, sua barba por fazer e seus olhos profundos como de alguém que passou a noite em claro. Observo ele se aproximar e meu coração acelera não sei porque, sinto um friu na barriga e na minha cabeça admito que ele está mais bonito doque nunca. Seu semblante é sério mais não recua a momento nenhum. Então ele se aproxima e eu fico de pé pegando minha adaga para começar o juramento.

   -- Eu Harry Scarborough, declaro minha total fidelidade a casa kusts, darei minha vida se assim for preciso para a segurança e crescimento dessa casa, hoje deixo de ser um inglês para me tornar alemão de corpo e sangue. - Ele fala e beija minha mão todos nos olha. Então pego a adaga faço um pequeno corte no centro de minha mão e entrego a ele que faz o mesmo, então apertamos as mãos juntando nossos sangue.

   -- Deutschland retten. ( salve a Alemanha ) - Harry grita e todos que estavam no salão repetem a mesma fala finalizando sua iniciação.

HARRY SCARBOROUGH

Saio da cede com a cabeça cheia de tudo que descobrir, vou direto para casa pois preciso falar com minha mãe e entender tudo que preciso de uma vez. Ao chegar na mansão encontro Olga descendo as escadas.

  -- Ola Olga bom dia, - digo a cumprimentando.
 
-- Bom dia senhor, chegou cedo como foi a iniciação ? - ela pergunta como sempre sorridente e imediatamente surge uma ideia em minha cabeça.
 
  -- Foi bem Olga, mais gostaria de lhe perguntar algumas coisas, - digo deixando meus problemas de lado por um instante. -- Será que podemos conversar em um lugar particular.

  -- Sim senhor estou a suas ordens. - ela diz.

  -- Ótimo vamos ao escritório então.- falo e dou as costas em direção do cômodo.

  -- Senhor a Elle não gostaria que entrasse lá sem sua permissão. - ela diz me parando.

  -- Ela irá demorar e eu quero privacidade. - digo sem deixar saída para ela.

Vou em direção ao escritório entro e Olga me acompanha apertando as mãos, talvez por medo ou ansiedade de saber oque quero conversar com ela. Me acomodo na poltrona e ela se senta a minha frente.

   -- Quero que me conte tudo sobre Helena, - digo indo direto ao ponto. -- Sei que está aqui desde seu falecido marido então você a conhece bem.

   -- Senhor não deveria lhe contar nada, elle pode não gostar. - ela fala olhando pra baixo e apertando mais suas mãos.

   -- Estou apaixonado por Helena, - digo e paro por um segundo impressionado com oque acabou de sair da minha boca.  -- Mais ela dificulta tudo e não sei quanto mais aguentarei. - falo firme.

   -- Ela também está apaixonada pelo senhor, - ela diz levantando seu olhar e vejo felicidade neles. -- Minha menina só passou por muita coisa que impede ela de admitir, - ela me fala triste e a vejo baixar a cabeça novamente pousando as mãos em suas pernas.

  -- Então me ajude olga a cuidar dela. - digo pois agora com meu pai morto não tenho motivo para continuar com o plano de seduzi lá, porém meu coração me prende aqui e para que eu fique eu preciso entender o porquê de Helena ser tão fria assim.
 
   -- Tudo bem senhor eu falarei tudo oque quiser, - ela diz e noto descansar seus ombros. -- Mais porque sei que vai ser bom pra Elle e sei que quando fala estar apaixonado vejo verdade em seus olhos. - Fico surpreso com a revelação mais concordo com ela.



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