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HELENA KUSTS

Seguimos para a cede da máfia, e noto ele me olhando como se quisesse falar, algumas vezes ele abre e fecha a boca mais nenhum som sai dela, já impaciente resolvo cortar o silêncio.

-- Pode falar. - Digo e ele me olha respirando e balança a cabeça em negação.

-- É que estou nervoso com tudo isso. - ele diz olhando para a janela dessa vez. -- Você é experiente sabe como um casamento funciona, mais ao contrário de você eu nunca quiz nada disso, e agora depois de me apresentar o concelho tudo oque eu não queria estará se realizando. - Ele diz e passa a mão no cabelo como se tentasse organizar os pensamentos.

-- A experiência que tive não conta, até porque não foi uma das melhores. - Digo apertando o volante com a lembrança. -- Mais ainda dá tempo de desistir se você quiser. - Falo e percebo um desapontamento em minha voz.

-- Não sei, mais algo me diz que não devo desistir de nada, e para confiar em você. - ele fala e olha em direção a rodovia. -- Coisa que é difícil, porque você nunca expressa nenhuma feição por nada, sempre está com sua expressão neutra me causando curiosidade.

-- Entenda que eu não sou uma mulher comum, eu fui criada para estar onde estou, e não vou facilitar. -  Eu digo notando que essa é nossa primeira conversa sem briga.

-- Mais avançamos muito não acha, até porque você ainda não tentou me matar ou muito menos está gritando comigo.. - ele diz como se lesse meus pensamentos.

-- Espero que confie em mim de verdade, porque assim que passar por esse portão não tem volta e você terá que fazer coisas que não quer. - Digo parando em frente a sede e esperando abrirem os portões para que possa entrar.

-- Então me mostre oque devo fazer e eu vou, sem nem ao menos piscar. - Ele diz me olhando e eu o encaro por alguns segundos.

-- Ótimo. - é só oque falo enquanto dou um sorriso e entramos finalmente na sede.

Estaciono em frente ao casarão e noto que todos já chegaram pois seus carros luxuosos e seguranças estão lá parados a frente, vejo Harry sair do carro passar para meu lado e abrir a porta pra mim, desço e pego em sua mão que por sua vez me olha e franze a testa, mais não reluta, e sinto sua mão áspera e quente na minha me causando arrepios. sei que ele também está sentindo pois me olha com suas íris escuras de desejo.

Adentramos na cede e vamos direto para a sala de reunião onde todos já se encontram , assim que entramos todos ficam em silêncio e se acomodam em suas cadeiras. Vejo Lúcio me olhar com desprezo mais não tenho tempo agora para suas picuinhas. Sento em meu lugar a frente de todos e Harry para em pé ao meu lado.

-- Boa tarde Dom vejo que já encontrou um noivo, desejo minhas felicitações ao casal. -  Patricio um dos concelheiros e meu aliado fala.

-- Obrigada Patricio, mais não vejo motivos para surpresas já que todos aqui sabem bem que tudo oque eu quero eu consigo.-  Digo seca olhando para todos.

-- Senhora, me desculpe mais alguns de nois estão um pouco preocupados. - Havery fala chamando minha atenção. -- Seu noivo não possui uma fama " agradável" para a postura da família. - Ele termina de falar e vejo alguns burburinhos.

-- Chega a ser engraçado ver você falar de postura quando mantém uma prostituta como amante mesmo tendo familia. - falo e vejo ele arregalar os olhos. -- E enquanto a isso não deveriam se preocupar, pois será eu que vou dormi com ele não vocês. - Vejo Harry coçar a garganta em silêncio apenas observando tudo.

-- Eu não entendo porque procurou uma aliança fora da casa, sendo que temos rapazes leais e com boa estatura dentro da família. - Lúcio fala com aquela cara de nojo.

-- Esse é exatamente um dos motivos que escolhi uma aliança fora da família, a lealdade, ou vocês acha mesmo que não sei oque está acontecendo dentro da minha máfia. - digo e levanto minha sobrancelha, e vejo Lúcio engolir em seco e outros olhares nervosos em minha direção.

Levanto e pego na mão de HARRY. -- Senhores esse é Harry Scarborough meu noivo e futuro marido, o noivado acontecerá em uma semana e o casamento em quatro, não queremos perder tempo pois estamos apaixonados. -  Falo e beijo sua bochecha. Então Harry passa sua mão em minha cintura e me puxa para si, sinto sua mão acariciando meu rosto enquanto seu olhos penetram os meus e se não tivesse ninguém naquela sala com certeza eu poderia o beijar.

Então ouço um coçar de garganta me despertando e volto a minha posição de antes. Levanto a cabeça para todos me recompondo e Harry apenas acena com a cabeça a todos e eles fazem um tipo de reverência de volta, menos Lúcio que adora me provocar.

-- Bom com o assunto encerrado e resolvido podemos falar sobre os próximos assuntos. - Falo e vejo todos se ajeitarem em suas cadeiras.

-- Senhora temos informações que um traidor italiano está atacado nossas cargas. - Marcos um de meus capo fala.

-- Procurei por pistas senhora mais ele é escorregadio, e desconfio que está recebendo ajuda em suas emboscadas. -  Antônio meu chefe da segurança fala finalmente.

-- Então Harry resolverá isso como parte de sua inicialização. -  falo e olho para Harry que apenas acena que sim. -- Antônio quero relatórios da segurança em minha mesa. - falo e olho para o outro lado. -- Marcos me mande a contabilidade o mais rápido possível.- falo rápido e seco para eles. -- Agora me dêem licença pois tenho outros assuntos a tratar. - Me levanto pego na mão de Harry todos ficam de pé e o puxo porta a fora indo em direção do carro.

Entramos no carro e dessa vez o silêncio não foi total, fomos falando da reunião e noto empolgação na fala de Harry, sem contar em seu sorriso enorme, paramos em frente ao prédio que trabalho e seguimos para meu escritório, ele observa tudo ao redor mais nada diz.

Assim que entramos vejo Sofia vim em minha direção.

-- Senhora kusts. - ela fala e acena em reverência. -- Está tudo pronto senhora. - Ela fala e olha para Harry.

-- Obrigada Sofia, esse é meu noivo Harry Scarborough. - eu falo e me viro para Harry. -- Harry Sofia é minha assistente pessoal e secretária alem de ser meu braço direito aqui na empresa. - Falo e ele sorrir.

-- É um prazer em conhecê-la Sofia, espero que possamos ter uma boa convivência. - Ele fala sorrindo e noto o interesse dele em Sofia mais ela já é casada com Antônio, além de ser minha amiga.

-- Claro senhor, mais eu já sabia quem era e que estava noiva senhora kusts. - ela diz me olhando dessa vez.

-- Até imagino onde soube, não sei porque ainda vê esse tipo de coisa mais agora leve Harry a sua sala que eu vou para minha tenho que ligar para Daniel. -  Falo e Harry me encara.

-- Como assim minha sala? Ele pergunta.

-- E você achou que não ia fazer nada além de curtir a vida aqui, não seja ingênuo Harry você irá trabalhar junto comigo aqui na empresa e na cede irá treinar os novos soldados, - falo me virando e seguindo para a minha sala.

-- Helena não quero ser seu empregado ou que você me de nada por piedade. - Ele fala me seguindo, eu sento em minha mesa e respiro fundo porque estava demorando uma briga acontecer.

-- Não tenho piedade de você, irá treinar meus soldados porque você conseguiu me desarmar sem que eu percebesse, e você não vai trabalhar para mim e sim comigo seu indiota. - Falo já nervosa e revirou os olhos.

-- Então admite que tenho habilidades que lhe interessa querida noiva, - ele diz com graça, -- Bom se é assim eu irei fazer oque me pediu e um pouco mais. - Ele fala e sai da sala. Eu agradeço mentalmente e pego o celular para ligar para Daniel.

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