CAP LIII - CÓDIGO DA BABILÔNIA

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Brunhild estava em seu quarto sentada sobre sua cama, mais uma vez uma de suas irmãs morreu, Rádgridr que era sua irmã gêmea não estava mais naquele mundo, a valkiria se sentiu impotente, ela tentava parecer forte, mas as perdas a fizeram perder aquela casca arrogante que tentou manter no início do torneio. 

Mas ao tentar ser quem não era, ela cometeu erros, tomou decisões erradas, confiança e expectativas que levaram à ruína, com a mão na cabeça ela olha para o chão do local, uma lágrima cai sobre o piso — Eu prometi não ficar chorando...eu só queria cumprir meu trabalho...eu queria ser diferente de você mãe...mas eu fui pior — Brunhilde se levantou caminhando até a cômoda, lá ela tinha um quadro, nele havia a fotografia dela junto de suas irmãs mais velhas, Baldur e Freya —  Tudo ia tão bem...o que mudou em você mãe? 

Geir abriu a porta com cuidado — Irmã? Tá tudo bem? 

— Tá...pode entrar Geir... — Falou observando o quadro 

— Sim — A menor entrou indo até a mais velha — o que tá fazendo? 

— Lembrando de tempos melhores...sabe Geir...muito antes de você nascer a mãe era bem diferente, amava cuidar de todas as filhas, dava atenção e ensinava várias coisas — Comentou nostálgica — infelizmente coisas aconteceram, Freya mudou, se tornou fria e focada em seus objetivos, com isso, ela filhas apenas para guiar a humanidade...eu queria deixar ela orgulhosa...mas percebi que ela não era a mesma

— Ela colocava muitas expectativas em você? — A menor perguntou 

— Sim...eu tentei ser o que ela esperava, mas não consegui, jurei então ser melhor do que ela, a Joana seria a chance de eu fazer isso...mas eu fui igual a Freya, não pensei no que a Joana sentia e perdi ela... — Brunhilde deixa uma lágrima escapar — mas chega de chorar pelos meus erros, hora de ajudar a humanidade do melhor jeito que consigo, vamos atrás da Sigrdrifa? 

— Vamos! — Falou animada e assim as duas irmã foram atrás da próxima a realizar a volund 

Na sala dos vencedores, após o ritual padrão de beber um gole de cachaça após a queda de um companheiro, os humanos começaram a conversar 

— Ei, o que vocês vão fazer após o torneio? — Perguntou Dadá 

— Você acredita que nunca pensei nisso? — Milon começa a analisar o que faria 

— Já que vencemos, nossa vaga aqui no paraíso está garantida, não vamos envelhecer e teremos moradia garantida, mas teremos que trabalhar para conseguir comer, etc, podemos viver perto de outros humanos ou apenas em casas distantes, além de que temos o direito de escolher alguns familiares para viverem conosco — Lampião com os pés sobre a pequena mesa começa a pensar — Eu só preciso do Sinhô e da Maria, meu pai, mãe e irmãos estão contentes em reencarnarem

— Eu não tenho ninguém...nem fudendo que vou querer o Corisco e toda minha família já reencarnou... — Dadá ficou cabisbaixa — talvez viver sozinha não seja tão ruim... 

— Mas e o Moreno? — Maria perguntou 

— Ele prefere seguir o ciclo da vida para ver no que dá com a mulher dele — Dadá observa o teto por uns instantes até Maria por a mão em seu ombro 

— Sabe, sempre que quiser pode vim visitar eu e o Lampião — ofereceu com um sorriso 

— Eu vou adorar — Dadá aceitou de bom grado 

— Mas tem a questão agora, se perdermos, todos os outros humanos morreram...seriamos os últimos humanos — Milon comentou a o clima da sala ficou mais pesado 

— Pense positivo um pouco, nos vamos ganhar e se perdemos pelo menos teremos dado tudo de nós para tentar vencer — Comentou Mia

— Verdade, não podemos pensar no pior antes de acontecer — Milon Sorriu e uma ideia veio a sua mente — Já sei, quando isso tudo acabar, eu, você e nossa filha iremos viver juntos, vamos compensar o tempo perdido! — Falou diretamente para Mia 

Guerra do Valhalla: ApocalipseOnde histórias criam vida. Descubra agora