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Eram 09:30 da manha quando começo a ouvir música no andar de baixo da casa, levantei-me para ir ver o que era e assim que desci o último degrau das escadas vi o meu irmão juntamente com alguns colegas sentados no sofá, uns a jogarem e outros so a ouvirem música.

-Bom dia para vocês também- Digo um pouco mais alto para eles ouvirem.

-Bom dia bela adormecida- O Chiquinho disse olhando para trás.- Estávamos a ver que nunca mais acordavas!

-Quem me dera a mim, nem nas ferias tenho descanso de vocês já viram?- Perguntei enquanto caminhava para a cozinha para comer qualquer coisa.

-Você ama de mais a nossa companhia, não consegue viver longe de nós por muito tempo- Foi a vez do Gilberto falar o que me apanhou de supressa por não saber que ele também se fazia presente.

-Vocês dão cabo da minha paciência isso sim- Digo sentando-me no meio do meu irmão e do Pizzi.- Pelo menos vão me fazer o almoço né?

-O Nico foi com o Lucas comprar carne para fazermos churrasco- Informou o André enquanto lia qualquer coisa no telemóvel.

-Vamos comer o famoso churrasco Argentino com pitada de Brasileiro- O número vente das aguias disse a rir.

Subi até ao meu quarto para mudar de roupa já que ainda me encontrava com o pijama, assim que mudei para uma roupa um pouco mais apresentável desci de novo para ficar ao pé deles.

Vi que já estavam no jardim a preparar o almoço então foi ter com ele.

-Bom dia desaparecido!- Digo abraçando por trás o capitão dos encarnados.

-Buenos dias!- Ele diz deixando um beijo no topo da minha cabeça.

-Tu gostas mais do Nico do que de mim- Diz o Chiquinho a fingir estar a chorar.

-Não sejas dramático Chico- Fala o Pizzi aparecendo do nada.

-Eu gosto dos dois igual Francisco, só que eu já não o via a muito tempo, já tu estas sempre comigo- Falo desfazendo o abraço com o Otamendi e vou até ao Chiquinho.

Enquanto o Nico e o Lucas faziam o churrasco foi me deitar numa das espreguiçadeiras que o Rafa tinha no jardim, até que sinto alguém a tapar o sol e assim que levanto os meus  olhos vejo o Gilberto a minha frente com a mão esticada.

-Não te vou dar esmola, recebes muito dinheiro para me estares a pedir- Digo olhando para a mão dele e depois para ele. 

-Deixe de ser parva- Ele diz revirando os olhos- Vamo dançar forró!

-Oh Gilberto poupa-me, eu não sei dançar isso- Digo e deito-me na espreguiçadeira.

-Por isso mesmo, eu vou ensinar você- Ele diz continuando ali parado.

-Não vais sair dai até eu aceitar não é?- Pergunto abrindo um dos olhos e vejo ele a concordar com a cabeça.- Pronto, ensina-me lá isso- seguro na mão dele e levanto-me.

Escusado será dizer que foi um fartado de rir, as quantidades de vezes que eu pisei o rapaz não esta escrito, mas tenho que concordar que foi super divertido.

-Tirando as pisadelas que levei- Ele diz fazendo uma careta.- Você não foi mal

-Tenho que admitir, o Gilberto Carlos não é um mau professor de forró- Digo e oiço eles a rirem.

Durante a nossa "performance de dança" a carne ficou pronta então fomos nos sentar na mesa para finalmente podermos almoçar, era engraçado quando eles vinha cá para casa é sempre uma grande festa.



O padrinho da minha afilhada - Petar MusaOnde histórias criam vida. Descubra agora