A casa é maior do que eu imaginava, mas ao mesmo tempo, extremamente aconchegante. É tão vintage. Acolhedora. Me lembra Lana. Uma versão dela que eu costumava conhecer quando éramos jovens.
Adoro a sensação de entrar em contato com algo que faz parte dela, pela primeira vez. Observo cada detalhe, cômodo por cômodo. Ou quase. Evito prestar atenção em detalhes que sei que são de Barrie. Como alguns pares de sapatos espalhados ou a mala semiaberta no corredor. Ele não está aqui. Ele tem estado na minha cabeça por mais tempo do que eu gostaria. Decido deixá-lo do lado de fora agora. Quero aproveitar esse tempo com ela. Não quero pensar em todas as coisas que me afligem. Não quero pensar em segredos. Mentiras. Passado. Quero ser feliz nesse exato segundo que estamos presas dentro dos olhos uma da outra dividindo o mesmo sofá. Suas pernas sobre as minhas, um entrelaçado confuso que não se sabe onde uma começa e a outra termina. Suas mãos em mim. Uma no meu rosto e a outra na minha coxa. De frente uma para outra desejo que o tempo congele. Bem agora, nesse exato momento.— Não quis uma piscina?
— Não, a praia como quintal é suficiente.
— Faz sentido – Lana continua o carinho pela minha bochecha descendo os dedos para a lateral do meu pescoço.
Seu rosto se aproxima do meu e instantaneamente fecho os olhos esperando pelos seus lábios. Com a firmeza de sua mão no meu pescoço, Lana me puxa para um beijo lento e demorado. Mantenho minhas mãos em suas costas, acariciando e pressionando os lugares certos.
Quando nossos lábios se afastam, vai direto para o meu pescoço. A sinto entre os meus seios, o qual a mesma expôs ao abrir os botões da minha blusa. Lana desabotoa meu sutiã antes de descer a blusa pelos ombros. Quando vejo minhas peças irem para o chão, uma a uma, me esparramo em seu sofá. O tecido é aveludado. Macio. Muito macio. Lana tira a roupa olhando para mim. Mas não em meus olhos.
Quando sinto seu corpo nu sobre o meu, voltamos a nos perder nos lábios uma da outra. A fricção é o suficiente para ficarmos absurdamente excitadas, mas ela quer mais. Lana quer me devorar.
Sinto os rastros dos seus beijos pelo corpo até chegar entre minhas coxas. E é aí que entro em êxtase. Sua língua é firme e rápida. Exatamente do jeito que ela sabe que eu gosto. Estamos sozinhas. Sem vizinhos próximos. Esses pensamentos são o que guiam meus gemidos junto com os quadris que não param quietos. Sempre pedindo por mais. Até o clímax.
Lana sempre soube me levar ao paraíso.— Quer mais? – Seus lábios estão próximos demais do meu rosto. Sinto meu cheiro nela. Meu tesão cresce.
— Quero você – a beijo com força levando minha mão para o meio de suas pernas.
°
Estamos exaustas, ofegantes, sorridentes. Acho que qualquer pessoa ficaria assim depois de tanto sexo. E que sexo... Céus!
— Quer tomar banho comigo? – Lana afunda o rosto no meu pescoço úmido de suor – Você é tão gostosa.
— Quero – Tento disfarçar o arrepio que seu elogio causou.
— Então vamos, estou com calor.
A sigo até o banheiro mais próximo e paro em frente ao espelho da pia avaliando meu rosto corado e meu cabelo desgrenhado. Lana liga o chuveiro e se enfia na água fechando os olhos. Vou em seguida, a abraçando por trás, sentindo a água fresca sobre o meu corpo. Acaricio sua barriga subindo as mãos para os seus seios.
— Achei que fossemos tomar banho.
— Só estou te esfregando.
— Sem sabonete?
Beijo seu ombro e apanho o sabonete, voltando para a mesma posição.
— Satisfeita?
Lana se vira de frente para mim e tira o sabonete da minha mão, ela o esfrega em suas mãos e depois o desliza sobre meus braços.

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It hurts to love you
RomanceLana e Marina se conhecem desde crianças. Cresceram dentro dos braços uma da outra, até que uma delas, Lana, decidiu seguir seu coração. Decidiu seguir a música. Anos após sua partida, Marina se reergueu, conseguiu construir uma vida feliz ao lado d...