do topo do mundo ao fundo do poço

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Na escola os dias são lentos e demorados, como sempre todos focados na garota do blog e os que não pensão nisso estão sempre com um livro enfiado no rosto. Caminho para um canto vazio da biblioteca procurando por algo de útil que eu possa ler para matar o tempo. Me sento com um exemplar de Yale nas mãos, passo alguns minutos com ele imaginando com seria entrar para essa universidade, porem sou tirada de meus devaneios quando sou atingida por uma bomba de chocolate e morango nos meus cabelos, escorrendo para todo meu rosto e uniforme.
- Você não é mais a rainha da Constance. – Kati
- Nem o fato de você estar namorando um cara da universidade muda isso.
- Exatamente! – Kati exclama se achando a dona da razão. – Ainda mais sabendo que ele devia ser meu.
- Fala sério ele nunca nem olhou para você, se toca. – Me retiro toda melada com o excesso de milkshake.
Pedi permissão para sair do colégio e fui direto para o Brooklyn não queria voltar para casa toda suja como uma perdedora, que não consegue lidar nem com os problemas da escola. Isso não vai ficar assim, eu vou acabar com essas duas, e dessa vez eu não vou vacilar.
-Dan! – nada, nenhuma resposta.
Ótimo ele deve estar na faculdade. Tomei um banho rápido e coloquei minhas roupas na máquina de lavar deixando um pouco na secadora, para que eu pudesse vestir, enquanto a roupa seca eu preparo um pouco de café bem quentinho para tomar. Nate me chamou para jantar com ele no STK Steakhouse um dos melhores restaurantes de Nova York estava super animada.
Resolvo dar uma passada no Spectator antes de ir para casa, me certificar de que nada sobre a humilhação de mais cedo tinha chegado até ele, estou confiante de que ninguém viu, pois a garota do blog não postou nada falando sobre, e ela adora me provocar.
Vou até a recepção e aviso que quero ver o editor do jornal.
- Claro, vou ligar avisando que está aqui. Qual é mesmo o seu nome?
- Jenny!
- Você é o que dele Jenny? – pergunta discando os números no telefone.
- é só avisar que é a Jenny, ele vai saber quem sou. – Na verdade nem eu sei responder à pergunta que ela me fez, somente o próprio Nate poderia responder.
Ele autoriza a minha entrada no escritório e vejo Daiana saindo de lá, ela está com um sorriso idiota no rosto, muito íntimo para quem são só amigos, acho que vir aqui não foi uma boa ideia, lembrar que ele trabalha com a ex, que apesar de ter idade de ser a minha avó, ainda é muito bonita e confiante.
Fala sério qual a necessidade de ela vir trabalhar com esse vertido tubinho colado, que marca todo o corpo e que espremem esses peitos falsos que ela faz questão de exibir? Que ódio, eu não deveria sentir ciúmes, muito menos tentar diminuir alguém.
- Nate acho que temos uma colegial perdida. – diz a de vestido vermelho. 
- Ela não está perdida veio me ver. – rebate Nate.
-  Sua coleguinha? Nossa como eu gostava da minha época da escola. – Comenta tentando me fazer parecer uma criança.
- Isso foi a muito tempo, ainda consegue se lembrar com clareza? – pergunto fingindo curiosidade. O rapaz ao meu lado inspira profundamente segurando o riso.
- Está insinuando que eu sou velha?
- Claro que não. A senhora parece ser bem madura e muito vivida. – Respondo dando ênfase na palavra senhora. 
Ela sorri debochada se aproximando um pouco mais de mim.
- O que me torna muito experiente na cama, já que tenho anos de prática – sussurra falsamente. – Seu amigo Nate adora. – Se retira abandonando uma Jennifer furiosa e um Nathaniel extremamente vermelho.
Como eu queria voar no pescoço dela, mas eu não posso fazer isso agredir idoso da cadeia.
Mas de toda essa conversa eu pude notar duas coisas: 

• Nate não me apresentou como namorada. – O que nos torna só amigos, seria uma amizade com privilégios?
• Daiana falou no verbo presente, Adora. – Eles ainda tem alguma coisa? Porque se ele não tem compromisso comigo pode ficar com outras. 

- Não liga para o que a Daiana fala, ela é assim. – diz
- Você ainda tem alguma coisa com ela? – pergunto.
- Claro que não, o que eu tinha com a Daiana ficou no passado. – Passa a mão pelo rosto. – Entra para conversarmos melhor.
Nos passamos um bom tempo conversando e ele me explicou que a Daiana estava de volta porque agora era investidora do jornal e que teria que levar ela por um tempo até conseguir que ela fosse demitida ou afastada. Também me deixou bem claro que o que tiveram ficou no passado, e que jamais voltariam. Fiquei aliviada por ouvir isso, mas ainda assim iria estar sempre de olho nessa velhaca. 
Estava me despedindo quando o celular vibra em uma nova notificação, e infelizmente não é uma notícia do Spectator, era a garota do blog, outra vez.

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