Fresh Start ♡ little J

Família Feliz

Chegamos no prédio de Lily quando estava considerando realmente jogá-lo por aquele pequeno espaço da janela, o imaginei gritando e voltando todo ralado, o que me fez sorrir genuinamente.

Nathaniel tinha a paciência de um santo quando o assunto era o seu melhor amigo acho que parte disso foi a convivência, eles se conheciam desde que eram bebês já que suas famílias também eram próximas. Esse pessoal do Upper East Side além de herdar a fortuna e as empresas herdam também os amigos próximos e os inimigos. Nunca entendi como conseguem manter um vínculo tão forte por tanto tempo. Não sei se admiro ou invejo toda essa questão, pois mesmo quando estão se odiando e querendo se matar eles se juntam pelo bem maior que é a reputação de todos eles.

Muitas das vezes nem são amigos e estão ali por comodismo ou como mencionei antes, reputação. A pior coisa que se pode fazer com essas pessoas são deixá-las mal diante da sociedade.

Assim como Lily fez com a mãe de Nathaniel quando o capitão foi preso, todos pareceram virar as costas para ela, como se ela tivesse feito algo de errado também. A situação deles foi horrível e ninguém se importou e agora que Nate e sua mãe estão de volta ao topo da sociedade se reaproximaram como se nada tivesse acontecido, e o que mais me dói é ver que eles aceitaram isso de forma tão simples e natural. É coisa de rico perdoar tudo com facilidade? – Se bem que por um lado eu fico grata por isso, pois me lembro quando roubei o Valentino de uma das garotas do colégio. Ainda bem que Nate estava lá para me ajudar, ele sempre está aqui para mim. Eu o amo imensamente por isso, e quero estar com ele em todos os momentos também.

Soube que o Spectator não está nas melhores, e quero oferecer minha ajuda, não sei como ou o que fazer para isso, mas sei que vou ficar ao lado dele para o que precisar. Posso entregar a ele a identidade da garota do blog, mas isso seria traição e não estou a fim de trair ninguém, e principalmente preciso me manter fiel a mim mesma, e prometi não fazer mais trapaças. Sei que vou pensar em algo.

A porta do elevador se abre na minha frente me levando de volta a minha antiga casa cheia de rostos conhecidos o total oposto dessa manhã.

Os Waldorfs, os Archibald, os Humphrey e o Chuck representando a família Bass que no momento era só ele e o tio.

- Finalmente chegaram! – diz Lily empolgada. – Só faltava vocês para a família estar finalmente completa.

- Fico feliz de saber que ainda faço parte da família. – Brinco.

- E por que não faria? Só porque deixou a Serena para morrer? – rebate meu irmão em tom irônico.

Por essas razões que não gosto de estar perto da minha família, eles sempre arranjam uma forma de me colocar para baixo ou sair como a vilã.

- Dan, você só me odeia porque eu não sou uma nobre donzela que você precisa salvar. – Respondo me direcionando a cadeira que Nate havia puxado para que eu pudesse me sentar. – Se eu fosse descuidada e indefessa você me amaria.

- Está insinuando que eu sou indefessa? – pergunta Serena ofendida.

- Claro que não, indefessa são as que o Dan ama. – Digo bebericando meu vinho. - E ele não ama você.

Ouço uma rizada nasal vinda de Chuck e um sorriso delicado de sua amiga Blair ao seu lado.

- Que bom, pelo menos ela não vai precisar sair por aí com um caipira. – Defende. – Nem todos de alta classe se envolvem com perdedores como o Nate.

- Quem bom que o príncipe não pensou assim. – rebato.

- Meu amor, eu sou Blair Waldorf não uma perdedora. O príncipe teve sorte de se casar comigo. – pergunta se virando para a amiga a sua esquerda.