Momento de descanço

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(...)

Um grito apavorante e estridente ecoa por todo o apartamento fazendo com que eu me levantasse no susto procurando saber de onde ele vinha, mas era somente Milos chorando.

O susto foi tão grande que acabei despertando de vez, Giorgina dava de mamar para ele e eu só conseguia pensar em como um serzinho tão pequeno gritava tão alto, com certeza ele teve a quem puxar.

- Gio, você está horrivel. – comentei.

- Bom dia para você também, Jenny Humphrey – rebateu. – Milos teve cólica a noite toda, mal consegui dormir.

- Toma um banho e tenta descansar agora, eu cuido dele. – caminhei em direção a ela estendendo os braços para pegar o bebê que veio de pronto.

Seus olhinhos estavam com lagrimas e o rosto vermelho, deve ser horrivel ver o seu filho em uma situação dessas e não poder fazer nada.

- Tem certeza de que consegue? – perguntou.

- Ele já parece estar mais calmo, qualquer coisa eu chamo o paste... o pai dele. – fiquei sem jeito por não lembra o nome do marido dela, mas ele era tão pouco comentado, quase o Paul de Gilmore girls.

Eu peguei a bolsa dele verificando tudo que tinha dentro e o deitei na cama por um breve segundo para que eu pudesse me vestir e prender o cabelo, coloquei roupas confortáveis e o peguei de volta ele de um lado e a bolsa do outro. Fui direto para a cozinha olhando brevemente a sala, os dois homens estavam virados para o mesmo lado e ao que tudo indica Nate era a concha menor o que me dava repertorio para várias piadas com ele quando acordasse.

Esquentei uma mamadeira enquanto ele me olhava sentado na sua cadeirinha de bebê chique que a mãe dela havia trazido, tomei meu café da manhã reforçado com panquecas e latte gelado para aguentar a disposição dessa criança, também fiz suco natural da fruta para ele e para mim e coloquei na bolsa com alguns biscoitos fáceis de comer e frutas cortadas em um pote. Enquanto eu tomava o meu café ele mamava o seu, sem tirar os olhos de mim. Deve estar me estranhando ou achando tudo diferente, até porque é realmente.

Verifiquei a frauda dele e estava limpa graças a Deus, limpei sua boquinha e o peguei de volta no colo pronta para fugir dali com ele e foi o que fiz dez minutos depois estava a caminho do central parque para que essa criança visse um pouco a rua.

O motorista me deixou exatamente em frente, assim que pisei fora do carro um pensamento me ocorreu, Blair e Chuck ainda estão trancados naquele quarto.

Milos prestava atenção em tudo a sua volta, crianças dessa idade precisam ver coisas novas e alegres, ficar dentro daquela casa não iria lhe fazer bem.

Tive um pouco de dificuldade de forrar o pano na grama com ele no meu colo, mas uma senhorinha solidaria me ajudou, ela estava correndo com o seu marido o que eu achei muito fofo e me fez pensar se em alguns anos eu vou correr assim com Nate.

Sentei-me com Milos de frente para mim e espalhei alguns dos seus brinquedos favoritos no pano e ele me encarou por um tempo até que eu fizesse uma voz fofinha e o mostrasse que era para ele brincar com aquilo, dois segundos depois ele já estava adorando virando o urso de cabeça pra baixo e o fazendo literalmente enfiar os pés pelas mãos. Perdemos uma meia hora ali com todos aqueles brinquedos quando ele decidiu que não queria mais brincar e jogou o urso fora, e ele tinha uma boa jogada, tanto de o urso passou por mim e eu não me levantaria para pegar, acho extremamente perigoso dar as costas para um bebê, ainda mais em um lugar tão movimentado e deserto.

- Viu só amor, agora você vai ficar sem! – disse para ele tentando repreender, mas ainda com voz de neném.

Ele apontou para o alto atras de mim balbuciando algo que devia ser Pegue meu urso agora, eu é quem mando aqui.

Logo uma mão se esticou ao lado do meu rosto segurando o tal ursinho.

- Pensei que eu era seu único amor. – Disse o loiro suado abaixado ao meu lado. Estava com roupa de correr e uma garrafa de água na outra mão.

- São amores diferentes – dei uma piscadela.

- Eu sei. - Ele virou para o bebê e disse – Ela me ama mais.

Milos não pareceu gostar muito disso agitou a mãos e continuou protestando em palavras não mais entendidas por nós adultos.

- Ela me ama! – abri espaço para que ele se sentasse ao meu lado de frente para o tão adorável bebê. Eles estavam em uma discussão ridícula que Milos nem entendia, já Nate parecia se divertir com isso.

- Eu não amo nenhum dos dois, fim. – Os dois me olharam em choque o que me fez rir bastante. – Estou brincando eu amo muito um de vocês.

Nate endireitou a postura pensando que eu iria escolher ele enquanto Milos segurava o dedo indicados na boca.

- Eu amo você Milos! – falei alto e com a voz fininha. Isso o fez gargalhar e não só ele eu também, Nathaniel estava rindo também só que de forma contida para que depois pudesse fazer seu pequeno drama.

- Estou começando a achar que ele entende tudo o que a gente fala. – Nate concluiu seu pensamento em voz alta. – Assim como os gatos.

Não posso deixar de concordar.

- Amor! – chamei. Ele me ignorou. – Amor!

- Ué pensei que o Milos fosse seu amor – fingiu estar com ciúmes.

- Me senti traída quando vi você de conchinha com o pastel.

- Quem é pastel?

- O marido da Giorgina. – Ele pareceu pensar por um segundo depois entendeu.

- Está louca, dormi agarrado com ninguém, a pessoas com quem eu queria dormir foi para o quarto com uma mulher, acredita?

- Está vendo Milos, ele foi trocado por mulher.

- Eu saí de casa logo cedo, provavelmente ele dormiu agarrado com os travesseiros.

- Juro que te vi!

- Quando sai fui até o quarto de dar um beijo, mas você ainda estava dormindo, mesmo depois de todo o escândalo o Milos chorando?

- E depois do choro dele vieram os gritos da Blair.

- Que gritos? – arqueei uma sobrancelha para ele.

-Nada disso, ela queria ir embora porque não aguentava viver no mesmo lugar que um bebê chorão. – Cutucou a barriguinha de Milos que agora estava em meu colo enquanto comia umas frutinhas. – Mas vi ela dando um beijo nele de despedida.

- Então deu certo falar umas verdades para ela. – Pensei. – Pelo menos resolvi o problema de dois bebês chorões. – Balancei ele no meu colo.

Os dois riram e eu consegui me sentir feliz, isso era tão bom se eu tivesse de definir essa manhã eu uma única palavra ela seria PAZ.

Gente, é muito desanimador não ter retorno de vocês :(

Fresh Start ♡ little  JOnde histórias criam vida. Descubra agora