Comecemos com o para sempre

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Nate

Acabo me sentindo desconcertado com as insinuações de Chuck. Enquanto nos reunimos no café da manhã, as palavras de Chuck ressoam em minha mente, me deixando com uma mistura de preocupação e incerteza. Eu não consigo evitar pensar nas possibilidades que Chuck levanta, mesmo que parte minha queira descartar as teorias como típicas paranoias dele.
Olho ao redor da mesa, com meus pensamentos vagando para Jenny e os momentos que compartilhamos juntos. Me lembro das vezes em que ela me apoiou e confiou em mim, e me vem à mente como ela sempre parece genuína em suas palavras e atitudes, Jenny pode não ser uma santa e aprontar as vezes, mas em todas ela se arrependeu e voltou atras, seria impossível ser ela a espalhar todas essas fofocas horríveis sobre os nossos amigos e sobre ela mesma.
A sugestão de que Jenny poderia ser a misteriosa "Garota do Blog" mexeu comigo profundamente. Eu considerei o que isso significaria para o nosso relacionamento e para a confiança que construíram ao longo do tempo. Me sentia dividido entre o desejo de confrontar Jenny imediatamente e o medo de que isso possa prejudicar o vínculo que criamos de fidelidade e confiança, aquele pequena mulher havia se tornado o meu mundo, meu tudo.
Enquanto Chuck continua a tecer suas teorias, decido não tirar conclusões precipitadas. Eu sei que preciso de tempo para processar meus sentimentos e reunindo mais informações antes de confrontar Jenny. No fundo, só espero que as suspeitas de Chuck sejam infundadas, mas agora estou determinado a descobrir a verdade antes de confrontar minha namorada sobre qualquer uma dessas acusações idiotas. Por que não faz sentido quem em sã consciência se faria tão mal?
- Chuck, você está ultrapassando os limites com essas teorias sobre a Jenny. Isso não tem sentido
- Ah, Nate, você sabe como eu sou, só estou conectando os pontos. Mas admita, ela tem o jeito perfeito para ser a Garota do Blog.
- Isso é ridículo! Você não sabe do que está falando, não vou deixar você ficar acusando ela sem provas.
- Talvez não, mas é melhor você abrir os olhos antes que seja...
- Chega, Chuck. – Cortei antes que ele falasse mais alguma besteira. - Eu preciso ir trabalhar.
- Nate, espere! Não fique bravo. – Sai com passos rápidos, frustrado e com mente a mil, e ainda não eram nem oito horas da manhã.
Me direcionei ao hotel e passei a semana toda com esses pensamentos e nada fazia sentido, teve até um dia que eu peguei o celular dela para ver se tinha algum tipo de mensagem ou algo que a incriminasse, mas tudo que achei foi um catálogo com vários vestidos para apresentação. Provavelmente ela estava criando para alguma cantora, e isso me deixou frustrado, mas ao mesmo tempo aliviado. Jenny tinha sim um segredo, mas não era tão perturbador quanto a garota do blog, ela só estava criando outra vez, não sei por que ela não me contava, será que era pelo meu avô? Que a achava muito infantil por conta disso? Durante essa semana ele e minha mãe não largaram do pé dela, pois amanhã já era a sua festa de dezoito anos e tudo estava uma loucura, a agitação de Jenny com a minha mãe e o meu avô. Parecia que a casa estava sempre em movimento, cheia de preparativos e conversas animadas.
Minha mãe estava dedicada a cada detalhe, desde a decoração até o cardápio. Ela queria que tudo estivesse perfeito para a Jenny, e a paixão dela era contagiante. Eu a via revisar listas intermináveis de tarefas, coordenar com fornecedores e ainda encontrar tempo para fazer os toques pessoais que tornavam a festa especial.
Meu avô, por outro lado, trazia uma energia diferente para a situação. Ele tinha aquela sabedoria tranquila que acalmava qualquer preocupação. Sempre que minha mãe ou Jenny ficavam ansiosas com algo, ele aparecia com uma solução prática ou uma história engraçada que fazia todos rirem. Esse não era nem de longe o avo que eu conheci a pouco tempo, esse era o avo que eu tanto admirei na infância. Era o equilíbrio perfeito para a agitação que tomava conta da casa, eu estava cansado, mas ao mesmo tempo adorando tudo aquilo, estava com minha mulher, minha mãe e meu avô. Minha família.
Jenny, claro, estava no meio de tudo isso. Ela estava radiante, cheia de expectativas e sonhos para a festa. A cada dia que passava, a empolgação dela crescia. Estava quase enlouquecendo por ter dois grandes eventos para ela em menos de uma semana. Ela passava horas discutindo detalhes com minha mãe e Lily que finalmente tinha chegado ao fim de sua pena, pedindo conselhos ao meu avô sobre como a alta sociedade a aceitaria. Ver a felicidade dela era contagiante, e eu sabia que todos esses esforços valiam a pena só para ver aquele sorriso no rosto dela.
Toda essa preparação para a festa de dezoito anos de Jenny foi um período intenso, mas também cheio de amor e união. A agitação que tomou conta da casa foi uma lembrança linda de como nos dedicamos uns aos outros, especialmente em momentos tão importantes. Para mim a única coisa que a deixava triste era que não tinha nenhum amigo além de Chuck e Giorgina, fora isso eram convidados de minha mãe e avô, isso me incomodava um pouco. Mas graças aos esforços e esporos de Jenny, meu amigo e a Blair estava andando em nuvens, a menina queria se casar e Chuck antes queria ter um grande império, esse era o único motivo de briga entre ele, fora isso era a perfeição.
Enquanto eu me preparava para a festa com Chuck, tive um momento realmente especial com a Jenny. Estava no meu quarto, tentando escolher entre duas gravatas diferentes, quando Jenny entrou. Ela estava linda, radiante em seu vestido, e por um momento, fiquei sem palavras. Mas aquela cor, aquele penteado, não era muito o estilo dela, parecia que ela estava brincando de princesa. Estava perfeita, mas tinha dúvida de que tudo aquilo era por vontade dela ou porque ela queria agradar aquelas pessoas desconhecidas que encontraríamos lá.
Ela sorriu e perguntou qual gravata eu preferia. Acabamos rindo da minha indecisão e ela, com seu jeito doce, e dona da moda escolheu a gravata azul, dizendo que combinava melhor com o meu terno. Quando eu estava colocando a gravata, ela se aproximou e ajustou o nó, seus dedos hábeis e delicados.
Foi então que ela parou e olhou nos meus olhos. Havia um brilho especial neles, um misto de felicidade e emoção.
- Obrigada por tudo, Nate – ela disse suavemente. - Você fez com que esse dia fosse ainda mais especial para mim.
Eu senti meu coração aquecer e, sem pensar duas vezes, a beijei. Foi um beijo saboroso, cheio de carinho e gratidão.
- Você merece o melhor, Jenny, - respondi, minha voz um pouco embargada pela emoção. Queria ficar preso nesse momento. - E eu estou muito feliz por poder fazer parte disso.
- Finalmente uma adulta! – ela brincou.
- Finalmente posso fazer de você minha mulher. – Respondi lhe dando um selinho e me ajoelhando diante dela.
- Oh, meu Deus! – levou as mãos a boca em completo choque.
- Jenny, desde o momento em que te conheci, minha vida mudou de tantas maneiras maravilhosas. Você é meu apoio, minha confidente, e minha melhor amiga. Cada dia ao seu lado tem sido uma bênção, e não consigo imaginar minha vida sem você. – Via as lagrimas escorrerem de seus olhos assim como as sentia descer dos meus. – Então, hoje, diante de todas as nossas memórias e sonhos para o futuro, quero te perguntar: Jennifer Tallulah Humphrey, você aceita passar o resto da sua vida ao meu lado? Quer se casar comigo?
- Sim! É claro que aceito! – ela se ajoelhou na minha frente me abraçando e me beijou outra vez.
Quando Jenny disse "sim", meu coração quase saltou do peito. Foi como se o tempo parasse por um momento, e tudo ao nosso redor desaparecesse. Eu a segurei em meus braços, sentindo uma onda de felicidade indescritível tomar conta de mim. A alegria em seus olhos espelhava a minha, e eu sabia que estávamos prestes a começar uma nova e maravilhosa jornada juntos. Mal podia esperar para construir nosso futuro, dia após dia, lado a lado. Coloquei a aliança em seu dedo e beijei sua mão. Passamos um bom tempo ali conversando sobre como faríamos as coisas, como contaríamos a notícia, e onde iriamos morar, quando nos casássemos de fato.
Após esse momento, Chuck apareceu na porta, chamando minha atenção. Era hora de irmos para a festa. Jenny deu um último ajuste na minha gravata e se levantou saltitante me deu um beijo na bochecha antes de sair do quarto. Eu a observei enquanto ela se afastava, sentindo-me extremamente afortunado por ter alguém tão especial como ela na minha vida.
- O que vocês estavam fazendo no chão? – Chuck estava incrédulo com uma cara de reprovação.
- Eu vou me casar amigo! Vou me casar! – disse orgulhoso, eu queria gritar isso ao mundo. Estava feliz demais.
- Por favor não conte a Blair – pediu em súplica. – Ela não vai aceitar que nos casemos depois de vocês.
- Sinto muito amigo, ela vai descobrir na festa mais tarde.
Ele brincou sobre a gravata e fez um comentário engraçado, quebrando um pouco a emoção do momento anterior. Enquanto descíamos juntos para a festa, eu sabia que aquela noite seria inesquecível, não apenas pela celebração em si, mas por todos os momentos preciosos que ela traria. Seria o marco de um começo. O inicio do nosso para sempre.

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