Capítulo 55: Não quero que se machuque.

1.9K 275 93
                                    

Eu sai do escritório de Nicolay antes de Jason, porque não sabia bem o que esperar dele quando estivéssemos sozinhos. Saí para caminhar pelos jardins, aproveitando para conhecer melhor o clã. Ainda era estranho olhar ao redor e ver sol e calor, sem as árvores cobertas de neve, mas sim floridas e muito verde.

—Pensei que estaria com o Jason. —Chase apareceu ao meu lado, olhando para o jardim ao redor. Eu podia ouvir o som de crianças rindo e brincando, mas não havia encontrado com elas ainda. Jason já havia me explicado como a gravidez em vampiros era muito raro e complicada. —Ainda está chateada com ele?

—Não, não estou mais. Mas ele estava ocupado com Nicolay e eu queria um tempo pra pensar. —Dei de ombros, vendo que Chase havia voltado a exibir aquela expressão séria e fria, bem diferente do sorriso caloroso que abriu quando viu Lou mais cedo. —O Clã Goodwin quer conversar com Nicolay, não é? Isso vai trazer complicações ao clã.

—Não se preocupe com isso. Sempre temos problemas por aqui. É só você ver o que está acontecendo pelos territórios lá fora. Alguma coisa está matando vampiros a semanas, mas não conseguimos descobrir o que, mesmo com todos os clãs se unindo por isso. —Chase soltou um suspiro, erguendo a mão para passar nos cabelos brancos. —Meu pai vai resolver a questão com o Clã Goodwin, Faw. Ele sempre resolve.

Eu esperava que Chase estivesse mesmo certo sobre isso. Mesmo ouvindo todas as histórias, sobre todos eles, eu ainda não havia passado por algo assim. Além do mais, Nicolay lidou com os clãs de Vênus, mas nunca com um clã de Artenis. Mesmo que Garrett seja de lã e conheça o necessário, ainda fico hesitante sobre o que pode acontecer no futuro.

—Você demorou. —Chase murmurou, se afastando de mim. O olhei confusa, antes de soltar um grito quando mãos envolveram minha cintura e eu fui jogada sobre o ombro como um saco, ficando com o rosto escondido nas costas de Jason. —O que ela fez com você?

—Me prendeu na cama. —Foi a resposta de Jason, antes de disparar comigo no ombro para dentro do castelo. Meu coração havia chegado a boca, enquanto o calor se espalhava rapidamente pelo meu corpo. —Mas agora eu e você vamos ter uma conversinha, não é, Fawley?

—Me coloque no chão! —Exclamei, feliz por meus cabelos esconderem meu rosto dos vampiros que passavam por nós, porque eu gostaria mesmo que nenhum deles tivesse me encontrado naquela situação com Jason. —Jason, me solte!

—Mas eu ainda nem prendi você. —Sibilou, fazendo algo dar um nó na minha barriga, quando absorvi o que ele havia dito, entendendo perfeitamente o que ele pretendia fazer.

Não tive tempo de resmungar de novo quando entramos em um quarto e Jason me jogou sobre a cama, me arrancando um grito de surpresa. Observei o quarto ao redor, enquanto Jason caminhava até a porta e a trancava. As paredes ao redor continham mapas, inclusive um enorme do nosso mundo, revelando tanto os clãs de Vênus, quanto os de Artenis e suas localizações. Pilhas de livros sobre uma mesa e até mesmo no chão, com papeis espalhados por cima.

—Esse é o seu quarto? —Indaguei, soltando uma respiração pesada quando Jason voltou para a cama, desabotoando a camisa lentamente, antes de jogá-la no chão. Ele olhou pra mim, no meio da cama, da mesma forma que ele havia me jogado ali.

—Nosso quarto. —Corrigiu, agarrando minha perna e me puxando para a beirada da cama, tão rápido que meus cabelos foram jogados para trás, enquanto eu tentava controlar meu coração, que parecia prestes a explodir com o incêndio que se iniciava dentro de mim, com os toques brutos dele. —Pode mudar tudo que quiser nele. Deixar cada cantinho do jeitinho que você quiser.

Ele envolveu minha cintura, me girando na cama até meus joelhos e minhas mãos estarem pressionados contra o colchão. A posição me deixou nervosa, porque não conseguia ver Jason direito, apesar de sentir a presença dele atrás de mim, quando ele ficou de joelhos na cama, com as mãos ao redor do meu quadril. Seu corpo logo veio sobre o meu, com uma de suas mãos afastando o meu cabelo para que ele deixasse um beijo molhado na minha nuca, que arrepiou meu corpo inteiro e me deixou inquieta.

—Gostou de me deixar preso na cama e ir embora? —Ele soltou meu cabelo, descendo a mão até os botões do meu vestido, que ele começou a abrir, pouco a pouco. Balancei a cabeça que sim, porque minha voz havia desaparecido no momento que ele se afastou, distribuindo beijos pela minha coluna, que criavam um rastro de calor pela minha pele. —Fico feliz que tenha se divertido com isso, porque eu fiquei tão, mas tão furioso.

Ele se afastou, terminando de abrir o vestido, puxando-o pelo meus ombros. Precisei me erguer um pouco para tirar as mãos do colchão quando ele passou o vestido pelos meus braços, antes de empurrar minha coluna até eu voltar para a posição de antes. Minha respiração se acelerando tanto que eu pensei que iria me desmanchar ali mesmo quando ele puxou o vestido pelo meu quadril, roçando os dedos na minha pele ao fazer isso. O pequeno tecido que eu usava entre minhas pernas foi puxado junto, antes de eu precisar erguer os joelhos quando ele o passou pelas minhas pernas. O vestido foi jogado ao lado da cama logo em seguida.

—Jason... —Minha voz falhou quando ele se ajeitou atrás de mim de novo, deslizando a mão pela minha coxa até minha bunda, onde manteve a mão ali, com um aperto firme, antes de afastá-la e me dar um tapa tão ardido que meu coração disparou e meu corpo inteiro estremeceu.

—Vou te dar um tapa por cada minuto que eu fiquei preso naquela cama. —Afirmou, me fazendo soltar um murmúrio de choque quando ele me deu outro tapa, fazendo minha pele latejar, ao mesmo tempo que uma onda de prazer varria o laço até mim, me deixando tremula e molhada.

Eu não deveria gostar daquilo, mas era impossível controlar o desejo que crescia dentro de mim toda vez que ele me acertava com um tapa novo. Minha pele inteira queimava e latejava, desejando para sentir mais de Jason. A cada tapa, ele deixava um beijo na minha coluna, subindo mais e mais até meu ombro, deixando seu peito nu colado nas minhas costas. O último toque da sua palma contra minha bunda me fez ter um solavanco pra frente, porque ele havia usado mais força que nos outros. Não sei quantos foram, mas estava tremendo, ofegante e esfregando uma coxa na outra, tentando reduzir a pressão que crescia dentro de mim.

—Coloque as mãos pra frente! —Mandou, me fazendo inclinar mais pra frente, a ponto da minha bunda ficar mais erguida, pressionando a frente da calça dele, onde ele estava tão duro, mesmo que parecesse estar se controlando bem até ali.

Ergui a cabeça quando escutei o som das correntes, fazendo menção de puxar os braços para longe e impedi-lo, mas ele me segurou ali, antes de prender meus dois pulsos. Sua boca roçou na minha nuca, me fazendo inclinar a cabeça, soltando uma respiração fraca.

—Não puxe as correntes. Não quero que se machuque. —Pensei em protestar, lançando um olhar afiado na direção dele por cima do ombro, vendo-o descer da cama. Mas fiquei quieta quando ele abriu a calça, antes de desce-la pelas suas pernas e ficar nu.


Continua...

Jogo de Sangue e Vingança / Vol. 3Onde histórias criam vida. Descubra agora