Capítulo XXXI - Início do aprendizado ou será do inferno?

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Todos haviam terminado de comer, com exceção de Gilbert que comia devagar

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Todos haviam terminado de comer, com exceção de Gilbert que comia devagar. Clóvis se levantou com euforia e sem esperar que o ondulado terminasse, pegou suas muletas e o puxou pelo braço, fazendo-o levantar da cadeira. Gilbert tentou continuar sentado, mas o inventor tinha mais força do que ele esperava. Clóvis o puxou para fora da cozinha, educadamente se despedindo dos outros que apesar de não terem entendido bem o que havia acabado de acontecer, se despediram assim como ele.

– Onde vamos? – Gilbert indagou ainda sendo puxado.

– Á biblioteca. – Clóvis respondeu e o soltou. Começou a subir a escada, enquanto Gilbert fazia o mesmo logo atrás. O inventor abre a grande porta com detalhes dourados e vinhas entalhadas em sua madeira, e entra. – Então, houve algum problema com as ferramentas? – Ele indagou indo até a mesa redonda que ficava debaixo das escadas.

– Sim. As luvas com garras foi a que mais me atrapalhou. – Gilbert disse observando todo o cômodo e tocando em algumas coisas.

– Ou você apenas não sabe usá-las corretamente. – Clóvis disse pegando papéis com umas das mãos e os analisando. Casa um deles tinha desenhos das ferramentas, juntamente com anotações das peças utilizadas e de como eram montadas. – Mas, ainda assim, elas precisam de alguns ajustes. – Ele colocou os papéis em cima da mesa novamente e se sentou.

Gilbert parou por um momento para observar algo que lhe chamou atenção entre as prateleiras. Havia visto uma invenção peculiar, que se parecia com uma máquina, mas também parecia estar vivo. Era feito de metais de diversos tamanhos. Além de ser amarelo e um pouco enferrujado. Sua cabeça oval e seus olhos eram lâmpadas com lentes de vidro. Em sua barriga havia a porta de um forno e era possível ouvir engrenagens trabalhando. Ele varria o chão com uma pequena vassoura, colocando toda a sujeira no compartimento de sua barriga.

Parecia entretido com o que fazia, não parava nem por um segundo. Por um momento esbarrou acidentalmente em uma das prateleiras, derrubando um dos livros que agilmente segurou e colocou-o de volta no lugar. Apesar de estar curioso sobre a máquina. Gilbert nada falou e apenas continuou andando até Clóvis.

– Dormiu bem noite passada? Você estava exasperado ao voltar da floresta. – Clóvis disse sem olhar para Gilbert. Sentado em uma das cadeiras, fazia esboços para possíveis ajustes das ferramentas.

Gilbert parou no primeiro degrau da pequena escada que dava para a mesa que o inventor estava. Ele permaneceu em silêncio por alguns segundos até que resolveu responder.

– Eu só estava um pouco nervoso. – Gilbert respondeu de cabeça baixa.

– Eu entendo. Deve ter passado por muita coisa, antes mesmo de chegar aqui. – Gilbert levantou a cabeça ao ouvir o que o inventor disse. – Contaram-me que quando Diana lhe encontrou, estavas desacordado e perdendo sangue. Espero que um dia te sintas confortável para me contar mais sobre você.

Triângulo Das Bermudas - Para onde vai a água do Mar (PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora