O Menino nos Sonhos: Entre o Crepúsculo e a Realidade

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A criança não está morta, apenas repousa em teus sonhos,
Adormecida, como um anjo, em raios dourados e tons de outonos.
Nos confins dos sonhos, ela vive, sonhando alto,
Com o egresso aos bosques, onde o encanto é nato.

Nesse sonho há muito esquecido, uma doce sinfonia ecoa,
Permeando o lugar como um perfume, a dança é a estrela à toa.
Luz e trevas entrelaçam-se, de mãos dadas na escuridão,
Gnomos e duendes sapateiam, fadas fazem acrobacia, é canção.

No centro desse espetáculo, encontro o Eu Menino,
Olhos cintilantes e alegres, vivendo o encanto divino.
A noite mágica adormece, cedendo ao raiar do dia,
Volto à razão, percebo que o Menino em mim não mais irradia.

O despertador toca, qual grito de guerra, rude realidade,
A ilusão desaparece, o Menino retorna à inatividade.
Enquanto sigo, neste pesadelo que é a vida, uma fatalidade,
O Menino nos sonhos, a chama eterna de esperança e saudade.

Devaneios Obscuros e Outras ReflexõesOnde histórias criam vida. Descubra agora