Silentium

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O som da chuva caindo, gotejando sobre minhas feridas abertas.


O vento soprando friamente sobre meus cabelos.


Minha boca ressecada, do silêncio que teus lábios deixou.


A noite sem luar, os morcegos voam soltos.


A solidão não teme a noite, um lobo não fica sem uivar.


Hoje a carne não vai sangrar, as bestas estão a salivar.


A prata reluz o fogo que se apagou, as cinzas não estão mais no lugar.


Os passos que dou é em direção a uma ilusão, ninfas me aguardam a se banhar.


Mergulho na água fria, onde teus dedos quentes não podem me alcançar.


A noite a contemplar, rosas perfumam meu lugar.

Devaneios Obscuros e Outras ReflexõesOnde histórias criam vida. Descubra agora