Da Alvorada, melancolia.

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Despertando no crepúsculo dos meus sonhos, a noite me chama suavemente para me acolher com sua brisa, suave e com fragrância de amores perdidos.

A lua, como sempre deslumbrante, faz-me companhia, silenciosa e imponente. Tua luz reflete em meu rosto, acanhado e pensativo, trazendo-me calafrios.

Contemplando este inóspito céu negro e taciturno, onde as estrelas brilham melindrosamente, o tempo flui como uma canção de um louco ermitão.

Estranhamente tudo passa tão rápido, as memórias se tornam incoerentes a cada pensar, por quê soam tão calorosas e alegres ?
Tão alegres, parece cena de filme.

Entretanto, neste teatro todo, eu me pergunto, somos todos personagens do meu conto? Afinal, quem é você além de uma rasa concepção que tenho de ti ?

Não somos todos personagens inconstantes nas histórias alheias ? Afinal, somente eu sou concreto, resoluto, conheço apenas a minha pessoa, minha persona orgulhosa, envolto a romances melancólicos, traições e golpes de faca, com punhal afiado fincado em meus olhos.

Lágrimas de sangue escorrem, são especiaria para adoçar meu café que a ti sirvo como iguaria nunca vista. Nada melhor do que uma bebida quente antes de dormir. Porém, o que eu me pergunto é, como pode dormir sem pesar a consciência ?
Afinal, é do meu sangue que bebes.

A muito tempo, aprendi a usar a dor como força motriz de minha existência, porém, é um esforço desnecessário. Os sentimentos servem para dar sabor a caminhada, não para iniciar-las.
Então, vos digo que, tome um pensamento como meditação, pela manhã que ele seja a primeira coisa a pensar.

Devaneios Obscuros e Outras ReflexõesOnde histórias criam vida. Descubra agora