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Acordei no susto com um estrondo vindo do andar de baixo, não sabia que horas eram mas estava clareando, fiquei dividida se ia ou não ver o que é já que pode ser Rindou ou um dos meninos chegando. Eu fui. Mal desci a escada toda e já consegui ver a cena, Sanzu, Hanma e mais uma pessoa que eu não conheço discutindo baixinho enquanto alguém estava caído no chão.

— O que está acontecendo? — Digo descendo e parando pouco longe deles.

— Eu falei que ela ia acordar!

— Foi culpa sua, água de salsicha radioativa!

— Se o Kakucho não tivesse soltado eu não teria perdido o equilíbrio!

— A culpa é minha agora?!

— Não importa de quem é a culpa, quero saber quem são esses dois e o que estão fazendo aqui.

— Esse aqui é Kakucho e esse caído aí e nosso chefe Izana. E o que estão fazendo aqui? Bom, essa coisa — Ele chuta levemente seu chefe no chão e leva um soco na cabeça do tal Kakucho — Vai bater na sua mãe, capeta!

— Olha como fala do Izana!

— CHEGA! — Aponto para Kakucho — Você, cala a boca e você, fala de uma vez! — Meu dedo vai para Sanzu.

— Fomos ajudar Izana em algo e depois que terminamos fomos beber, só que ele não tem autocontrole e bebeu mais do que devia — O rosado suspira — Essa panaca desmaiou e fomos levá-lo para casa mas ele perdeu a chave no bar, aí resolvemos trazer ele — Respiro fundo tentando me conter para não esganar essas duas pestes.

— E o que você está fazendo aqui? Não tem casa?

— Eu moro com ele.

— Ótimo! Que ótimo!

— Não fica puta, eles vão embora de manhã, antes de você acordar, prometo — Sanzu diz. Olho para o platinado estabacado no chão e reviro os olhos.

— Ele deixou uma primeira impressão ótima — Falo sarcástica — Deixem eles dormirem aqui na sala, peguem o colchão e outro dorme no sofá.

— Está doida?! — Hanma exclama — Izana mata a gente!

— Ele não está na casa dele para decidir. Vou voltar para cama, se me acordarem denovo vão todos dormir lá fora.

— Sim senhora.

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Tive uma péssima visão daqueles dois ainda em casa, estavam tomando café da manhã com os meninos. Talvez eu esteja sendo babaca, mas as coisas que eu ouço sobre esse Izana não são exatamente as melhores.

— "Eles vão embora de manhã, antes de você acordar, prometo" — Ganho a atenção deles. Sanzu abaixa a cabeça e resmunga inaudível e os outros me encaram.

— Então foi você que me colocou para dormir em um colchão no chão?

— Ah me desculpe, a donzela é sensivel? — Ele ri, nada abalado. Se levanta e anda até mim parando em uma distância alarmante de curta.

— Preciso pedir desculpas, pode ser que eu tenha xingado você — Sua voz é um misto de provocação, sensualidade e persuasão, seu olhar é intenso, como se soubesse toda minha vida, como se pudesse ver dentro da minha alma — Mas me arrependo agora, vendo a mulher magnífica a quem me dirigi tão rudemente — O moreno bronzeado segura minha mão e leva até seus lábios, depositando em seguida um beijo nas costas dela — Pardonne-moi, ma perle — Eu rio e me afasto de seu toque.

Doors | Ran HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora