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Depois de alguns minutos, Rindou eventualmente se cansou de correr atrás do irmão, e os dois se jogaram no sofá. Ran expulsou Hanma do meu lado e ocupou seu lugar, me puxando para perto, abraçando minha cintura. Descansei a cabeça em seu peito.

— E aí, estão namorando, ou o quê? — A pergunta veio de Rindou.

— Namorando não. Mas juntos — Eles nos olham confusos — Não vou começar um relacionamento oficial com ele, até que deixe de ser um ciumento paranoico.

— Ih, então vão morrer sem namorar — Ran arremessa uma almofada em Hanma, que a segura, rindo.

— Pelo menos se acertaram — Sanzu dá os ombros — Se tivesse outra briga daquela, seria um inferno na terra! — Solto um riso frouxo. Espero que Haruchiyo não tenha ficado chateado. Há dois dias, eu estava em cima dele, pedindo que transasse comigo. Mas, eu estava bêbada, e de verdade não faria aquilo, até porque o considero cem por cento um amigo.

— Pelo amor de Deus, que não se repita isso! Nossa, foi a porcaria de um estresse! — Rindou passa a mão pelo rosto — E você tomou no cu bonito com o Izana, tá?

— Eu sei disso. Mas não me importo — Ran dá de ombros — Mas levando em consideração que a luta com a Toman está próxima, ele não vai fazer mais do que me mandar fazer serviços à mais. Então, estou pouco me fodendo para ele.

— Mas ainda assim, ele com certeza vai te fazer de gato e sapato.

— Vindo dele, já virou costume.

Ficamos na sala conversando por uma hora, mais ou menos. Rindou foi fazer o almoço, Hanma foi comprar refrigerante, Sanzu foi tomar um banho e eu e Ran subimos. Agora ele declarou meu quarto como 'nosso quarto', e já estava até cogitando em trazer suas coisas para cá, mas o cortei. Ele pode dormir comigo e deixar uma coisa ou outra, mas, ocupar mais da metade do espaço, já é demais!

Me surpreendi ao abrir a porta e me deparar com pilhas de roupas, sapatos, acessórios, caixas e sacolas. Não lembro de ter tirado minhas coisas do lugar. Ran e eu trocamos olhares.

— Está de mudança?

— Até onde eu sei, não — Olho agora para minha cama e chão, com tudo bem posicionado — Quando eu saí, estava normal... — Entro no quarto, indo para perto da cama, olhando com atenção tudo. Eu reconheço as peças de roupas, sapatos, e tudo mais. Só que eu não lembro de tê-las comprado, ou ter usado tudo aqui, eu só me lembro de ver.

— Eu nunca te vi usar nada disso aí — Continuo olhando. E só depois de um bom tempo, olho para um objeto específico que me fez lembrar.

— São às coisas que o Izana comprou para mim, enquanto estava na casa dele! — Ouço Ran estalar a língua em desgosto. E certamente revirou os olhos.

— E por que estão aqui?

— Não sei.

— Ah, esqueci de falar — A voz de Haruchiyo me faz virar na direção da porta. Onde ele está com uma toalha na cintura e os braços cruzados — Chegou um caminhão com uma baita equipe, disseram que era uma entrega para você, enviada pelo Izana — Ele ri e balança a cabeça negativamente — Eles passaram, sem brincadeira, vinte minutos descarregando — Meu. Deus!

— Esse está realmente obcecado, hein — Ran comenta. Estava esperando mais um surto da parte dele, admito.

— E tem uma carta — O rasado aponta para a cama — Boa sorte para guardar isso tudo — Vai para seu quarto. Pego a carta, que estava em cima de uma das pilhas de roupas. Eu a leio em voz alta, já sabendo que o bicolor ao meu lado a leria, de qualquer jeito.

Doors | Ran HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora