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— Então você transou com o Izana, hein? — Ran me cutucou. Nós decidimos colocar todos os pingos nos is'. Passamos horas deitados na cama da pousada, conversando, explicando o lado de cada um, etc e etc. O clima ainda está estranho, mas não é para menos, depois desse fusuê todo.

— É, transei. E sinceramente, não me arrependo, foi bom — O bicolor ergue uma das sobrancelhas — Você me pediu sinceridade, não pediu?

— Podia ter sido um pouco mais delicada, mentido um pouquinho.

— Sexo não tem nada a ver com sentimento, sabe disso.

— Na verdade tem sim, em partes.

— Mas no meu caso e dele, não. Fui para a casa do Izana justamente porque não sabia para onde mais ir, era minha única saída. Ele me tratou super bem, uma coisa levou a outra, e aí foi direto para a cama — Dou os ombros — Mas não vou ficar falando que ele é uma má pessoa e isso e aquilo, até porque eu não moro com bons samaritanos.

— Ridícula! — Ran empurra meu rosto e faz uma falsa cena de chateação — Nós somos super legais com você, sua mocreia!

— Comigo! Se duvidar vocês chutam mulheres na rua!

— Eu chuto mesmo, a única que eu quero está bem aqui ma minha frente — Pega minha mão e a leva até os lábios, depositando um beijo no dorso — Eu sinto muito — Leva minha mão até seu peito e passa a outra calmamente no meu rosto — Por tudo.

— Já passamos dessa parte, Ran.

— Passamos, mas ainda sinto culpa.

— Se é para falar de babaquice, não é só das suas.

— Ah, não começa! Eu pisei bem mais na bola.

— Os dois pisaram. Ninguém aqui é menos culpado que o outro... maaas, se for para alguém levar mais a culpa... — Ran riu. Ele me fitou, por um bom tempo, segurou meu rosto e o puxou para si, unindo nossos lábios em um beijo lento e apaixonado.

— Queria fazer isso há tanto tempo! — Acaricia meu rosto, e eu o dele.

— Fala, no meu aniversário, você estava praticamente me comendo, né? — Ele ri alto.

— Eu estava com um tesão monstruoso naquele dia, e você com aquele pijaminha, não ajudava.

— Meu pijama era de bichinho! Com unicórnio e tudo!

— Sexy! — O empurro, mas rindo. Ran segura minha cintura e me passa por cima dele, acabo do outro lado da cama, de lado e com a bunda perfeitamente encaixada na sua virilha — Sabe o que eu mais tive vontade de fazer? — A boca rente a minha orelha, a mordiscando. A voz baixa e grave me causando arrepios, sua mão alisando meu corpo, descendo até os botões da minha calça, desabotoando um por um e abrindo o zíper, deixando o tecido fino da calcinha exposto — E agora que tenho você só para mim... — A mão adentrou minha calcinha, com seus dedos indo na direção certeira do meu clitóris — Posso? — Em resposta abri minhas pernas e seus dedos iniciaram uma massagem lenta. Lenta até demais. Gemi baixo e agarrei sua perna, tentando conter ao máximo para não escapar um som mais alto. Essas paredes são mais finas que papel.

— Ran...

— Hm? — Dois de seus dedos me penetraram lentamente, e teria cravado minhas unhas em sua coxa se ele não estivesse de calça — Sabe, tem um casal aqui no quarto ao lado, e devo admitir, eles passaram uma hora trepando, e eu ouvi cada mínimo som — Sua risada foi soprada em minha orelha — Então, a não ser que você não se importe em ser ouvida até pelos doidos da clínica, permaneça bem quietinha, ouviu? — Os dedos que me penetravam com lentidão aumentaram o ritmo para um mais rápido e com certa agressividade. Levei a mão até a boca, prendendo o grito que quase saiu — Me ouviu? — Isso foi um 'castigo' pela minha falta de resposta? Tive minha blusa erguida e meu sutiã abaixado, e em seguida um dos meus mamilos foi puxado sem cuidado algum. Apertei ainda mais minha boca — Ainda não te escutei.

Doors | Ran HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora