Doors | Ran Haitani

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AVISO: Esse capítulo será longo!

Uma semana depois

— Pai eterno, que dor de cabeça mais insuportável! — Resmungo sonolenta entrando na cozinha — Parece que a minha cabeça vai explodir a qualquer segundo.

— Bom dia bela adormecida — Hanma ergue a caneca em que bebe para mim — Essa é a consequência de entortar o caneco gata — Ironiza.

— Culpa de vocês — Eles dão risada. Puxo uma cadeira e me sento, abaixando a cabeça na mesa — Quando eu achei uma boa ideia deixar vocês me levarem para uma balada? Que ideia de jerico.

— Ah, larga mão! Você aproveitou mais que a gente. Nós piscamos e você estava ou no bar ou na pista — Rindou comenta com uma das sobrancelhas erguidas.

— Eu devia estar muito louca, e outra, não lembro de nada. Depois que vocês me carregaram para a pista de dança sumiu tudo, um branco total, só lembro de ter recobrado a consciência no banheiro com a cara na privada e o Sanzu segurando meu cabelo, e depois sumiu de novo e BUM! Acordei — Olhei para Haruchiyo, gente, esse menino está me olhando estranho. O rosado sorriu de canto e eu estreitei os olhos — O que aconteceu? Depois que eu "apaguei"? — Pergunto, mas demoro para tirar os olhos dele. Eu hein, bicho estranho.

— Bom, você ficou doidona e foi para a pista, virou tantos shots que nosso bolso chorou, subiu até no pole dance — Rindou parou para rir.

— As bebidas que você tomou eram potentes, faziam até pônei virar cavalo — Hanma riu junto.

— Ou ela só é fraca para bebiba mesmo — Haruchiyo provocou, o encarei cínica — Gata, você ficou alta no terceiro copo, e olha que era uísque de mel com energético de frutas vermelhas — Os três estão se acabando de rir de mim.

— Aí como eu odeio vocês — Digo emburrada mas não consigo não sorrir — Seus ridículos!

— Você deu trabalho com o tanto de machos que tivemos que tirar de cima de você — Hanma repuxou o canto da boca.

— E ainda me fez sair de lá mais cedo porque a dondoca mal se aguentava em pé — Sanzu reclamou, mas ainda continua com esse olhar, que diacho de olhada é essa?!

— Vocês me empurraram, era o mínimo né — Eles rolam os olhos — Assim vocês aprendem a aceitar o meu não.

— Nem consegui pegar ninguém, fiquei de babá — Hanma faz bico.

— Eu saí depois, se não pegou depois disso é porque tá feia a situação mesmo.

— A cabeça está ruim mas a língua boa, né? — Dou uma piscadinha e faço charme para ele — Pilantra.

— Você reclama dela mas eu tive que ser a sua babá — Foi a vez de Rindou reclamar — Ficou pior que a Zoe, teve que sair de lá arrastado, literalmente arrastado, e quase que o motorista do táxi nos expulsa — Hanma riu.

— O próximo que vier com essa conversa de "vamo para a balada" vai ter suas bolas chutadas.

— Aprendemos a lição.

Terminamos de comer, lavei a louça e subi para meu quarto, arrumei a cama, abri as cortinas e a janela, desliguei o ar, troquei de roupa e fui escovar os dentes. Quando saí do banheiro tomei um susto com Sanzu me esperando na porta.