twenty one.

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Jihyo's pov

Sana realmente gostava de acabar com o momento. Eu não sou tão burra assim de beijar alguém em público sem nenhuma proteção, já tem fotos demais minhas circulando pela Internet desde o começo do meu trabalho nesse lugar, não preciso de mais uma. Ainda mais uma foto beijando uma mulher. 

Eu escolhi aquele café por um motivo, ele era perto da empresa, porém não perto demais, eu dei algumas voltas a mais no carro para que o tempo passasse, assim, quando chegamos lá, não estava no horário de pico da cafeteria, então não tinha muitas pessoas.

Escolhi a mesa que geralmente fica longe de tudo, o sofá era alto o bastante para cobrir nossas cabeças também, ou seja, ninguém atrás de nós veria qualquer coisa. 

Eu também botei dois seguranças, um do lado de fora, e um dentro do café na mesa atrás de nós. 

Como eu disse, eu tinha planos para o café da manhã e não queria que nada me atrapalhasse. 

Sana sabe exatamente o que eu quero agora, e isso me assusta um pouco porquê eu ter exposto meu sentimentos dessa forma foi totalmente espontâneo.

Quando eu planejei tudo isso, eu não pensei no que iria falar, ou o que eu iria fazer, porém naquele momento tudo saiu naturalmente. 

Porém, agora acho que me precipitei um pouco... Ou talvez não, com Minatozaki é difícil ter certeza de qualquer coisa. Eu queria pelo menos algo mais concreto... Algo mais exato...

Essa incerteza me deixa louca e também me faz ter um pouco de medo, medo do que pode acontecer... 

Já estamos de volta na empresa, o caminho no carro com ela novamente foi silêncioso, porém não um silêncioso ruim como o silêncio que estava antes de irmos para o café, foi um tipo de silêncio bom... Aconchegante, Minatozaki olhava para mim as vezes, abria um sorriso fofo me deixando desconcertada.

Saímos do carro indo direto para o elevador, o dia hoje parecia tão agradável, o clima fresco nem tão quente e nem tão frio. Entramos no elevador indo em direção ao último andar. O sentimento bobo de euforia fazia meu coração se acelerar de uma forma louca, mas mesmo assim eu continuo fingindo que não é nada. 

Entramos em nosso andar, Sana se posiciona em sua mesa e eu entro em minha sala para começar mais um dia de trabalho na empresa, por termos nos atrasado hoje, parecia que eu estava tendo um trabalho dobrado. 

Acabei recebendo uma papelada importante cheia de erros de digitação, agora estava em um andar que nem mesmo era o meu correndo atrás do prejuízo que um dos funcionários me causou. 

O dia que parecia estar calmo e leve mudou de forma tão rápida...

— A quanto tempo você trabalha aqui? — Pergunto para a menina usando uma armação de óculos redonda, estou de frente para sua mesa enquanto ela digita freneticamente para tentar consertar seu maldito erro. 

— Trabalho aqui a três anos... — Sua voz sai trêmula, seus olhos piscam sem parar e eu vejo o suor em sua testa, o que não faz sentido já que a sala que estavam estava congelando. 

— Três anos... — Cruzo os braços. — Você está aqui nesse empresa a mais tempo que eu. 

Ela nem me observa, está focada em digitar, eu olho em volta, sua sala está meio bagunçada, tem resto de comida, muitos copos de café e sem contar em algumas peças de roupas espalhadas. Parece até que ela mora aqui. 

— Sabe, três anos é muito, isso é tempo o suficiente para não cometer mais erros como esse, isso é um erro de principiante, e que eu saiba você cometeu um erro igual esse a pouco tempo. 

Cruel ⋆ sahyo Onde histórias criam vida. Descubra agora