twenty.

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Sana's pov 

Foi proposital, não foi? Eu sei que foi, ela estava fazendo isso para me deixar maluca. Afinal nunca vi ela assim. Já havia visto ela arrumada na festa, mas desse jeito... De terno... Algo que parecia ter sido feito apenas para o seu corpo... Estava irresistível.

Minha mente entrou em combustão no mesmo segundo que há vi em minha frente. Distraída mexendo em seu celular. Apoiada em meu carro com uma das mãos no bolso. Mordendo os lábios enquanto estava vendo algo na tela... 

Foi de propósito, eu sei que foi, e se a intenção dela era me enlouquecer, deu completamente certo. Eu estava louca. 

Ela estava atraente como nunca. Não foi atoa que eu nem ao menos conseguia falar uma frase completa. Não conseguia formar um pensamento coerente olhando para ela daquela forma. O jeito que o terno abraçava seu corpo, estava justo deixando todas suas curvas aparentes. 

Seu rosto maquiado, seu cabelo totalmente preto e liso brilhando na luz do sol. Como sempre, Park estava linda. 

No carro, quando entramos, minha mente só focou em algo. Em uma coisa que me incomoda e me persegue desde aquela maldita festa. 

Isso tira minha paz, acaba com as minhas noites de sono tranquilas. E sem dúvida nenhuma faz com que eu perca o controle.

Quando entrei naquele carro só foquei em uma coisa, na boca dela, no quanto queria senti-la de novo. No quanto eu precisava do seu beijo mais uma vez. 

E foi exatamente isso que eu fiz, foi como se eu só enxergasse ela, como se só tivesse um objetivo naquele momento, e o meu objetivo era beijá-la mais uma vez, eu nem ouvia uma palavra sequer que ela dizia, apenas agarrei a primeira chance que tive e a beijei do jeito que queria. 

Foi perfeito. Pelo menos no começo foi, enquanto eu ainda estava imersa em desejo. O beijo lento, o jeito que sua língua brincava em minha boca, Park sabia exatamente o que estava fazendo. No começo eu não estava entendendo o porquê ela não estava me tocando, porém isso nem importava, eu beijava sua boca, beijava seu pescoço e tocava sua pele. Porém acho que em algum momento ela perdeu o controle e eu não pude ficar mais feliz com isso. 

Quando suas mãos finalmente me tocaram meu desejo estava completo. Meu corpo queimava sobre seu toque e eu sentia aquela boa sensação na barriga, por um momento tudo que desejei foi que ela me puxasse para o seu colo, só queria que pudéssemos ficar mais perto uma da outra. Quanto mais sua mão subia em minha perna mais eufórica e nervosa eu ficava, ao mesmo tempo que eu queria muito isso, Jihyo estava certa sobre algo. 

Eu estava com medo. 

Eu sei que esse medo não é em vão, ninguém pode negar isso. Eu sou o lado fraco, se algo der errado a pessoa que vai ter que se retirar sou eu. Pensar demais sobre o futuro chega a ser irritante, mas continua sendo algo que eu faço. Eu queria poder pensar nisso de boa forma. Mas sempre que penso em ter qualquer tipo de relacionamento amoroso com ela, eu vejo certo impedimento. 

Talvez eu esteja errada. Espero estar errada. Quero estar completamente errada sobre isso.

Park ficou com raiva, eu sei que ficou frustrada quando parei o beijo, sua expressão demonstrava isso, sua testa franzida e o jeito que ela mantinha sua boca em uma linha reta. 

Agora estavamos em um silêncio ensurdecedor dentro desse carro o que era totalmente desconfortável. 

Park parecia impaciente enquanto dirigia. 

Estávamos perto da empresa, porém ela errou uma rua, eu decidi ficar quieta, afinal tinha outro caminho que podíamos pegar, mas... Ela não fez ele também. Foi quando eu tomei coragem para me virar e olhá-la. 

Cruel ⋆ sahyo Onde histórias criam vida. Descubra agora