thirty eight.

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Jihyo's pov

Meu pulso dói tanto, ainda estou sentada na cama de Sana enquanto as palavras em sua carta rodam em minha cabeça, tudo que ela escreveu para mim, tudo que foi impedida de me dizer pessoalmente.

Sinto que minha cabeça vai explodir, sei o que tenho que fazer mais vai ser um processo demorado e eu não quero ficar sem ela não quero ficar sem vê-la, eu nem sei exatamente aonde ela está…

Eu pego meu celular e deslizo meus olhos pelos contatos que tenho sem saber exatamente a quem devo pedir ajuda, na verdade eu nem sei se alguma das minhas amigas pode me ajudar.

Sana provavelmente saiu sem falar com suas amigas… Deus, eu terei que contar tudo a elas?

Vejo o contato da Momo, ainda não somos muito próximas, ela nem sempre consegue me chamar de “Jihyo” então ficamos com o de sempre que é “Srta. Park”, é impulsivo, sei que não vou conseguir dirigir e não posso ignorar essa dor, preciso resolver uma coisa de cada vez. 

Eu aperto em seu nome e então depois de alguns segundos ela me atende.

Srta. Park…? Jihyo! Desculpa, não consigo me acostumar… — Em outras condições eu acharia isso engraçado, eu riria disso mas… Eu acho que estou completamente destruída.

— Momo, eu preciso de ajuda.

Ajuda? Aconteceu algo no trabalho? 

— Não… Nada no trabalho, estou na casa da Sana e vou te explicar quando chegar aqui.

Oh… estou a uns dez minutos daí, já vou chegar.

— Certo, vou te esperar.

Jihyo… Tá tudo bem? — Eu respiro fundo.

Não, não está.

⋆⋆⋆

Não demora muito para que uma Momo desesperada entre na casa de Sana, eu escuto-a bater a porta da frente e chamar meu nome. Eu acho que estou em choque, não consigo nem me mexer mesmo ouvindo todo o barulho que Hirai está fazendo.

Meu pulso dói muito e minha cabeça está zonza, minha barriga também dói eu não comi nada, sinto fome mas ao mesmo tempo sinto que posso vomitar a qualquer momento.

Momo aparece na porta, ela estava usando as roupas que normalmente usa para o trabalho, uma calça preta e uma blusa social rosa junto de saltos pretos. Seu olhar passa pela bagunça e para em mim, eu vejo eles preocupados e isso me faz sentir ainda pior.

— O que houve? Onde está Sana?

— Eu não sei… 

Com a mão boa eu pego a carta e a entrego.

— O Eunwoo fez isso, eu sei que você sabe quem é, Sana já deve ter contado algo para você.

Seu olhar passa rapidamente pelo papel, ela fica em total silêncio até acabar de ler. Quando ela olha para mim eu vejo tristeza em seu rosto. Mas mesmo assim, essa tristeza não se compara a minha.

— Jihyo o que… Como vai resolver isso?

— Eu ainda não sei, eu não consigo nem pensar e-

— O que houve com a sua mão? — Ela me interrompe vindo em minha direção.

Momo tenta segurar meu pulso mas eu grito de dor. 

— Meu Deus, vamos para um hospital agora, levanta.

— Eu- Eu… não- — A dor, ou talvez o fato de eu nem saber por onde começar, tudo isso me faz chorar de novo.

Momo faz algo que eu não imaginei que faria. Ela se senta do meu lado, seus braços me envolvem e ela puxa minha cabeça até o seu colo me segurando firme. Eu não queria começar com isso novamente, mas vem tudo de uma vez. Um choro alto e agonizante, desesperado, com minha mão que não dói eu agarro a blusa de Momo, e choro pelo tempo que ela me permite.

Cruel ⋆ sahyo Onde histórias criam vida. Descubra agora