thirty seven.

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Jihyo's pov

Queria que dia dezesseis fosse especial para nós dessa vez.

Todas as outras vezes foram super especiais, mas eu queria algo diferente, queria surpreendê-la.

Eu tinha planejado uma pequena viagem para nós no chalé da família. Seria bom, nós duas sozinhas, eu já havia comprado várias coisas além de alguns presentes que queria dar para ela.

Acho que Sana vai gostar.

O clima estava um pouco frio mas o chalé é agradável e quente, vamos ter muito tempo para nós.

Eu cancelei todos os planos dos próximos quatro dias.

Queria um tempo para nós, sem ter que ir correndo para o trabalho no dia seguinte, queria cozinhar para ela, poderíamos ficar na hidromassagem, ver filmes juntas, dar uma volta, teríamos um tempo bom para nós...

Pelo menos era isso que eu achava.

Abro meu olhos sentindo a luz da janela incomodá-los. Me sento puxando as cobertas, quando me acostumo com a claridade, então eu noto.

Sana não estava na cama.

Me levanto, olho em volta notando que ela também não está no quarto, vou até o closet e ao banheiro, mas ela não está lá.

Sana saiu? Por que não me acordou?

Olho para o relógio e vejo que já está quase na hora do despertador tocar, estou de volta ao quarto vejo que suas roupas não estão onde sempre ficam, o despertador do meu celular toca e eu corro para desligá-lo.

Desbloqueio o celular e ligo para ela, não demora muito para a chamada cair na caixa postal.

Eu desligo e desço para o andar de baixo, por algum motivo achei que ela estaria lá mas, não, não estava.

Então eu começo a me desesperar.

Volto ao meu quarto, pego meu telefone e ligo de novo para ela, dessa vez deixo um recado.

- Sana, aonde você foi? Por que não me acordou e por que não está me atendendo?

Eu ando até a janela do quarto, ela era bem de frente para rua, afasto um pouco as cortinas e quando desço meu olhar não vejo seu carro lá, não vejo seu carro onde ela havia deixado ontem.

Eu...

Sana estava estranha, ela estava agindo estranhamente, eu vi seu rosto quando voltou daquele almoço, ela obviamente havia chorado, seus olhos estavam inchados e vermelhos mas ela não me disse nada, e ontem aqui em casa, a forma que ela me abraçou e me beijou...

Tem algo errado, eu sei que tem algo errado.

Ela não me disse nada e eu não queria pressioná-la a dizer algo se não estivesse confortável para dizer.

Meu coração se aperta, e quando dou a volta saindo da janela, e quando olho para a cadeira no canto do quarto, aí sim eu sei que algo muito ruim aconteceu.

Eu chego perto, vendo uma pequena caixa e um papel, com sua letra nele.

"Eu sinto muito, eu tentei achar uma solução mas não consegui, eu sinto muito mesmo."

Meu coração já está acelerado, eu pego o papel e me apoio na cadeira, sinto como se fosse sufocar.

Como assim solução, que solução? Porquê ela precisava de uma solução e melhor, porquê ela está dizendo que sente muito?

Eu pego a caixa na cadeira e a abro, é uma chave prata comum, apenas uma chave.

Pego meu celular novamente tentando não acreditar no que eu acho que ela fez, porque não pode ser não é? Por que isso aconteceria? Estávamos bem.

Cruel ⋆ sahyo Onde histórias criam vida. Descubra agora