Cruel ⋆ sahyo

twenty seven.

Sana's pov

Beber demais não era minha primeira escolha, porém quando cheguei lá foi a primeira coisa que me ofereceram. Então depois do primeiro copo foi muito difícil parar. Não vou negar, estava nervosa por muitas coisas. Essa viagem derrepente, meus pensamentos incontroláveis por Park, estava em uma festa cheia de pessoas que não tenho intimidade ou ao menos conheço, eu precisava beber um pouco para me soltar. Dahyun estava na festa, porém eu nem consegui achá-la. 

E o voo, claro esse maldito voo me deixou uma pilha de nervos. 

Odeio aviões. 

Então, depois do meu primeiro copo, tentei focar em algo simples. 

Bom, não simples, mas boa. Ela, procurei por ela o tempo todo, em todo lugar, acabei descobrindo que na casa de Chaeyoung tem uma grande foto delas juntas, era fofo, elas pareciam mais jovens, um grande quadro no fim do corredor, olhos brilhantes e grandes sorrisos. Era super fofo. 

Mas como minha busca foi mal sucedida, eu voltei para parte principal da casa, bebi muito. Bebi até meu corpo ficar quente, até minha cabeça girar, até me sentir leve o suficiente para não ter o coração tão acelerado, até minha ansiedade por vê-la diminuir, nem que só um pouco. 

Todo esse sentimento de alívio, durou apenas alguns minutos, afinal esquecer Park Jihyo não era nada fácil, não depois de todos os beijos que já tivemos. 

Então, enquanto eu dançava já alterada e tonta, eu a vi, então... Blusa social com as mangas levantadas e botões abertos, rosto atento e olhar afiado analisando o local, não vou negar, dancei de propósito para que ela olhasse, porém mesmo animada com a minha dança, ela pareceu ficar com raiva, só avistei ela virar as costas e ir para a cozinha. Então eu corri atrás dela. 

Eu estava tão aérea, falei qualquer bobagem e quando dei por mim já estávamos em um corredor escuro sozinhas. 

O abraço... Não sabia que precisava tanto daquilo até acontecer, era tão bom me aconchegar em seus braços. E o beijo... Park definitivamente tinha o melhor beijo do mundo, eu estava viciada. 

Porém, logo Mina nos interrompeu. Quando cheguei na festa e comecei a beber, pedi ajuda para Mina, não queria fazer besteira nem perder a viagem de manhã, não depois de Jihyo falar que precisava que eu fosse. Então eu disse para ela ligar para Momo caso eu bebesse demais, e foi exatamente o que aconteceu. Eu bebi muito e Hirai me buscou, não só me buscou, como passou a noite comigo para garantir que eu não me atrasasse. E agora estava no meu quarto, berrando enquanto eu estava deitada. 

— Minatozaki, levanta logo. 

— Ainda está escuro! — Eu protesto.

— Sim, está, porém seu voo foi marcado para às oito, ou seja, levante, se arrume logo já que você demora demais e espere a hora certa para sair. 

Sim, um voo as oito da manhã, ou seja, agora eram exatamente quatro e meia da manhã e hirai estava berrado como se eu fosse surda. Park me mandou uma mensagem com detalhes do voo, e também me disse que um carro viria me buscar, na mensagem também tinha coisas sobre o hotel  e mais informações para que eu pudesse atualizar sua agenda. 

— Sana, levanta. 

Momo gritava de novo, e eu me encolhia agarrada nas cobertas, estava com um pouco de frio e com uma dor de cabeça enorme. Minha garganta estava seca, porém eu não tinha forças para me levantar, muito menos para abrir os olhos. 

Mas então sinto um frio enorme em todo meu corpo, em questão de segundos, Momo havia arrancado minhas cobertas e jogado elas no chão. 

— Ei! — Digo e em um impulso me sento na cama agarrando minhas pernas contra o peito e me forçando a abrir os olhos e ver uma Momo irritada em minha frente segurando um copo d'água.