- Vamos acordar. Primeira escola dominical aqui e não podemos nos atrasar.
Meu pai apareceu me acordando e abrindo a janela.
Comecei a me espreguiçar na cama. Estranhei um pouco o quarto, mas rapidamente me localizei.
Levantei logo, pois como meu pai, eu não queria me atrasar no primeiro dia.O dia estava claro e ensolarado então vesti o vestido que eu comprei ontem. Deixei meu cabelo solto e coloquei um arco preto que o deixou todo para trás, só para não ficar caindo nos olhos. A maquiagem deixei bem básica, lápis e gloss.
Tomamos o café da manhã, e seguimos para a igreja. No caminho fiquei imaginando como seriam os cultos, os jovens, as festas. É estranho ir em uma igreja que você não conhece, sendo que sempre foi em uma onde você conhece todo mundo.
Chegamos. Deu um frio na barriga quando desci e olhei para a frente da igreja. Estranho não?! Ela era enorme, só a fachada dela era linda.
Entramos e duas irmãs nos comprimentram. Ficaram muito feliz quando dissemos que somos parentes do Antônio - meu tio.
Procuramos um lugar para sentar e logo avistamos meus tios bem lá na frente. Estávamos indo em direção deles quando alguém me cutucou nas minhas costas. No momento em que virei um sorriso abriu em meu rosto.
- Daniiii!!! - falei enquanto a abraçava.
- Oi! Quanto tempo!
- Verdade. Como foi no retiro? - perguntei. - A Nath me contou que você foi.
Quando ela ia responder, um irmão começou a falar dando início ao culto. A Daniele apontou para um canto na frente onde estavam vários jovens junto com a Nathália que estava sorrindo acenando para a gente.
Fomos até lá e elas me apresentaram a vários jovens que lá estavam. "oi" ,"oi", beijinhos e mais beijinhos.
Me lembrei de quando eu fazia isso lá na outra igreja. Sempre que aparecia algum visitante jovem, fazia questão de ir até eles, chamar para sentar conosco e o apresentava para todos. Queria que ele se sentissem a vontade e acolhido.
Mas isso acontecendo comigo era bem estranho. Fiquei até pouco tímida ao falar com as pessoas, o que não era nada a minha cara.
A introdução do culto acabou e era a hora de dividir as classes. Fiquei um pouco perdida. Como a igreja era grande, tinha várias pessoas indo de um lado para o outro.
- Vou te mostrar qual é a sua classe Ana. - A Nathalia me falou enquanto andavamos junto com o povo.
Descemos umas escadas e chegamos a um corredor cheio de salas, cada uma com sua placa ao lado indicando a que classe pertencia.
No caminho as meninas me explicaram que elas estavam na classe de preparação para líderes, por isso não ficariam na mesma sala que eu.
Quando entrei na sala, notei que a maioria das pessoas já haviam entrado, algumas eu já tinha visto no início do culto, outras não.
Eu nunca tinha percebido isso, mas ser visitante era muito constrangedor. Todos te olham, uns sorriem, outros cochicham e você não sabe aonde sentar. Quando eu penso que acabou, Carlos, o líder dos jovens, me apresenta a todos. Eu não sei para onde olhar, apenas sorrio, agradeço e sento novamente.
Depois de um tempo me familiarizei com a sala, uma garota chamada Luiza sentou ao meu lado e conversou comigo. Achei ela bem legal. E as pessoas começaram a não parecerer tão estranhas assim.
A palavra começou depois de vários avisos. Prestei a atenção. O Carlos era bem dinâmico e engraçado, conseguia prender a atenção de todo mundo e falar de um jeito divertido e que todos compreendem.
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Sou Crente... E daí?!
Ficção AdolescenteAna é uma garota de 17 anos super temente a Deus e comprometida com a igreja. Quando tudo estava aparentemente perfeito, ela ver sua vida mudar e com isso começa a encarar algumas questões típicas da sua idade.