Capítulo 8 - Parte V

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Enquanto esperávamos, eu e as pessoas que estavam na sala conversamos, e o assunto era a minha antiga cidade.

A Nathalia e a Daniele logo chegaram, junto com outras pessoas.

Haviam bastante gente, mais ou menos umas quinze. A cada um que chegava era um espreme aqui, trás cadeira dali, para caber todo mundo.

Para minha surpresa e pelo que me parecia, para surpresa de todo mundo, o Gustavo também chegou. Cumprimentou todo mundo e quando chegou a minha vez, um frio na barriga começou.

Um beijinho no rosto me fez ficar que nem boba com um sorriso sem graça, o que não me deixou responder direito o 'oi' dele para mim. A única coisa que eu fiz foi me afastar um pouco para o lado, dando lugar para que ele sentasse.

- Bom ver você aqui Gustavo. - o Lucas falou com uma expressão um pouco quanto estranha para meu gosto.

Ele colocou um pequeno banquinho entre a roda de cadeiras que havia se formado e depois de abrir a bíblia em algum livro, começou.

- A paz do Senhor a todos. - e todos responderam em uma espécie de coro. - Eu quero agradecer a todos por terem vindo, nossa primeira reunião depois das férias.

Ele, ainda falando e com um largo sorriso, olhou para mim. Com certeza ele iria me apresentar.

Hoje antes de sair da escola, pedir para ele dispensar a minha apresentação, já que todos já me conhecem e por que isso já se repetiu por toda a semana. Não aguentava mais.

Mas ele não respondeu, apenas sorriu levantando as sobrancelhas e seguiu para o carro de seu pai. O mesmo sorriso que ele estava fazendo agora, o que não me fazia tirar outra conclusão.

- Agradecer também a presença da Ana Sophia.. - Nãão, ele falou Sophia! - ... que agora fará parte da nossa célula. E como nós falamos quando alguém chega?

Ele me paga!

- Seja bem vinda em nome de Jesus! - Todos falaram em uma só voz.

Com certeza o meu rosto estava que nem um pimentão. A Nathalia sabia que eu temia que isso acontecesse, por isso fez questão de falar olhando fixamente para mim, junto com o Lucas que também estava sorrindo e o resto das pessoas.

Agradeci e falei que era uma honra está naquele lugar. Mas como se isso não fosse o bastante ele continuou.

- E como o meu violão está sem uma corda, pedi para que ela trouxesse o dela e ajudasse no nosso louvor.

Depois da oração de abertura feita por um dos jovens que alí estavam, Lucas se levantou pegou o violão e me entregou.

Fiquei parada olhando para ele como se dissesse, "Eu não vou cantar". Peguei o violão e me sentei onde ele estava sentado.

Até que esta parte foi boa, porque eu estava tensa de sentar ao lado do Gustavo. Não sabia se olhava para o lado ou só para frente para não pagar o mico como da outra vez, no shopping.

Dedilhei algumas notas e depois olhei para a Nathalia.

- Qual será a música?

Estavam todos olhando para mim. Todos, sem exceção de ninguém. Um silêncio constrangedor, encheu a sala e nenhuma música apareceu em minha mente.

Como é que o Lucas pode fazer isso comigo?

- Qual você sentir no seu coração irmã. - ela
respondeu.

Respirei fundo e me lembrei dos células que fazíamos na outra igreja, normalmente era sempre com uma música mais antiga no início e depois as mais atuais.

Sou Crente... E daí?!Onde histórias criam vida. Descubra agora