Enquanto esperávamos, eu e as pessoas que estavam na sala conversamos, e o assunto era a minha antiga cidade.
A Nathalia e a Daniele logo chegaram, junto com outras pessoas.
Haviam bastante gente, mais ou menos umas quinze. A cada um que chegava era um espreme aqui, trás cadeira dali, para caber todo mundo.
Para minha surpresa e pelo que me parecia, para surpresa de todo mundo, o Gustavo também chegou. Cumprimentou todo mundo e quando chegou a minha vez, um frio na barriga começou.
Um beijinho no rosto me fez ficar que nem boba com um sorriso sem graça, o que não me deixou responder direito o 'oi' dele para mim. A única coisa que eu fiz foi me afastar um pouco para o lado, dando lugar para que ele sentasse.
- Bom ver você aqui Gustavo. - o Lucas falou com uma expressão um pouco quanto estranha para meu gosto.
Ele colocou um pequeno banquinho entre a roda de cadeiras que havia se formado e depois de abrir a bíblia em algum livro, começou.
- A paz do Senhor a todos. - e todos responderam em uma espécie de coro. - Eu quero agradecer a todos por terem vindo, nossa primeira reunião depois das férias.
Ele, ainda falando e com um largo sorriso, olhou para mim. Com certeza ele iria me apresentar.
Hoje antes de sair da escola, pedir para ele dispensar a minha apresentação, já que todos já me conhecem e por que isso já se repetiu por toda a semana. Não aguentava mais.
Mas ele não respondeu, apenas sorriu levantando as sobrancelhas e seguiu para o carro de seu pai. O mesmo sorriso que ele estava fazendo agora, o que não me fazia tirar outra conclusão.
- Agradecer também a presença da Ana Sophia.. - Nãão, ele falou Sophia! - ... que agora fará parte da nossa célula. E como nós falamos quando alguém chega?
Ele me paga!
- Seja bem vinda em nome de Jesus! - Todos falaram em uma só voz.
Com certeza o meu rosto estava que nem um pimentão. A Nathalia sabia que eu temia que isso acontecesse, por isso fez questão de falar olhando fixamente para mim, junto com o Lucas que também estava sorrindo e o resto das pessoas.
Agradeci e falei que era uma honra está naquele lugar. Mas como se isso não fosse o bastante ele continuou.
- E como o meu violão está sem uma corda, pedi para que ela trouxesse o dela e ajudasse no nosso louvor.
Depois da oração de abertura feita por um dos jovens que alí estavam, Lucas se levantou pegou o violão e me entregou.
Fiquei parada olhando para ele como se dissesse, "Eu não vou cantar". Peguei o violão e me sentei onde ele estava sentado.
Até que esta parte foi boa, porque eu estava tensa de sentar ao lado do Gustavo. Não sabia se olhava para o lado ou só para frente para não pagar o mico como da outra vez, no shopping.
Dedilhei algumas notas e depois olhei para a Nathalia.
- Qual será a música?
Estavam todos olhando para mim. Todos, sem exceção de ninguém. Um silêncio constrangedor, encheu a sala e nenhuma música apareceu em minha mente.
Como é que o Lucas pode fazer isso comigo?
- Qual você sentir no seu coração irmã. - ela
respondeu.Respirei fundo e me lembrei dos células que fazíamos na outra igreja, normalmente era sempre com uma música mais antiga no início e depois as mais atuais.
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Sou Crente... E daí?!
Novela JuvenilAna é uma garota de 17 anos super temente a Deus e comprometida com a igreja. Quando tudo estava aparentemente perfeito, ela ver sua vida mudar e com isso começa a encarar algumas questões típicas da sua idade.