CAPÍTULO 2

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Mais um pra vcs pegarem o contexto gays🌈🫶

Desci a escada da casa da Rebecca, me xingando por ter sido tão idiota daquela vez, digo, eu sempre a infernizei, mas como eu ia saber havia sido a avó dela quem deu as meias para ela?

Sei que gosto dela e deveria saber absolutamente tudo sobre ela, mas por mais que eu me esforçasse para conhece-la, a falta de acesso a ela me fazia muito ignorante a respeito de muitos detalhes.

- Vai ficar para almoçar, Freen? - Perguntou a mãe de Rebecca quando eu atravessava sala para ir embora. Ela sempre perguntava algo daquele tipo e minha resposta era sempre a mesma.

-Eu já comi dona Sinu, obrigada! -Eu nem tinha comido.

-Eu fiz arroz con leche e sei que você adora, coma pelo menos um pouco antes de ir. - Merda! Arroz con leche era a minha sobremesa favorita e eu estava sedenta por aceitar o seu convite, mas estava com um pouco de vergonha.

-Eu agradeço, mas... - Ela me interrompeu.

-Não quero desfeita, venha! -Ela sorriu e eu sorri de volta em uma sintonia perfeita entre futura sogra e futura nora. - Já que a senhora está praticamente implorando... -Dei de ombros, a segui até a cozinha e me sentei á mesa.

- Coma a vontade, meu bem, vou tirar a roupa da secadora e já volto. - Ela colocou um prato de sobremesa e uma travessa cheia do doce na minha frente antes de sair.

Eu poderia até chorar de emoção com aquela visão linda.

-Eu vou comer até passar mal - Murmurei antes de colocar uma pequena quantidade (quase metade) do doce no meu prato. Eu mal havia chegado à décima colherada quando a porta da cozinha foi aberta com um estrondo.

- Tia Sinu, separa o meu prato, que o cheiro está maravilhoso! - Olhei para o lado e me deparei com o monumento vulgo Irin encarando a travessa de doce pela metade. Ela parecia não ter notado a minha presença ali,

-Oi, Irin! -Cumprimentei com um sorriso sem graça e cheio de comida enquanto dava uma última colherada no doce antes de me levantar.

Ela levantou os olhos castanhos para mim e cruzou os braços com um sorriso dançando em seus lábios pintados num vermelho estranho da mesma cor de seus cabelos.

- Ciscando em terreno inimigo de novo? Você é ousada, Chankimha. -Ela tomou o meu lugar á mesa e atacou o doce.

Ótimo! Assim tia Sinu iria pensar que foi ela que comeu tudo sozinha.

- Dê um beijo na tia Sinu por mim. -Eu pedi enquanto ela gesticulava com a mão para que eu fosse embora. Nem me importei com a falta de educação dela e fui embora pensar em algo novo para chamar a atenção de Rebecca.

Rebecca pov

Como aquela imbecil sabia que eu lavava minhas meias da sorte todo dia quinze e que eu não gostava de secá-las na secadora?

Aquilo não era algo que uma pessoa normal repararia, mas Freen não era normal, era uma stalker do caralho! Eu já sabia que ela me vigiava só para poder encontrar coisas para atormentar a minha vida, mas eu não sabia que ela reparava tanto.

A idiota parecia estar sempre em todo lugar que eu ia, sempre com aquele sorrisinho arrogante na carinha bonita. Eu tinha vontade de quebrar todos os dentes dela,

O pior era que todos a adoravam, principalmente a minha mãe.

Minha própria progenitora gostava daquele satanás de olhos puxados. Sabe aquela filha da vizinha que é o exemplar de filha perfeita que sua mãe usa para esfregar na sua cara? Então, Freen sempre foi esse exemplar. Eu não podia soltar um peido sem que minha mãe dissesse que o peido da filha da Clara era mais silencioso ou delicado.

Grrr! Odiar Freen me dava fome, mais especificamente fome de arroz con leche.

Sim, eu tenho fomes seletivas e isso é problema meu.

Eu havia ajudado minha mãe a fazer a sobremesa mais cedo e se eu pegasse o doce pelos cantinhos e desse um jeito de espalhar o restante pela travessa para preencher os espaços faltantes, ninguém repararia.

A porta do meu quarto bateu fortemente contra a parede fazendo-me pular de susto.

- Por que a Sarocha estava aqui e por que você deixou ela comer todo o arroz con leche sem deixar absolutamente nada para mim? A travessa de doce está toda lambida! -A voz de Irin era inconformada e eu não sabia do que ela estava falando.

- Qué?

-Eu cheguei aqui e só tive tempo de ver a Freen dando uma última lambida na travessa de doce antes de ir embora. - Ela se aproximou, chutando os chinelos de borracha no percurso - Desde quando você permite um absurdo desses? Estão amiguinhas agora? Vão se tornar melhores amigas para sempre, Rebecca Patrícia? - Ela praticamente gritou, enquanto me estapeava.

-Que porra, Irin!

Por que ela estava me batendo sem eu merecer?

- Ela comeu tudo, Becky, tudo! Você sabe toda a comida dessa casa tem que ser destinada a mim, por que você fez isso? -Ela parou de me estapear e se jogou na cara ao meu lado, colocando o antebraço em cima dos olhos dramaticamente

Tinha uma coisa grudada na cara dela. Eu franzi meus olhos e me aproximei enquanto ela resmungava.

Aquilo era um grão de arroz? Eu me aproximei mais ainda e lambi o local, fazendo-a dar um pulo de susto.

- Você é uma vagabunda, Irin! Por que você comeu toda a sobremesa? Tem noção do quanto eu fiquei aguando vendo aquilo e tendo que esperar almoçar para poder comer? -Ela fez gesto de pouco caso com a mão.

- Suas necessidades não me interessam e ninguém mandou sua mãe cozinhar bem. Agora me explique a presença da Freen aqui sem ser para um daqueles encontros que os pais de vocês organizam. - Eu bufei e expliquei tudo o que aconteceu.

[..]

- E então eu bati com a porta na cara dela e a expulsei -Dei de ombros - Sabe, o de sempre...

-Ela poderia ter destruído as suas meias de verdade, pelo menos ela não fez isso.

- Ela nem deveria ter pegado alguma coisa para começo de conversa. Eu só quero que esse ano termine para eu ir para uma faculdade bem longe dessa maldita. Pensei até em me inscrever em alguma lá em Tóquio, será que eles me aceitariam?

-Com seu histórico de encrenqueira? Se fosse reitora de alguma faculdade por lá, com certeza não te aceitaria. - Ela cruzou as pernas em forma indiana e colocou o travesseiro em cima delas. -Enfim... Eu acho que todo esse ódio de vocês duas é tesão reprimido. -Meus olhos se arregalaram sem que eu pudesse acreditar que tamanho absurdo houvesse saido da boca daquela panaca. - O arroz entupiu o seu cérebro? Ouça bem o que eu digo Irin Aurassaya Malaiwong, eu nunca, NUNCA, vou parar de odiar a Freen Sarocha Chankimha.

Eu beijo a sua bunda se isso acontecer!

Ai ai Becky, 00:00 te conto 🤣🤌

Isso Seria Mais Um Clichê- FreenBecky Onde histórias criam vida. Descubra agora