Isso Seria Mais Um Clichê- FreenBecky

CAPÍTULO 30

-Ma... Mahone? -Eu consegui murmurar olhando o imbecil que estava com um sorriso ocupando todo o seu rosto.

-E ai Freen! Lucy... --Ele cumprimentou mais uma vez. As perguntas que permeavam minha cabeça naquele momento eram "como" e "por que" e eu queria explicações

-Becky... eu não sabia que você vinha -eu trinquei meus dentes quando vi o polegar o idiota acariciar o ombro da outra idiota. Inspirei em busca de paciência e continuei - Quando nos encontramos para fazer o trabalho na quarta e a show foi mencionado, você não falou nada.

- Foi tudo de última hora. - Ela disse como se aquilo explicasse tudo.

- Vocês estão em qual pista? -Lucy perguntou animada, achando tudo aquilo lindo.

-VIP e vocês? -Austin respondeu com aquele sorriso gigante ainda plantado na cara.

- Nós também, não é Freen? -Ela abraçou o meu braço e eu tinha a certeza de que Rebecca o amputaria se tivesse a oportunidade. O olhar dela fixado em nós não era nada bom, alias, para que Lucy precisava da minha confirmação para alguma coisa? Mas eu não podia ser grosseira porque graças a ela eu estava ali.

-Sim. -Eu murmurei com um sorriso sem mostrar os dentes

-Então a gente se esbarra por lá! Agora precisamos ir para o final da fila. - O babaca acenou para nós e saiu levando a idiota da Armstrong, silenciosa junto.

-Eles formam um belo casal, não acha? -Eu pulei de susto com os lábios de Lucy próximos demais do meu ouvido,

- Qué? -Eu não havia ouvido aquele absurdo, havia?

A Rebecca e o Austin formam um belo casal. -Eu havia mesmo ouvido certo aquela merda.

-Eu não acho. -Minha voz não deveria ter soado tão rispida.

-Por que não? - Ela questionou com um franzir de sobrancelhas

- Vocês são as próximas. -A mesma mulher que havia nos entregado a pulseira de acesso anteriormente nos interrompeu.

Por exatamente cinco minutos eu esqueci de Rebecca. Até hoje eu não consigo descrever aquele momento com clareza, mas me lembro que os seguranças não me deixaram passar com a carta quilométrica, mas eu estava tão entorpecida que nem liguei. O momento em que vi Lana com um sorriso bem na minha frente, eu fiz a única coisa que prometi para mim que não faria. Eu chorei. Aquela diaba me abraçou forte enquanto as lágrimas saiam dos meus olhos e a secreção do meu nariz sujava todo o seu cabelo. Nos nos viramos para a foto e eu grudei nela de tal forma que os seguranças tiveram que me afastar dali e eu precisel ficar durante vários minutos sentada porque minhas pernas não tinham a capacidade de sustentar o peso do meu corpo. Eu havia acabado de conhecer Lana Del Rey, porra!

Depois que eu consegui me recuperar do estado de torpor, os pensamentos sobre Rebecca e Austin preencheram a minha mente novamente e eu comecei a varrer o lugar a procura dos dois, mas não havia nenhum sinal deles em parte alguma.

Lucy a todo momento tentava puxar assunto, mas eu não consegui prestar a atenção em absolutamente nada do que ela dizia porque minha mente estava dividida entre duas coisas: encontrar Rebecca e matar Rebecca.

Havia se passado três horas desde que eles haviam "ido para o final da fila e eu já estava puta porque já havia vasculhado todos os cantos possíveis daquele lugar sem encontra-los. Falei para Lucy que queria apenas explorar o local e ela pareceu aceitar tudo de bom grado. Ela não era chata e até então não estava deixando nada desconfortável para mim e quando chegou a hora do show, decidi desviar meus pensamentos sobre Rebecca e me concentrar na Lana porque eu já estava puta da vida.