CAPÍTULO 3

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Falem a vdd, eu sou uma autora gente boa né 😁



Segunda-feira.

Como era possível eu amar e odiar esse dia ao mesmo tempo?

MOTIVOS PARA ODIAR SEGUNDA-FEIRA

Motiva 1: tres tempos de Química II com o professor Houston, que sempre tinha comida grudada no bigode e tinha cheiro de gente morta;

Motivo 2: dia de carne moida no cardápio;

obs: todo mundo suspeitava que a carne moída era produzida com os restos mortais dos defuntos que foram enterrados no cemitério perto da escola.

Motivo 3: ter que acordar cedo depois de haver ido dormir muito tarde no domingo;

Motivo 4 (e pior de todos): ter que aguentar Freen Sarocha em todos os meus tempos de aula e ter a noção de que iria aguentá-la durante os quatro dias seguidos em todos os tempos de aula também. Como aquela maldita conseguiu se inserir em cada segundo das minhas aulas?

Agora vamos a parte boa!

MOTIVO PARA AMAR SEGUNDA-FEIRA

Motivo único: Nop.

Fazia uns três anos que eu tinha uma quedinha pelo Nop. Quedinha essa que poderia facilmente ser classificada como amor arrebatador, mas eu preferia chamar de quedinha para não parecer muito intenso.


Tenha um bom dia, mi hija! Tente não ir para detenção por brigar com a Freen. Eu espero que você vá para a faculdade um dia e se isso continuar acontecendo, nenhuma faculdade vai te aceitar. Eles não querem uma encrenqueira tocando o terror na faculdade deles.

- Se ela não me infernizar, eu não vou brigar com ela, papa. -Eu beijei seu rosto - Não precisa vir me buscar porque eu vou ir embora com a Ally. -Eu afirmei ja saindo do carro e correndo em direção aos armários. Detalhe, correr de mochila não é nada sexy.

Todos os dias eu pegava carona com o meu pai para chegar mais cedo ao colégio porque o armário do Nop ficava ao lado do meu e eu gostava de fazer hora lá até o gostoso chegar e me dar o meu "bom dia, Rebecca" diário.

Enquanto eu corria, pude ver ao longe as estruturas de metal e meu sangue começou a ferver. Não era só eu que chegava mais cedo todos os dias, a maldita da Sarocha também  chegava, e para o meu azar, também gostava de ficar fazendo hora em frente ao armário, que também ficava ao lado do meu. eu me sentia entre o céu e o inferno todos os dias.

Eu parei de correr e andei devagar disposta a ignorar Freen, como eu fazia todos os Por que ela se vestia como uma cantora de rock, quando eu sabia que ela so gostava de ouvir a depressiva e dramática da Lana del Rey? Ela tinha que ficar com aquela pose de dona da porra toda? Ela estava em pé, com os ombros encostados no armário, com o braço cruzado abaixo dos seios (ela não estava de sutia) e com aqueles coturnos imundos entrelaçados na frente do corpo. Só faltou o cigarro na boca. Maldita! E aqueles cabelos? Ela não penteava? Sem contar a regata cinza cheia de buracos e a calça toda rasgada. Ela parecia uma vändala.

A maldita me viu e teve a coragem de sorrir para mim com aquele jeito presunçoso.

- Bom dia, Bec! -Eu odiava quando ela me chamava assim. Bec Que espècie de apelido ridículo era aquele? Aliás, quem deu permissão para ela colocar um apelido em mim?

Eu a ignorei e abri meu armário fazendo com que dezenas de papéis caissem aos meus pés. Eu olhei para baixo e reparei nas dezenas de fotos espalhadas no chão. Em todas elas eu estava levando o lixo para fora de casa.

Minha mãe todos os dias me acordava para fazer aquela tarefa imbecil e eu só levantava da cama do jeito que estava pegava as malditas sacolas e resmungava enquanto la à lixeira antes de voltar para o quarto e tentar dormir mais um pouco. Isso queria dizer que eu estava horrível em todas as fotos!

Isso Seria Mais Um Clichê- FreenBecky Onde histórias criam vida. Descubra agora