Filha da puta!Como ela teve a coragem de me beijar? Merda! Eu havia sonhado com o meu primeiro beijo durante toda a vida e a maldita havia feito a questão de estragar até aquilo.
Correndo pelos corredores estranhos eu finalmente voltei para uma das áreas que eu conhecia e me enfiei no primeiro banheiro que vi. Lavei meu rosto com a água fria e com as costas da mão, e esfreguei minha boca furiosamente diversas vezes com o intuito de tirar qualquer resquício de Freen Sarocha dos meus lábios. Porra! Aquela merda não estava adiantando. Eu ainda podia sentir a macieis dos lábios daquela cretina contra a minha boca. Eu olhei para meu reflexo no espelho, e minhas pupilas ainda estavam dilatadas de ódio. Olhei para meus lábios e eles estavam apenas mais vermelhos por eu tê-los esfregado, mas ainda pareciam os mesmos. Lentamente passei os dedos tremulos sobre eles e a pressão feita por mim em nada se assemelhava ao que eu senti quando Freen os tocou. Fechei os olhos, lembrando-me do ocorrido há poucos minutos. Revivi cada sensação e senti meu abdome tremular de raiva, e um arrepio frio passear por toda a minha espinha.
- Maldita! -Sem que eu pudesse me controlar, meus punhos bateram de encontro o mármore frio da pia.
- Você está bem? -Eu me virei para o lado e vi quem eu menos esperava ali, aliás, eu nem havia notado que tinha alguém no banheiro. Lucy Vives me fitava com as sobrancelhas franzidas e um sorriso simpático no rosto. Ela tinha um sorriso lindo, será que era por isso que Lauren era apaixonada por ela? Ah! Freen... Um sorriso brotou em meus lábios em meio aquela desgraça.
-Eu só estou de TPM. -Eu limpei as lágrimas que haviam se misturado à água. - Você é Lucy Vives, não é? -Ela assentiu e eu seguei minha mão na calça antes de esticá-la. - Sou Rebecca Armstrong.
- Prazer, como você sabe o meu nome? Temos alguma aula juntas? -Ela inquiriu com as grossas sobrancelhas franzidas.
- Não fazemos nenhuma aula juntas (você é popular, sua anta). Eu sei por que minha amiga não tira o seu nome dos lábios dela. -Eu acenei para que ela se aproximasse e ela o fez sem questionar. Freen iria se arrepender de haver me beijado. -Ela já me confidenciou que tem um crush enorme por você.
- Que amiga? Ela estuda aquí? - Agora eu quero ver você conseguir algo com a Lucy, Sarocha!
- Sim, talvez você a conheça. O nome dela é Freen... Freen Sarocha. -Lucy ergueu as sobrancelhas e sorriu. Espera! Ela sorriu? Por que ela estava sorrindo?
- Você tem certeza que ela gosta de mim?
"Ué! Ela não é hétero? Por que aquela animação na voz?"
Sem saber o que fazer, eu assenti devagar. Minha intenção era que Lucy desprezasse Freen ao saber daquilo e não que sorrisse daquele jeito. Se fosse eu no lugar da Lucy, provavelmente iria ignorar com todas as minhas forças e não sorrir como se houvesse acabado de ganhar uma torta de banana.
- Obrigada pela informação, Rebecca. Você não sabe o quanto ela foi útil para mim. — Ela me abraçou brevemente e por alguns segundos eu me esqueci de que ela estava ficando com o MEU Nop, ela tinha que ser tão simpática? Líderes de torcida não eram simpáticas, isso ia contra todos os estereótipos dos filmes adolescentes que assisti. Ela saiu do banheiro praticamente saltitando e eu fiquei igual uma palhaça tentando assimilar aquilo tudo. A única certeza que eu tinha, era que daquela vez eu realmente faria Freen Sarocha invisível na minha vida.
Meu celular tocou e eu vi a foto de Ally iluminando o visor.
-Ally, chame a Irin e me encontre no banheiro perto dos laboratórios, é urgente. - Eu não a deixei pronunciar nenhuma palavra e desliguei. Em menos de cinco minutos, ela chegaram e como o banheiro estava vazio depois da saída de Lucy, eu o tranquei e as puxei até um canto..
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Isso Seria Mais Um Clichê- FreenBecky
Fanfiction⚠️ NÃO É INTERSEXUAL ⚠️ COLEGIAL - ADAPTAÇÃO Como vou conquistar a garota que eu amo? A resposta é simples: infernizando ela