CAPÍTULO 62

1K 150 25
                                    

Eu sabia que todas as minhas pesquisas sobre penas de homicídios valeriam à pena. Eu no momento queria arrancar o pénis do Troy faze-lo engolir.

- Eu vou enfiar a cabeça dele no cu de satanás! - Irin gritou aquela ameaça estranha enquanto eu era consumida por um sentimento de ódio imensurável vendo Ally chorar sem pronunciar uma palavra.

- O que vamos faz... -A fala de Vero foi interrompida pelo toque do celular de Ally, que estava nas mãos de Normani.

- É ele... - Ela anunciou.

-Me dá isso aqui, que eu vou atender. - Irin tentou pegar o celular das mãos de Normani, mas ela foi mais rápida e tirou o aparelho do alcance de Irin.

-Eu vou colocar no viva-voz e assim ele vai ver que Ally não está sozinha. Normani falou, afagando os ombros de Ally com uma mão enquanto atendia o celular com a outra.

"Amor"

A voz de Troy soou desesperada ao outro lado da linha e aquilo me fez franzir o cenho. Ele havia acabado de falar um monte de merda para a minha amiga e agora estava chamando ela de amor?

- Escolha o modo que você vai morrer. Minha namorada ameaçou lindamente.

"Eu quero falar com a Ally! Não foi eu que enviei a mensagem. Meu bem, você está me ouvindo?"

-Fala, Troy! - Ally murmurou antes de fungar.

"Que droga! Por favor, me desculpa. Foi o filho da puta do Trevor que pegou o meu celular e fez isso... Onde você está? Deixa eu explicar pessoalmente, por favor, eu nunca faria aquilo..."

Ally enxugou os olhos e olhou inquisidoramente para nós e eu sabia que ela estava em dúvida sobre o que fazer, mas eu não a entendia muito bem porque eu também estava em dúvida.

- Você tem vinte minutos para chegar à casa da Normani antes que eu vá atrás de você e faça caviar com as suas bolas. -Irin sentenciou, desligando a chamada e eu concluí que seríamos ótimas gangters.

- Vocês acham que ele está falando a verdade? - Ela
perguntou fungando e eu sinceramente não sabia o que responder porque nada daquilo fazia sentido.

- Vamos esperar e ouvir o que ele tem a dizer.

Em menos de quinze minutos nós ouvimos o som de pneus derrapando e fomos até a porta. Troy deu a volta no carro com o rosto rubro e abriu a porta, tirando de lá um garoto loirinho com cerca de treze anos, que estava com um bico enorme no meio da cara. Troy olhou para Ally e apressou os passos segurando o garoto pelo cotovelo, mas Irin se colocou na frente da entrada da varanda, com os braços cruzados.

- Fala daí mesmo e se sua explicação não for satisfatória, eu não vou querer sujar o piso da minha sogra com o seu sangue. -Eu me aproximei da minha namorada, enlaçando o seu pescoço com o braço e sussurrei em seu ouvido.

- Já sabe que se um dia me magoar, a Irin vai fazer o mesmo com você, não é? -Era bom ela estar ciente daquele fato. Ela olhou para mim e fez uma careta antes de voltar a atenção para Troy.

- Conta pra elas o que você fez, moleque! ordenou empurrando o garoto pelos ombros, fazendo-o
lançar um olhar assassino ao maior.

- Troy enviou a mensagem. -Ele disse antes de levar um tapa na cabeça - Para com isso seu filho da puta! - Ele gritou para Troy.

- Primeiramente, quem é esse garoto? Normani
perguntou.

- Esse idiota é o meu irmão. -Ele começou a explicar - Ele pegou meu celular e enviou a mensagem para Ally. - Ele olhou para Ally - Por favor, acredita em mim.

- Por que não atendeu às ligações de Ally? Como ele sabia o que havia acontecido entre vocês? Por que seu irmão enviaria uma coisa dessas? -

- Espera um pouco Troy foi correndo até o quarto e voltou com um buquê de rosas vermelhas e eu não evitei uma careta.

Não fazia sentido arrancar uma coisa bonita da natureza para dar a uma pessoa sendo que em poucos dias aquela coisa morreria, por isso, eu sempre preferi ganhar algo para comer. Sem contar que era bastante brega e cliché, mas tinha gente que gostava, enfim....

- Meu irmão se tornou um idiota por sua causa. - O garoto antipático falou, olhando acusadoramente para Ally.

- Trevor eu...

- Não de bola para ele, Ally, é apenas ciúmes - Troy
explicou interrompendo Ally. -Minha mãe tinha me mandado fazer algumas compras no mercado mais cedo e eu esqueci o celular em casa, por isso, não atendi as suas chamadas. Eu já havia comprado as rosas e escrito um cartão agradecendo por... Suas palavras morreram em seus lábios quando ele pareceu se dar conta que havia um grupo de garotas ouvindo.

- Por ter transado com ela, a gente já sabe - Vero berrou concluindo a frase dele e eu mordi meu lábio inferior tentando não rir da cara que ele fez.

- Isso mesmo! -Minha namorada concordou

-Agora continue!

- Certo! Esse idiota - Ele falou dando mais um tapa
na cabeça do menor - Você sabe esse merdinha é
ciumento...

- Eu não sou ciumento! - O menino berrou antes de
olhar para Ally

-Você transformou meu irmão num maricas!

Maricas? Quem ainda fala isso? Esse menino tem
setenta anos?

- Cala a boca antes que eu te dé uns tapas, pirralho! - Irin ameaçou e o garoto irritante se aquietou.

- Continuando... ele leu o cartão que escrevi para você e pegou o meu celular enquanto eu estava no mercado... ele enviou a mensagem para você e eu só fui descobrir que ele estava com o meu celular, minutos depois. – Até que a explicação dele fazia sentido... -Irin desceu as escadas e Troy deu alguns passos para trás quando ela se aproximou. Ela parou em frente ao projeto de Troy e cruzou os braços.

- Você tem dois segundos para correr! - Os olhos dos meninos dobraram de tamanho antes dele começar a correr desesperado, com Irin ao seu alcance enquanto Vero apontava seu celular para eles, provavelmente filmando tudo.

- Irin pare com isso, ele só tem oito anos! - Ally gritou e eu olhei para ela.

- Só oito anos? O menino parecia ter ao menos onze.

- Ele é grande para a idade dele. -Troy explicou, subindo as escadinhas da varanda antes de voltar a atenção para Ally. -Eu jamais faria isso com você, meu anjo, me desculpa pelo Trevor. -Ele estendeu as flores para Ally, que aceitou com um sorriso enquanto eu me dava conta de uma coisa. Olhei para a minha namorada que olhava a cena sorrindo e cutuquei seu ombro.

- Que foi? - Ela perguntou para mim com as sobrancelhas franzidas.

- Você não me deu nada depois da primeira vez que
fizemos amor.

- Eu te dei um orgasmo e te abracei, o que mais você
queria? - Meus lábios se abriram em incredulidade.

- Falou merda, hein, Saparocha? -Ouvi Vero dizer enquanto ainda olhava para aquela estúpida insensível.

- Becky, eu... - Ela tentou se aproximar, mas eu dei um passo para trás com a certeza de que seria capaz de estapear aquela idiota,

- Só cala a boca...- Eu pedi voltando para dentro da
casa de Normani para pegar minhas coisas, sabendo que Freen estava atrás de mim.

-Desculpa amor, eu não quis dizer aquilo, foi involuntário... -Eu parei, fazendo-a bater em mim e me virei para ela.

- Freen... -Fechei os olhos buscando paciência - Só não aparece mais na minha frente hoje, ok? Você fez tudo o que vivemos naquela noite se resumir a um orgasmo e eu estou bem puta contigo por isso.

- Claro que não foi só aquilo, para dizer a verdade aquilo foi de menos... -Ela tentou se explicar, mas eu não queria ouvi-la naquele momento.

- Eu vou embora, e não quero você indo atrás de mim. - Apenas peguei minha mochila e passei por ela, me despedindo de Ally, Troy, Vero e Normani e desviando de Irin que passou correndo por mim, ainda atrás do moleque endiabrado e fui para o ponto de ônibus.

Freen's Point Of View

Eu sou uma idiota

Isso Seria Mais Um Clichê- FreenBecky Onde histórias criam vida. Descubra agora