CAPÍTULO 59

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- Xuxu... Eu chamei minha namorada baixinho pelo novo apelido lindo e criativo que eu havia inventado.

-Hm... - Ela resmungou atrás de mim, apertando um pouco mais o braço ao redor da minha cintura.

-Eles não parecem com a gente? - Eu perguntei me referindo ao desenho animado que era exibido na TV da sala da minha casa. Senti o nariz de Freen mover-se sobre meus cabelos levemente antes dela inspirar.

- Eles quem? - Não é que eu esteja falando mal ou duvidando da inteligência da minha namorada, digo, era óbvio que ela inteligente porque ela me namorava e eu namorava ela de volta, mas às vezes ela era meio lenta.

- Eles dois. Eu estiquei um pouco do meu braço para fora do cobertor que nós duas dividíamos e apontei para a TV.

- A lhama e o camponês? -Ela levantou um pouco a cabeça mais eu sabia que ela estava olhando para mim, mas eu não olhei de volta porque estava concentrada no desenho.

- Eles têm nome, Kuzco e Pacha. - Eu fiz questão de esclarecer porque se nós quiséssemos mesmo nos casar algum dia, ela precisaria saber daquele tipo de informação para que fossemos plenamente felizes.

- Tá bom, Kuzco e Pacha - Eu poderia apostar que ela estava revirando os olhos - Como eles se parecem com a gente? - Percebem o que eu falei sobre o fato da minha namorada ser lenta? Ela não percebia o óbvio!

Eu pausei o filme porque eu não queria perder
nenhuma parte e virei-me para a minha linda namorada. Ela estava com as sobrancelhas grossas e franzidas para mim, enquanto seu cabelo escuro estava parecendo um ninho de pássaros loucos e ruins em arquitetura, uma lindeza só.

-Eles se parecem com a gente porque você é igual o Kuzco e eu sou igual o Pacha, você tem até os dentinhos iguais ao do Kuzco só que invertidos, dentes de lhama invertida.- Eu expliquei o que estava óbvio.

-Eu vou ignorar o fato de você ter me chamado de dentes de lhama porque eu não estou conseguindo acompanhar seu raciocínio sem sentido.

- É simples! Pacha vivia feliz e tranquilo em sua vila
até que Kuzco começou a infernizar a vida dele assim como você fez comigo. Eu apontei para nós duas e fiz uma pausa para ela acompanhar meu raciocínio. E então ambos passaram a se odiar assim como nós duas, e aos poucos começaram a se dar bem também igual a gente e depois viveram felizes para sempre na Kuzcotopia. - Eu concluí minha explicação brilhante e ela me fitou por alguns instantes antes de começar a rir, e eu tinha certeza de que ela estava rindo de mim - Por que você está rindo, palhaça? - Ela meneou a cabeça e riu mais ainda como se houvesse acabado de escutar a piada mais engraçada do mundo.

- Eu... eu estou rindo dessa sua mania de querer encaixar nosso relacionamento em tudo quanto é filme da Disney.

Eu não tinha culpa se a Disney tinha o dom de retratar partes da minha vida através dos filmes.

-Eu não vou discutir com você sobre uma coisa que
você é incapaz de compreender. -Ela sentou-se no sofá ainda rindo e eu a acompanhei no sentar.

- Já estamos indo! - Minha mãe anunciou descendo a escada junto com o meu pai.

-Eu sempre soube quem a Rebecca puxou, a senhora
está maravilhosa! - Minha namorada elogiou minha mãe de forma galante depois de cessar o riso - O senhor também está muito bonito! - Ela disse se referindo ao meu pai

-Obrigada, Freen! -Minha mãe sorriu, passando a bolsa de mão para a outra mão. Ela estava mesmo maravilhosa, com certeza eu me parecia com ela!

-Obrigado! -Meu pai sorriu brevemente Vocês vão ficar sozinhas, mas se comportem. Freen, você lembra da minha coleção de facas para churrasco que te mostrei, não é? Ele fez um sinal, simulando uma faca cortando dedos.

Isso Seria Mais Um Clichê- FreenBecky Onde histórias criam vida. Descubra agora