Filha, você está bem? - Vi minha mãe perguntar com o cenho franzido aos pés da escada
- Estou sim mãe, por quê? Eu perguntei sem tirar os olhos de Rebecca, que descia a escada na minha frente.
Sua pele está muito vermelha. Ela respondeu me analisando enquanto eu me aproximava dela, logo tateando meu rosto - Você também está quente, acho que está com febre... -Ela divagou enquanto eu tinha a plena noção do que me deixou pegando fogo
-Eu estou bem mãe - Eu me afastei indo em direção a cozinha, onde Rebecca já estava se servindo. - Eu estava fazendo um pouco de exercicio antes da Rebecca chegar e ainda não me recuperei. -Respondi me sentando ao lado de Rebecca e vendo seu corpo se retrair com o meu
ato.- É bom mesmo você começar a se cuidar porque você tem tendência a engordar e...
-Eu não engordei.
-Engordou sim, Freen Sarocha, mas isso é porque você fica enchendo a cara de porcaria. Ela não engordou, Rebecca? - Minha mãe perguntou sentando-se à nossa frente. Rebecca que parecia recuperada do que houvera há poucos minutos, me olhou de cima a baixo e assentiu.
-Você está imensa! - Ela olhou para mim com ar debochado e com a boca cheia de waffles.
-Eu posso estar imensa, mas tem muita gente que gosta de me sentir observar, não é Armstrong? -Ela começou a tossir e eu dei uns tapas nada delicados em suas costas.
-Quem anda te observando, filha? Já está na hora de desencalhar. Ela olhou para Rebecca com um sorriso e apoiou o cotovelo em cima da mesa e o queixo nas duas mãos. - Rebecca, você não tem nenhuma amiga que gosta de garotas para apresentar pra Freen? Ela parece um filhote de Satanás, mas no fundo é um amor de garota, não é filha? - Ela se inclinou por cima da mesa e com a intenção de apertar minhas bochechas, mas eu desviei: Eu não sabia onde enfiar a cara.
- Desculpe tia, mas eu não tenho ninguém para apresentar para essa dai. - Ela me olhou fazendo pouco caso
-Freen é apaixonada por uma garota há anos, mas não me diz quem é, você sabe de alguém?
- Mãe! Rebecca não sabe de ninguém, por que ela saberia? Nós so estamos fazendo um trabalho juntas. - Eu quase berrei, sem olhar para Rebecca. Minha mãe tinha uma boca enorme.
-Abaixa esse tom para falar comigo porque eu não sou suas amigas. Sinu concorda comigo que já passou da hora de vocês se darem uma oportunidade para se acertarem. - Ela dirigiu o olhar para Rebecca-Quando Freen plantou a Lacinho para voc...
-Mãe! -Eu a interrompi sentindo meu rosto pegar fogo.
-Foi a Freen quem plantou a Lacinho? -Eu sabia que Rebecca estava olhando pra mim,mas eu não tinha coragem de encara-la.
-Sim, Inclusive é ela que sempre faz o arranjo com os laços que você recebe, você não sabia? Eu fechei meus olhos e suspirei.
-Não sabia, eu pensei que era a senhora quem sempre os fazia. - Disse Rebecca se referindo à bananeira que eu havia plantado em meu quintal especialmente para ela. Sempre que ela dava frutos, eu os colhia, envolvia em um laço e deixava na porta de Rebecca.
-Já terminou de comer, Rebecca? - Meu tom salu mais rude do que eu pretendia.
-Tenha modos, Freen! Eu não te dei essa educação. - Minha mãe ralhou.
- Tudo bem tia, eu sei que sua filha é uma ogra. - Eu olhei para ela com o canto dos olhos e ela estava me encarando. Ela limpou a boca com o torso da mão antes de se levantar. - Terminaremos esse trabalho outro dia, Freen, eu preciso ir. - Ela sorriu para a minha mãe - Se Importa se eu levar mais desses waffles? Estão deliciosos!
- Não, minha filha, pode levar todos, a Freen vai comer um mingau de aveia que vou fazer pra ela. -Rebecca pegou o prato maior onde os waffles estavam empilhados.
- Obrigada tia, depois eu devolvo o seu prato. Tchaul - Ela sorriu para a minha mãe e olhou para mim mais uma vez antes de sair. Eu levantel e fui até a janela, acompanhando seus passos com o olhar e no instante em que ela bateu a porta atrás de si e me virei para a minha mãe.
-Por que a senhora fez aquilo? - Minha mãe deu de ombros e sorriu.
-Eu só queria ajudar! Há quanto tempo você vai ficar apenas presenteando a garota com bananas? Ela não é nenhum macaco, Freen. Já está na hora de mudar de tática. -Maldita hora que fui abrir o jogo com a minha mãe. Faz três anos que eu havia me assumido para os meus pais e contado que eu era apaixonada por Rebecca. Eu havia me preparado por semanas, morrendo de medo sobre como contar e da reação deles, mas grande foi a minha surpresa quando eles disseram que já sabiam, inclusive que já haviam percebido há tempos que o meu "odio" pela Rebecca não passava de fogo no rabo"
Minha mãe nunca havia se intrometido no meu relacionamento infernal com a Rebecca, mas parecia que ela havia mudado de idéia.
-Eu tenho meus planos mãe, e ela saber que sou eu que sempre deixo as bananas na porta dela não fazia parte deles.
-Eu só quis ajudar. - Ela deu de ombros mais uma vez. - Você vai me explicar aquele chupão no pescoço de Rebecca ou eu vou ter que adivinhar?
Aquele era um ótimo momento para eu morrer. Eu só queria que Deus me levasse
-Que chupão? - Eu me fiz de desentendida.
- Pra cima de mim não, Sarocha Chankimha? Até um cego conseguiria ver aquela marca. - Eu bufei e coloquei um pouco de suco de laranja no meu copo.
-Eu ainda não estou preparada para falar sobre isso. Eu tenho um plano e assim que ele estiver concluido, eu conto tudo pra senhora, ok? - Ela assentiu e eu beijei sua testa antes de seguir para o meu quarto com o copo de suco.
Eu precisava pensar.
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Isso Seria Mais Um Clichê- FreenBecky
Fanfiction⚠️ NÃO É INTERSEXUAL ⚠️ COLEGIAL - ADAPTAÇÃO Como vou conquistar a garota que eu amo? A resposta é simples: infernizando ela